Mauro Ferreira no G1

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Entre rap, pop e reggaeton, Shakira busca suas origens em 'Sale el Sol'

Resenha de CD
Título: Sale el Sol
Artista: Shakira
Gravadora: Sony Music / Epic
Cotação: * * * 1/2

Após banalizar seu som num decepcionante terceiro álbum em inglês, She Wolf (2009), Shakira busca suas origens latino-americanas em Sale el Sol, álbum em que a estrela colombiana recorre ao rap, ao reggaeton e até ao rock - evocado em Devoción - sem sair de sua trilha original. Mas também sem deixar de acenar para o ainda rentável mercado norte-americano. Com faixas cantadas tanto em inglês quanto em espanhol, o álbum - produzido pela própria Shakira - começa muito bem com a faixa-título, Sale el Sol, balada com a vibe roqueira típica da artista. Na sequência, Loca se mostra sedutora com seu som tropicaliente. Trata-se de um merengue pop turbinado com o rap do britânico Dizzee Rascal. Na mesma vibração, o rapper cubano Residente - metade da dupla porto-riquenha Calle 13 - discursa em Gordita, dizendo preferir a Shakira mais gordinha de cabelos negros. Já El Cata - um astro dominicano de reggaeton - é o convidado  das versões em espanhol de Loca e Rabiosa. Entre o rap e o reggaeton, Sale el Sol perde um pouco o brilho e o pique em baladas como Antes de las Seis e Lo que Más, esta embalada em formato acústico que evidencia o toque de um piano. Na contramão, Addicted to You exagera na dose de eletrônica, mostrando que o pop latino tropical de Shakira não precisa de tantos aditivos artificiais para cativar. No todo, o bom disco recoloca a artista nos trilhos, apagando a má impressão deixada por seu antecessor She Wolf.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Após banalizar seu som num decepcionante terceiro álbum em inglês, She Wolf (2009), Shakira busca suas origens latino-americanas em Sale el Sol, álbum em que a estrela colombiana recorre ao rap, ao reggaeton e até ao rock - evocado em Devoción - sem sair de sua trilha original. Mas também sem deixar de acenar para o ainda rentável mercado norte-americano. Com faixas cantadas tanto em inglês quanto em espanhol, o álbum - produzido pela própria Shakira - começa muito bem com a faixa-título, Sale el Sol, balada com a vibe roqueira típica da artista. Na sequência, Loca se mostra sedutora com seu som tropicaliente. Trata-se de um merengue pop turbinado com o rap do britânico Dizzee Rascal. Na mesma vibração, o rapper cubano Residente - metade da dupla porto-riquenha Calle 13 - discursa em Gordita, dizendo preferir a Shakira mais gordinha de cabelos negros. Já El Cata - um astro dominicano de reggaeton - é o convidado das versões em espanhol de Loca e Rabiosa. Entre o rap e o reggaeton, Sale el Sol perde um pouco o brilho e o pique em baladas como Antes de las Seis e Lo que Más, esta embalada em formato acústico que evidencia o toque de um piano. Na contramão, Addicted to You exagera na dose de eletrônica, mostrando que o pop latino tropical de Shakira não precisa de tantos aditivos artificiais para cativar. No todo, o bom disco recoloca a artista nos trilhos, apagando a má impressão deixada por seu antecessor She Wolf.