Resenha de CD
Título: Johnny Alf por seus Amigos
Artista: Vários
Gravadora: Lua Music
Cotação: * * * 1/2
Primeiro dos três títulos da caixa Johnny Alf entre Amigos, recém-lançada pela gravadora Lua Music, o CD Johnny Alf por seus Amigos reúne 16 gravações inéditas do cancioneiro de Alf, com ênfase nos clássicos (os temas menos conhecidos foram reunidos por Alaíde Costa no segundo disco da caixa, Em Tom de Canção). Como todo tributo do gênero, o êxito depende da escolha dos intérpretes e de sua adequação às músicas escolhidas. Mas o saldo é positivo. A rigor, Johnny Alf (1929 - 2010) sempre foi o melhor intérprete de seu cancioneiro por conhecer mais do que ninguém os caminhos harmônicos que desbravou - caminhos que o levaram a ser saudado como o maior e mais legítimo precursor do som que veio a ser rotulado de Bossa Nova. Contudo, há intérpretes que dominam bem o idioma da música de Alf. Leny Andrade é um deles. E não é por acaso que ela tem a honra de abrir o disco produzido por Thiago Marques Luiz - sob a supervisão musical de Marcos Souza - com sedutor registro do samba-canção O Que É Amar. Na sequência, Joyce põe seu suingue no samba Fim de Semana em Eldorado e Emílio Santiago imprime o tom aveludado de sua voz perfeita em Nós. O trio se destaca no tributo. Mas há outros acertos no CD que teve produção executiva de Nelson Valencia, detentor do acervo de Alf. Zé Renato está à vontade em Céu e Mar, misto de samba e baião. Por sua técnica apurada, Claudya entende bem o certo classicismo que há na gênese do tema Com a Voz de Plentitude, parceria de Alf com Edson Penha. Já Leila Pinheiro se deixa levar pelo intimismo suave da obra-prima Eu e a Brisa em gravação de voz e piano, tocado pela própria cantora. Em contrapartida, Johnny Alf por seus Amigos mostra que Wanderléa não foi a melhor opção para Ilusão à Toa, outra obra-prima do cancioneiro do compositor. Se Toquinho parece cantar Rapaz de Bem com seu violão como se estivesse gravando um disco da dupla Toquinho & Vinicius, Áurea Martins reitera sua segurança vocal em Ensaio para a Ilusão, um dos temas mais raros do repertório de um disco que, em tom maior ou menor, também alinha registros de Claudette Soares (Gesto Final), Adyel Silva (Pensando em Você), Claudia Telles (Olhos Negros) e Maricenne Costa (Quem te Ama Sou Eu), entre outros amigos de Alf.
Primeiro dos três títulos da caixa Johnny Alf entre Amigos, recém-lançada pela gravadora Lua Music, o CD Johnny Alf por seus Amigos reúne 16 gravações inéditas do cancioneiro de Alf, com ênfase nos clássicos (os temas menos conhecidos foram reunidos por Alaíde Costa no segundo disco da caixa, Em Tom de Canção). Como todo tributo do gênero, o êxito depende da escolha dos intérpretes e de sua adequação às músicas escolhidas. Mas o saldo é positivo. A rigor, Johnny Alf (1929 - 2010) sempre foi o melhor intérprete de seu cancioneiro por conhecer mais do que ninguém os caminhos harmônicos que desbravou - caminhos que o levaram a ser saudado como o maior e mais legítimo precursor do som que veio a ser rotulado de Bossa Nova. Contudo, há intérpretes que dominam bem o idioma da música de Alf. Leny Andrade é um deles. E não é por acaso que ela tem a honra de abrir o disco produzido por Thiago Marques Luiz - sob a supervisão musical de Marcos Souza - com sedutor registro do samba-canção O Que É Amar. Na sequência, Joyce põe seu suingue no samba Fim de Semana em Eldorado e Emílio Santiago imprime o tom aveludado de sua voz perfeita em Nós. O trio se destaca no tributo. Mas há outros acertos no CD que teve produção executiva de Nelson Valencia, detentor do acervo de Alf. Zé Renato está à vontade em Céu e Mar, misto de samba e baião. Por sua técnica apurada, Claudya entende bem o certo classicismo que há na gênese do tema Com a Voz de Plentitude, parceria de Alf com Edson Penha. Já Leila Pinheiro se deixa levar pelo intimismo suave da obra-prima Eu e a Brisa em gravação de voz e piano, tocado pela própria cantora. Em contrapartida, Johnny Alf por seus Amigos mostra que Wanderléa não foi a melhor opção para Ilusão à Toa, outra obra-prima do cancioneiro do compositor. Se Toquinho parece cantar Rapaz de Bem com seu violão como se estivesse gravando um disco da dupla Toquinho & Vinicius, Áurea Martins reitera sua segurança vocal em Ensaio para a Ilusão, um dos temas mais raros do repertório de um disco que, em tom maior ou menor, também alinha registros de Claudette Soares (Gesto Final), Adyel Silva (Pensando em Você), Claudia Telles (Olhos Negros) e Maricenne Costa (Quem te Ama Sou Eu), entre outros amigos de Alf.
ResponderExcluirMauro, me desculpa mas não gosto dessa coisa de você ficar apontando artistas que são 'destaques' em discos com muitos artistas. Cada um faz o seu melhor, e o que vale aqui é homenagear o Alf.
ResponderExcluirIlusão a Toa com Wanderléa, foi uma ótima opção, saiu do padrão fixo/ geral. 10
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