Título: The E.N.D. World Tour
Artista: Black Eyed Peas - com participação de Jorge Ben Jor
Local: Praça da Apoteose (RJ)
Data: 24 de outubro de 2010
Fotos: Divulgação / Roberto Filho - Ag. News
Cotação: * * * *
Agenda da The E.N.D World Tour no Brasil:
26 de outubro - Mega Space (Belo Horizonte, MG)
30 de outubro - Estacionamento da FIERGs (Porto Alegre, RS)
1º de novembro - Arena Show (Florianópolis, SC)
4 de novembro - Estádio Morumbi (São Paulo, SP)
A rigor, a The E.N.D. World Tour do grupo Black Eyed Peas é movida a energia natural dos integrantes do quarteto norte-americano, atualmente bombado nas pistas do mundo pop com Boom Boom Pow e I Gotta a Feeling, megahits do álbum, The E.N.D. (2009), que gerou a turnê internacional que ora se encontra no Brasil, tendo chegado ao Rio de Janeiro (RJ) na noite de 24 de outubro de 2010, em apresentação que levou cerca de 22 mil pessoas à Praça da Apoteose. O clima pop sci-fi é realçado pelos telões e pelos feixes de raio laser que cruzam o palco e o cenário hi-tech. Mas toda essa parafernália técnica não surtiria um efeito realmente especial no público se o som da banda - um mix descaradamente pop de rap, funk, eletrônica e, em menor grau, sons latinos - não fosse ele mesmo o efeito mais bem-acabado do espetáculo, algo perceptível já nos dois primeiros números, Let's Get Started e Rock That Body. Eficientes na função de animadores, will.i.am, Fergie, Taboo e Apl.de.ap afagam o ego do público - e foram numerosas as vezes em que will.i.am declarou seu amor à cidade do Rio de Janeiro - e se movimentam freneticamente em cena durante as duas horas do show, se revezando nas passarelas que prolongam o palco e aproximam o quarteto da plateia alocada nas pistas mais bem posicionadas. A citação do Rap das Armas e músicas como My Humps - número em que Fergie atua como se fosse uma popozuda dos bailes da pesada - evidenciam a influência do batidão do funk carioca na som do Black Eyed Peas. O apego aos ritmos mais genuinamente brasileiros é especialmente assumido na versão turbinada de Mas que Nada, pretexto para a entrada em cena de Jorge Ben Jor, autor da música que, em 1966, catapultou Sergio Mendes ao estrelato nos Estados Unidos. O Zé Pretinho conferiu legitimidade a um número que recorre a clichês visuais do Brasil tropical - evocados pelos fantasiados passistas que desfilam pela passarela ao longo da irresistível Mas que Nada. Reverenciado pelo grupo, em especial por will.i.am ("Esse cara é o meu herói"), Ben Jor permaneceu no palco e, já no comando de sua guitarra, puxou uma versão de Chove Chuva que se manteve fiel à batida original do tema, eventualmente incrementado com os grooves típicos do Black Eyed Peas. Alguns números depois do instante brazuka, cada integrante do grupo teve seu momento solo. Carismática, Fergie conquista de imediato a atenção da plateia com Fergalicious / Glamorous e a balada pop Big Girls Don't Cry, músicas de seu álbum solo The Duchtess (2006). Já will.i.am - caracterizado com figurino a la Robocop - assume o posto de DJ, enfileirando sucessos de Michael Jackson (As introduções de Don't Stop 'Till You Get Enough e Thriller contagiam), Nirvana, Red Hot Chili Peppers e da dupla Eurythmics (Sweet Dreams Are Made of This, com refrão cantado em coro pelo público), entre outros nomes. No fim, já reunido em cena, o quarteto lança mão de hits infalíveis como Where's the Love? (o chiclete pop do álbum Elephunk, de 2003), Boom Boom Pow e I Gotta a Feeling, que encerra o show em versão estendida que culmina numa chuva de papel picado. Goste-se ou não do som do Black Eyed Peas, o fato é que a energia que move a The E.N.D. World Tour nunca acaba enquanto o grupo permanece em cena, dando o seu show pop sci-fi com competência técnica.
Um comentário:
A rigor, a The E.N.D. World Tour do grupo Black Eyed Peas é movida a energia natural dos integrantes do quarteto norte-americano, atualmente bombado nas pistas do mundo pop com Boom Boom Pow e I Gotta a Feeling, megahits do álbum, The E.N.D. (2009), que gerou a turnê internacional que ora se encontra no Brasil, tendo chegado ao Rio de Janeiro (RJ) na noite de 24 de outubro de 2010, em apresentação que levou cerca de 22 mil pessoas à Praça da Apoteose. O clima pop sci-fi é realçado pelos telões e pelos feixes de raio laser que cruzam o palco e o cenário hi-tech. Mas toda essa parafernália técnica não surtiria um efeito realmente especial no público se o som da banda - um mix descaradamente pop de rap, funk, eletrônica e, em menor grau, sons latinos - não fosse ele mesmo o efeito mais bem-acabado do espetáculo, algo perceptível já nos dois primeiros números, Let's Get Started e Rock That Body. Eficientes na função de animadores, will.i.am, Fergie, Taboo e Apl.de.ap afagam o ego do público - e foram numerosas as vezes em que will.i.am declarou seu amor à cidade do Rio de Janeiro - e se movimentam freneticamente em cena durante as duas horas do show, se revezando nas passarelas que prolongam o palco e aproximam o quarteto da plateia alocada nas pistas mais bem posicionadas. A citação do Rap das Armas e músicas como My Humps - número em que Fergie atua como se fosse uma popozuda dos bailes da pesada - evidenciam a influência do batidão do funk carioca na som do Black Eyed Peas. O apego aos ritmos mais genuinamente brasileiros é especialmente assumido na versão turbinada de Mas que Nada, pretexto para a entrada em cena de Jorge Ben Jor, autor da música que, em 1966, catapultou Sergio Mendes ao estrelato nos Estados Unidos. O Zé Pretinho conferiu legitimidade a um número que recorre a clichês visuais do Brasil tropical - evocados pelos fantasiados passistas que desfilam pela passarela ao longo da irresistível Mas que Nada. Reverenciado pelo grupo, em especial por will.i.am ("Esse cara é o meu herói"), Ben Jor permaneceu no palco e, já no comando de sua guitarra, puxou versão de Chove Chuva que se manteve fiel à batida original do tema, eventualmente incrementado com os grooves típicos do Black Eyed Peas. Alguns números depois do instante brazuka, cada integrante do grupo teve seu momento solo. Carismática, Fergie conquista de imediato a atenção da plateia com Fergalicious / Glamorous e a balada pop Big Girls Don't Cry, músicas de seu álbum solo The Duchtess (2006). Já will.i.am - caracterizado com figurino a la Robocop - assume o posto de DJ, enfileirando sucessos de Michael Jackson (As introduções de Don't Stop 'Till You Get Enough e Thriller contagiam), Nirvana, Red Hot Chili Peppers e da dupla Eurythmics (Sweet Dreams Are Made of This, com refrão cantado em coro pelo público), entre outros nomes. No fim, já reunido em cena, o quarteto lança mão de hits infalíveis como Where's the Love? (o chiclete pop do álbum Elephunk, de 2003), Boom Boom Pow e I Gotta a Feeling, que encerra o show em versão estendida que culmina numa chuva de papel picado. Goste-se ou não do som do Black Eyed Peas, o fato é que a energia que move a The E.N.D. World Tour nunca acaba enquanto o grupo permanece em cena, dando o seu show pop sci-fi com competência técnica.
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