Título: Computers and Blues
Artista: The Streets
Gravadora: Atlantic
Cotação: * * * 1/2
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira
P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.
Ícone do hip hop britânico, o rapper Mike Skinner anunciou oficialmente o fim de seu projeto The Streets nesta segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011, data do lançamento do quinto álbum do grupo, Computers and Blues, de tom futurista, quase industrial. A saída de cena já tinha sido sinalizada por Skinner desde que o rapper começou a revelar detalhes sobre o disco, que encerra com dignidade a trajetória fonográfica de seu grupo, ainda que não seja tão inspirado quanto a obra-prima A Grand Don't Come for Free (2004). Espécie de Eminem da Inglaterra, Skinner elevou o nível do hip hop britânico com The Streets e o mantém alto neste CD que versão sobre o mundo cibernético. Outside Inside - a primeira das 14 faixas de Computers and Blues - é urdida com ruídos e texturas eletrônicas. Poderia soar batido, mas o disco não cai na mesmice que costuma nivelar por baixo oito entre dez álbuns de rap gravados nos Estados Unidos. Se acordes de guitarra moldam Going Through the Hell, Soldiers - um dos melhores temas da safra de inéditas - insere o rap de Skinner em melodia pop levada por um vocal feminino. Tal como fez Moby em alguns de seus melhores discos, Skinner põe vozes de mulheres em temas como OMG - que aborda romance desenvolvido na era do Facebook - e Roof of your Car. Já We Can Never Be Friends é balada que soa quase trivial. A banalidade é impedida pelas rimas ágeis e espertas de Skinner, que versa sobre seus problemas de saúde em Trying to Kill M.E. - outro destaque de um disco que termina em clima de despedida com os versos de Lock the Locks. Entre flertes com o garage londrino (Those That Don't Know) e com a house (na já anteriormente divulgada Trust me), Mike Skinner evoca Eminem em Blip on a Screen sem deixar de marcar sua identidade nessa digna saída de cena do grupo The Streets.
ResponderExcluirGostei bastante também desse álbum e logo postarei a minha crítica também.... mas não vejo semelhança alguma do trabalho de Skinner com Eminem. Aliás, muito pelo contrário: The Streets é mais um hip hop falado, muito mais apegado às raízes de Gil Scott-Heron do que ao hype.
ResponderExcluirAh, e considero Original Pirate Material a obra-prima do cara, acho que ele ainda não gravou nada igual (ainda falta ouvir com calma o Computers and Blues, obviamente).
Abs!
Oi, Tiago, comparo Skinner a Eminem pelo fato de ambos serem criativos, fazerem rimas espertas, e tentarem sempre se reinventar no universo do hip hop. Mas é claro que, em essência, um faz um trabalho diverso do outro. Abs, grato pela participação. MauroF
ResponderExcluir