Resenha de show
Evento: Festival Studio RJ - Rival + Tarde
Título: Eu Menti pra Você
Artista: Karina Buhr (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Teatro Rival (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 16 de janeiro de 2011
Cotação: * * * 1/2
Dona de um dos melhores discos de 2010, Eu Menti pra Você, Karina Buhr se revela verdadeira no palco, provando que não é uma artista fabricada com truques de estúdio. Em seu retorno aos palcos cariocas na madrugada deste domingo, 16 de janeiro de 2011, Buhr confirmou a boa fama de ser uma cantora visceral em cena. De fato, como visto no show apresentado dentro do festival Studio RJ do projeto Rival + Tarde, o som dessa baiana criada em Recife (PE) ganha peso e energia ao vivo. Mas também perde sutilezas. As ironias e contundências das letras de Buhr - um dos maiores destaques do primeiro álbum solo da artista - às vezes sucumbem face à massa sonora que envolve e encorpa temas autorais como Vira Pó. Já na primeira música, O Pé, ficou evidente que Buhr é do time de intérpretes que cantam com todo o corpo. A ponto de, já no fim do show, a performática artista se jogar no chão do palco do Teatro Rival ao som bastante heavy de Avião Aeroporto e simular o próprio enforcamento com o fio do microfone ao término de Nassíria e Najaf, rock de fúria punk que se impôs como um dos grandes momentos do roteiro. Contudo, já no primeiro número, ficou evidente também que Buhr precisa aprimorar a dicção e a emissão de sua voz em cena. Nem sempre se entende o que ela está cantando. Pena, pois Buhr tem muito o que dizer com temas como Solo de Água Fervente. O trompete de Guizado e a guitarra de Edgard Scandurra garantiram a pressão contínua do show e sobressaíram em banda azeitadíssima que agregou também o baixo de Mau Pregnolatto, a bateria de Bruno Buarque e os teclados de Dustan Gallas. Justiça seja feita: Buhr nunca deixou o show perder pique, se movimentando freneticamente pelo palco do Teatro Rival enquanto apresentou composições como Mira Ira, Telekphonen e Esperança Cansa. A participação graciosa e inusitada de Teresa Cristina em Plástico Bolha contribuiu para o saldo final do show ser positivo. Por mais que o sarcasmo dos versos da Ciranda do Incentivo e da faixa-título, Eu Menti pra Você (repetida no bis feito sem que a cantora saísse do palco), tenham se diluído ao vivo, Karina Buhr reiterou no palco do Teatro Rival que é uma das mais gratas revelações da contemporânea cena indie brasileira.
Dona de um dos melhores discos de 2010, Eu Menti pra Você, Karina Buhr se revela verdadeira no palco, provando que não é uma artista fabricada com truques de estúdio. Em seu retorno aos palcos cariocas na madrugada deste domingo, 16 de janeiro de 2011, Buhr confirmou a boa fama de ser uma cantora visceral em cena. De fato, como visto no show apresentado dentro do festival Studio RJ do projeto Rival + Tarde, o som dessa baiana criada em Recife (PE) ganha peso e energia ao vivo. Mas também perde sutilezas. As ironias e contundências das letras de Buhr - um dos maiores destaques do primeiro álbum solo da artista - às vezes sucumbem face à massa sonora que envolve e encorpa temas autorais como Vira Pó. Já na primeira música, O Pé, ficou evidente que Buhr é do time de intérpretes que cantam com todo o corpo. A ponto de, já no fim do show, a performática artista se jogar no chão do palco do Teatro Rival ao som bastante heavy de Avião Aeroporto e simular o próprio enforcamento com o fio do microfone ao término de Nassíria e Najaf, rock de fúria punk que se impôs como um dos grandes momentos do roteiro. Contudo, já no primeiro número, ficou evidente também que Buhr precisa aprimorar a dicção e a emissão de sua voz em cena. Nem sempre se entende o que ela está cantando. Pena, pois Buhr tem muito o que dizer com temas como Solo de Água Fervente. O trompete de Guizado e a guitarra de Edgard Scandurra garantiram a pressão contínua do show e sobressaíram em banda azeitadíssima que agregou também o baixo de Mau Pregnolatto, a bateria de Bruno Buarque e os teclados de Dustan Gallas. Justiça seja feita: Buhr nunca deixou o show perder pique, se movimentando freneticamente pelo palco do Teatro Rival enquanto apresentou composições como Mira Ira, Telekphonen e Esperança Cansa. A participação graciosa e inusitada de Teresa Cristina em Plástico Bolha contribuiu para o saldo final do show ser positivo. Por mais que o sarcasmo dos versos da Ciranda do Incentivo e da faixa-título, Eu Menti pra Você (repetida no bis feito sem que a cantora saísse do palco), tenham se diluído ao vivo, Karina Buhr reiterou no palco do Teatro Rival que é uma das mais gratas revelações da contemporânea cena indie brasileira.
ResponderExcluirEu não sei aonde os críticos estão vendo esse disco como um dos melhores de 2010. É um dos piores que eu já ouvi na minha vida inteira.
ResponderExcluirÉ irritante e desnecessário, apenas.
Logo quando ouvi gostei bastante, mas depois enjoei.
ResponderExcluirO som da karina é como doce. Ouça com parcimônia.
O que não se pode discordar é que seja bem feito e verdadeiro.
Ciranda do Incentivo é minha preferida.
PS: Pegava ônibus com ela há... Deixa prá lá, né karina? hehhe
Oi Mauro, eu assisti a este mesmo show em dezembro e achei muito triste não entender absolutamente nada do que ela dizia. Pensei: culpa do técnico, do espaço? Mas eu estava na segunda fileira do Auditorio do Ibirapuera (como assim ter o som excelente da banda mas da voz não?) Então entendi que era proposital, conceitual. Será!?
ResponderExcluirKarina é uma artista e ponto, tem muito a dizer com sua letras e sua postura no palco, mas seria bem bacana ter um diretor de cena limpando os excessos!
Gosto dela, mas o show que vi foi over em todos os sentidos.
Abs, Calu