Título: Going Back
Artista: Phil Collins
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *
Um dos mais hábeis artesãos do pop, Phil Collins revolve as memórias de sua adolescência em Going Back, oitavo álbum de estúdio de carreira solo iniciada em 1981 com o blockbuster Face Value. O astro britânico volta no tempo para dar sua visão de temas do repertório da Motown, a lendária gravadora dos EUA que projetou nomes como Stevie Wonder e Diana Ross (como integrante do trio The Supremes). Sabiamente, Collins resistiu à tentação de modernizar o som da Motown neste disco que já vem marcando boa presença nas paradas européias. Ao contrário, o artista recorreu a três sobreviventes músicos do Funk Brothers - o grupo que gravou em estúdio com boa parte do elenco da Motown - para capturar a pegada e o sentimento do som da época. Juntamente com The PC Horns, quinteto de metais em brasa recrutado para tocar no CD Going Back, os Funk Brothers - a saber: o baixista Bob Babbitt e os guitarristas Eddie Chank Willis e Ray Monette - legitimam a incursão de Collins pelo universo do soul e do r & b da Motown. Girl (Why You Wanna Make me Blue?) - sucesso do grupo The Temptations - é uma das regravações que funcionam bem pela pressão dos Funk Brothers e dos PC Horns. (Love Is Like a) Heatwave - tema lançado em 1963 pelo grupo Martha and The Vandellas - é outro bom momento estrategicamente posicionado no início do disco. Já Papa Was a Rolling Stone - outro cover do grupo The Temptations - se sobressai sobretudo pela fluência do trompete solo de Guy Barker. E o fato é quando abre mão dos Funk Brothers e os metais do PC Horn - como nas baladas Blame it on the Sun e a Never Dreamed You’d Leave in Summer, ambas do repertório de Stevie Wonder - a voz de Collins não evoca todo o sentimento exigido pelas músicas. Talvez porque falte à voz do cantor o fervor necessário para encarar temas como Love Is Here and Now You’re Gone (The Supremes) e Talkin' about my Baby (Curtis Mayfiled). São os músicos que sustentam o mergulho saudosista de Collins na Motown...
Um comentário:
Um dos mais hábeis artesãos do pop, Phil Collins revolve as memórias de sua adolescência em Going Back, oitavo álbum de estúdio de carreira solo iniciada em 1981 com o blockbuster Face Value. O astro britânico volta no tempo para dar sua visão de temas do repertório da Motown, a lendária gravadora dos EUA que projetou nomes como Stevie Wonder e Diana Ross (como integrante do trio The Supremes). Sabiamente, Collins resistiu à tentação de modernizar o som da Motown neste disco que já vem marcando boa presença nas paradas européias. Ao contrário, o artista recorreu a três sobreviventes músicos do Funk Brothers - o grupo que gravou em estúdio com boa parte do elenco da Motown - para capturar a pegada e o sentimento do som da época. Juntamente com The PC Horns, quinteto de metais em brasa recrutado para tocar no CD Going Back, os Funk Brothers - a saber: o baixista Bob Babbitt e os guitarristas Eddie Chank Willis e Ray Monette - legitimam a incursão de Collins pelo universo do soul e do r & b da Motown. Girl (Why You Wanna Make me Blue?) - sucesso do grupo The Temptations - é uma das regravações que funcionam bem pela pressão dos Funk Brothers e dos PC Horns. (Love Is Like a) Heatwave - tema lançado em 1963 pelo grupo Martha and The Vandellas - é outro bom momento estrategicamente posicionado no início do disco. Já Papa Was a Rolling Stone - outro cover do grupo The Temptations - se sobressai sobretudo pela fluência do trompete solo de Guy Barker. E o fato é quando abre mão dos Funk Brothers e os metais do PC Horn - como nas baladas Blame it on the Sun e a Never Dreamed You’d Leave in Summer, ambas do repertório de Stevie Wonder - a voz de Collins não evoca todo o sentimento exigido pelas músicas. Talvez porque falte à voz do cantor o fervor necessário para encarar temas como Love Is Here and Now You’re Gone (The Supremes) e Talkin' about my Baby (Curtis Mayfiled). São os músicos que sustentam o mergulho saudosista de Collins na Motown...
Postar um comentário