quarta-feira, 16 de março de 2011

'Charm School' mostra que a veia pop da dupla Roxette ainda pulsa firme

Resenha de CD
Título: Charm School
Artista: Roxette
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *

Charm School é o primeiro álbum de inéditas do Roxette em dez anos. Poderia ser um disco sombrio, pois a vocalista do duo sueco, Marie Fredriksson, passou alguns desses dez anos lutando contra um tumor no cérebro diagnosticado em 2002. Mas não é. O sucessor de Room Service (2001) pode até ter uma ou outra faixa de tom agridoce, caso de Sitting on Top of the World, mas é, em essência, um disco à moda pop do Roxette. Subestimado pela parte da crítica que tenta minimizar o som de quem tem boa mão para o pop, o Roxette não procura se modernizar com Charm School. Pode não haver no álbum o frescor dos anos 80, década áurea em que a dupla emplacou hits como It Must Have Been Love, mas a veia pop de Per Gessle e Marie Fredriksson pulsa com força. Basta ouvir She's Got Nothing on (But the Radio) para atestar a firmeza dessa veia pop. Com leve textura eletrônica, a faixa cativa de imediato e, não por acaso, foi eleita o primeiro single do álbum. A balada pop Speak to me é outro tema que se insinua de imediato no repertório pelo refrão pegajoso - uma das especialidades da dupla. E o fato é que, entre rocks como Way Out (de ligeiro toque country) e baladas como I'm Glad You Called, Charm School é CD digno digno e coerente com a discografia da dupla. É fato que, na segunda metade das 12 faixas, a inspiração soa menor e é fato também que as letras são rasas. Mas isso não tira o mérito de álbum que reitera a vocação pop do Roxette e a luminosidade da voz de Marie. O CD é bom aperitivo para a turnê que chega ao Brasil em abril.

3 comentários:

  1. Charm School é o primeiro álbum de inéditas do Roxette em dez anos. Poderia ser um disco sombrio, pois a vocalista do duo sueco, Marie Fredriksson, passou alguns desses dez anos lutando contra um tumor no cérebro diagnosticado em 2002. Mas não é. O sucessor de Room Service (2001) pode até ter uma ou outra faixa de tom agridoce, caso de Sitting on Top of the World, mas é, em essência, um disco à moda pop do Roxette. Subestimado pela parte da crítica que tenta minimizar o som de quem tem boa mão para o pop, o Roxette não procura se modernizar com Charm School. Pode não haver no álbum o frescor dos anos 80, década áurea em que a dupla emplacou hits como It Must Have Been Love, mas a veia pop de Per Gessle e Marie Fredriksson pulsa com força. Basta ouvir She's Got Nothing on (But the Radio) para atestar a firmeza dessa veia pop. Com leve textura eletrônica, a faixa cativa de imediato e, não por acaso, foi eleita o primeiro single do álbum. A balada pop Speak to me é outro tema que se insinua de imediato no repertório pelo refrão pegajoso - uma das especialidades da dupla. E o fato é que, entre rocks como Way Out (de ligeiro toque country) e baladas como I'm Glad You Called, Charm School é CD digno digno e coerente com a discografia da dupla. É fato que, na segunda metade das 12 faixas, a inspiração soa menor e é fato também que as letras são rasas. Mas isso não tira o mérito de álbum que reitera a vocação pop do Roxette e a luminosidade da voz de Marie. O CD é bom aperitivo para a turnê que chega ao Brasil em abril.

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  2. Cara, vc tirou as palavras da minha boca.
    Sou fã do Rox, e adorei o Charm School.

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  3. Excelente crítica! Consegue apontar as falhas e as qualidades sem despejar o ódio ou a necessidade de parecer 'cool' e 'cult' que todos os críticos têm.

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