Título: Roupa Nova 30 Anos ao Vivo
Artista: Roupa Nova
Gravadora: Roupa Nova Music / Microservice
Cotação: * * *
Por mais que eventualmente tenha registrado repertório inédito nos anos 2000, o Roupa Nova viveu a última década rebobinando os sucessos que colecionou ao longo das décadas de 80 e 90. Roupa Nova 30 Anos ao Vivo - o registro de show captado em 2 e 3 de julho no Credicard Hall, em São Paulo (SP) - refaz o baile pop do sexteto com o pretexto (justo) de celebrar os 30 anos de vida do grupo, criado em 1980 a partir de uma banda de baile dos anos 70, Os Famks. Roupa Nova, a música de Milton Nascimento e Fernando Brant, foi o pontapé inicial de carreira fonográfica que teve seu auge nos anos 80. Por isso, Milton é um dos convidados da festa dos 30 anos. Já fora de forma vocal, Bituca dá o ar majestoso da graça na regravação pálida de Nos Bailes da Vida, introduzida pelas cordas da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos. Os toques sinfônicos, a rigor, não atenuam o caráter essencialmente pop do baile balzaquiano do Roupa Nova. Cientes do que espera seu fiel público, Paulinho (voz), Serginho Herval (voz e bateria), Nando (baixo), Kiko (guitarras), Cleberson Horsth (teclados) e Ricardo Feghali (teclados) enfileiram hits obrigatórios nas apresentações do grupo - Linda Demais (com leve pegada roqueira), Volta pra mim, A Força do Amor, Dona, Coração Pirata, Meu Universo É Você - com respeito aos arranjos das gravações originais. O que incentiva o coro espontâneo da plateia. Por remoer sucessos já tão regravados pelo grupo, em roteiro que inclui apenas um ou outro tema mais recente como Cantar Faz Feliz o Coração, Roupa Nova 30 Anos ao Vivo concentra seu teor de novidade na presença dos convidados. A Paz junta o sexteto ao padre Fábio de Melo em versão de Heal the World, o tema pacificista lançado em 1991 por Michael Jackson (1958 - 2009). Já Sandy entra em cena em Chuva de Prata, balada açucarada que se ajusta bem ao canto doce da cantora, anunciada pelo Roupa Nova como "nossa querida amiga". Por fim, o Fresno se reúne com o sexteto em Show de Rock and Roll. No fim das 36 músicas distribuídas em 23 faixas (o CD contabiliza 16 faixas), o saldo é positivo. Primeiro, pelo fato de que os músicos do Roupa Nova são compositores hábeis na criação de boas canções românticas de acento (pop)ular. É inegável o apelo de suas músicas. Segundo, porque eles sabem animar um baile com seus vocais harmoniosos e com sua competência técnica como músicos. E, nesse baile, cabem tanto o rap improvisado ao fim de Clarear - sucesso da riponga fase inicial do grupo - como a inclusão de um hit de Xuxa, Ilariê, em medley que aglutina sem qualquer parâmetro uma canção lacrimosa de José Augusto (Agüenta Coração) e o tema do festival Rock in Rio. Se há alguma lógica, esta é da diversão. E diversão pura e simples é o que Roupa Nova oferece nos bailes que animou ao longo desses seus 30 anos de vida. A festa é boa.
Um comentário:
Por mais que eventualmente tenha registrado repertório inédito nos anos 2000, o Roupa Nova viveu a última década rebobinando os sucessos que colecionou ao longo das décadas de 80 e 90. Roupa Nova 30 Anos ao Vivo - o registro de show captado em 2 e 3 de julho no Credicard Hall, em São Paulo (SP) - refaz o baile pop do sexteto com o pretexto (justo) de celebrar os 30 anos de vida do grupo, criado em 1980 a partir de uma banda de baile dos anos 70, Os Famks. Roupa Nova, a música de Milton Nascimento e Fernando Brant, foi o pontapé inicial de carreira fonográfica que teve seu auge nos anos 80. Por isso, Milton é um dos convidados da festa dos 30 anos. Já fora de forma vocal, Bituca dá o ar majestoso da graça na regravação pálida de Nos Bailes da Vida, introduzida pelas cordas da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos. Os toques sinfônicos, a rigor, não atenuam o caráter essencialmente pop do baile balzaquiano do Roupa Nova. Cientes do que espera seu fiel público, Paulinho (voz), Serginho Herval (voz e bateria), Nando (baixo), Kiko (guitarras), Cleberson Horsth (teclados) e Ricardo Feghali (teclados) enfileiram hits obrigatórios nas apresentações do grupo - Linda Demais (com leve pegada roqueira), Volta pra mim, A Força do Amor, Dona, Coração Pirata, Meu Universo É Você - com respeito aos arranjos das gravações originais. O que incentiva o coro espontâneo da plateia. Por remoer sucessos já tão regravados pelo grupo, em roteiro que inclui apenas um ou outro tema mais recente como Cantar Faz Feliz o Coração, Roupa Nova 30 Anos ao Vivo concentra seu teor de novidade na presença dos convidados. A Paz junta o sexteto ao padre Fábio de Melo em versão de Heal the World, o tema pacificista lançado em 1991 por Michael Jackson (1958 - 2009). Já Sandy entra em cena em Chuva de Prata, balada açucarada que se ajusta bem ao canto doce da cantora, anunciada pelo Roupa Nova como "nossa querida amiga". Por fim, o Fresno se reúne com o sexteto em Show de Rock and Roll. No fim das 36 músicas distribuídas em 23 faixas (o CD contabiliza 16 faixas), o saldo é positivo. Primeiro, pelo fato de que os músicos do Roupa Nova são compositores hábeis na criação de boas canções românticas de acento (pop)ular. É inegável o apelo de suas músicas. Segundo, porque eles sabem animar um baile com seus vocais harmoniosos e com sua competência técnica como músicos. E, nesse baile, cabem tanto o rap improvisado ao fim de Clarear - sucesso da riponga fase inicial do grupo - como a inclusão de um hit de Xuxa, Ilariê, em medley que aglutina sem qualquer parâmetro uma canção lacrimosa de José Augusto (Agüenta Coração) e o tema do festival Rock in Rio. Se há alguma lógica, esta é da diversão. E diversão pura e simples é o que Roupa Nova oferece nos bailes que animou ao longo desses seus 30 anos de vida. A festa é boa.
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