No fim dos anos 70, década em que gravou uma série de álbuns no mercado fonográfico estrangeiro, Baden Powell (1937 - 2000) retomou sua discografia brasileira ao ingressar na Warner Music, gravadora por onde editou três álbuns entre 1979 e 1981, todos produzidos por Sérgio Cabral. Há tempos fora de catálogo, esses três discos ganham remasterizadas reedições em CD neste mês de outubro de 2010. Vendidas de forma avulsa, as reedições de O Grande Show - Gravado ao Vivo (1979), Nosso Baden (1980) e De Baden para Vinicius (1981) foram produzidas com capricho pelo pesquisador musical Marcelo Fróes. O disco O Grande Show - Gravado ao Vivo traz registro do show Encontro, apresentado pelo violonista no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo (SP), em 18 e 19 de agosto de 1979. O roteiro alterna temas instrumentais (Asa Branca, A Lenda do Abaeté, Se Todos Fossem Iguais a Você) com números em que o violonista se aventurou como cantor, em geral músicas da lavra de Baden com Vinicius de Moraes (Canto de Ossanha, Refém da Solidão, Tempo Feliz). Já Nosso Baden - disco gravado pelo músico no estúdio Vice-Versa em São Paulo (SP), de dezembro de 1979 a maio de 1980 - prioriza temas da parceria do violonista com Paulo César Pinheiro (Cai Dentro e os pouco ouvidos Até Eu, Mesa Redonda e Canção das Flores) entre abordagens instrumentais de músicas como Odeon (Ernesto Nazareth e Hubaldo) e Abismo de Rosas (Canhoto). A reedição de Nosso Baden inclui faixa-bônus, A Estrela e a Cruz, um tema instrumental de Baden, editado originalmente em compacto encartado no LP (na época, a gravadora promoveu concurso para que letristas criassem versos para este tema de Baden e se tornassem parceiros do compositor). Por fim, encerrando a passagem de Baden Powell pela Warner Music, De Baden para Vinicius foi o parcial registro ao vivo do show Nosso Baden, captado ao vivo no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro (RJ), entre julho e agosto de 1980, com produção dividida por Sérgio Cabral com Kauê. Trata-se de disco basicamente cantado em que Baden celebra o amigo Vinicius de Moraes (1913 - 1980), revivendo parcerias de ambos e tirando do baú Feitinha pro Poeta, samba que havia composto nos anos 60 com Lula Freire. De Baden para Vinicius foi uma das primeiras homenagens póstumas prestadas em disco ao Poetinha, que saíra de cena em julho de 1980. Enfim, são três oportunas reedições de títulos que, embora não sejam essenciais na discografia de Baden Powell, ajudam a reconstituir o percurso fonográfico do genial violonista e compositor que se dividiu entre o Brasil e o exterior.
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No fim dos anos 70, década em que gravou uma série de álbuns no mercado fonográfico estrangeiro, Baden Powell (1937 - 2000) retomou sua discografia brasileira ao ingressar na Warner Music, gravadora por onde editou três álbuns entre 1979 e 1981, todos produzidos por Sérgio Cabral. Há tempos fora de catálogo, esses três discos ganham remasterizadas reedições em CD neste mês de outubro de 2010. Vendidas de forma avulsa, as reedições de O Grande Show - Gravado ao Vivo (1979), Nosso Baden (1980) e De Baden para Vinicius (1981) foram produzidas com capricho pelo pesquisador musical Marcelo Fróes. O disco O Grande Show - Gravado ao Vivo traz registro do show Encontro, apresentado pelo violonista no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo (SP), em 18 e 19 de agosto de 1979. O roteiro alterna temas instrumentais (Asa Branca, A Lenda do Abaeté, Se Todos Fossem Iguais a Você) com números em que o violonista se aventurou como cantor, em geral músicas da lavra de Baden com Vinicius de Moraes (Canto de Ossanha, Refém da Solidão, Tempo Feliz). Já Nosso Baden - disco gravado pelo músico no estúdio Vice-Versa em São Paulo (SP), de dezembro de 1979 a maio de 1980 - prioriza temas da parceria do violonista com Paulo César Pinheiro (Cai Dentro e os pouco ouvidos Até Eu, Mesa Redonda e Canção das Flores) entre abordagens instrumentais de músicas como Odeon (Ernesto Nazareth e Hubaldo) e Abismo de Rosas (Canhoto). A reedição de Nosso Baden inclui faixa-bônus, A Estrela e a Cruz, um tema instrumental de Baden, editado originalmente em compacto encartado no LP (na época, a gravadora promoveu concurso para que letristas criassem versos para este tema de Baden e se tornassem parceiros do compositor). Por fim, encerrando a passagem de Baden Powell pela Warner Music, De Baden para Vinicius foi o parcial registro ao vivo do show Nosso Baden, captado ao vivo no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro (RJ), entre julho e agosto de 1980, com produção dividida por Sérgio Cabral com Kauê. Trata-se de disco basicamente cantado em que Baden celebra o amigo Vinicius de Moraes (1913 - 1980), revivendo parcerias de ambos e tirando do baú Feitinha pro Poeta, samba que havia composto nos anos 60 com Lula Freire. De Baden para Vinicius foi uma das primeiras homenagens póstumas prestadas em disco ao Poetinha, que saíra de cena em julho de 1980. Enfim, são três oportunas reedições de títulos que, embora não sejam essenciais na discografia de Baden Powell, ajudam a reconstituir o percurso fonográfico do genial violonista e compositor que se dividiu entre o Brasil e o exterior.
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