Afastada do mercado fonográfico desde 1998, ano em que lançou pela extinta gravadora RGE CD dedicado à obra de Taiguara (1945 - 1996), Cláudia volta ao disco neste ano de 2011 em projeto viabilizado pela gravadora Joia Moderna - aberta pelo DJ Zé Pedro para dar voz a cantoras sem chance na indústria da música. Claudya grava álbum com raridades da obra de Caetano Veloso. O cantor já avalizou o disco e aceitou participar de faixa ainda não escolhida. Entre os lados B recolhidos no cancioneiro de Caetano, há Duas Manhãs (música gravada por Vanusa em 1977), Amo-te (Mesmo?) Muito - tema gravado somente pela cantora Aline (1946 - 2003) em um obscuro álbum de 1979 - e Senhor do Tempo, parceria com Milton Nascimento, composta e gravada pela dupla para a trilha sonora do filme O Coronel e o Lobisomem (2005).
Para quem não liga o nome à música, Claudya é uma cantora carioca - hoje radicada em São Paulo (SP) - que surgiu na segunda metade dos anos 60 com uma voz poderosa, a ponto de causar insegurança em Elis Regina (1945 - 1982). Quando ainda assinava somente Cláudia, a cantora gravou dois álbuns expressivos pela Odeon - Jesus Cristo (1971) e Deixa Eu Dizer (o disco 1973 do qual Marcelo D2 sampleou a faixa-título em seu rap Desabafo) - mas sua carreira fonográfica não teve a regularidade que sua voz merecia. Tanto que o maior êxito de Claudya foi no teatro, onde atuou como protagonista da montagem nacional do musical Evita (1983).
8 comentários:
Afastada do mercado fonográfico desde 1998, ano em que lançou pela extinta gravadora RGE CD dedicado à obra de Taiguara (1945 - 1996), Cláudia volta ao disco neste ano de 2011 em projeto viabilizado pela gravadora Joia Moderna - aberta pelo DJ Zé Pedro para dar voz a cantoras sem chance na indústria da música. Claudya grava álbum com raridades da obra de Caetano Veloso. O cantor já avalizou o disco e aceitou participar de faixa ainda não escolhida. Entre os lados B recolhidos no cancioneiro de Caetano, há Duas Manhãs (música gravada por Vanusa em 1977), Amo-te (Mesmo?) Muito - tema gravado somente pela cantora Aline (1946 - 2003) em obscuro compacto de 1979) - e Senhor do Tempo, parceria com Milton Nascimento, composta e gravada pela dupla para a trilha sonora do filme O Coronel e o Lobisomem (2005).
Para quem não liga o nome à música, Claudya é uma cantora carioca - hoje radicada em São Paulo (SP) - que surgiu na segunda metade dos anos 60 com uma voz poderosa, a ponto de causar insegurança em Elis Regina (1945 - 1982). Quando ainda assinava somente Cláudia, a cantora gravou dois álbuns expressivos pela Odeon - Jesus Cristo (1971) e Deixa Eu Dizer (o disco 1973 do qual Marcelo D2 sampleou a faixa-título em seu rap Desabafo) - mas sua carreira fonográfica não teve a regularidade que sua voz merecia. Tanto que o maior êxito de Claudya foi no teatro, onde atuou como protagonista da montagem nacional do musical Evita (1983).
Acredito que você esteja certo, Renato. Já alterei o texto. Grato pelo alerta. Abs, MauroF
Universo no teu corpo (Taiguara) com Cláudya é belissima!!!
Elis insegura por causa de Cláudia? Essa é boa!
Até que enfim, uma ideia interessante na maré de marolinhas que é o mercado fonográfico dos dez anos recentes. Claudia - seme sse "Y" por favor - é uma supervoz cuja emissão, às vezes, soa desagradável, sobretudo quando força os agudos - maravilhosos, diga-se de passagem - que ela tem. Pode parecer anacrônico, mas é uma das grandes intérpretes nacionais que precisaria de...fazer aula de canto(!) para arredondar as notas estridentes ou esganiçadas - caso também aplicável a Gal Costa, cujos registros em cd causam espanto por estarem completamente desvinculados do som doce e cristalino que emitia até 1983. Hoje, só mesmo fã obcecado consegue digerir ou aceitar isso como 'normal'.
As pessoas tem que analisar essa questão de Elis e Cláudia em perspectiva. É preciso ver que, na época em que Elis se sentiu insegura com o aparecimento de Cláudia, nem Elis era ainda um mito, tampouco se sabia o que iria acontecer com a carreira de Cláudia. Elis era uma cantora que despontava com imenso sucesso, é fato, mas era uma cantora iniciante. E Cláudia era uma novata copm voz poderosíssima. O sificiente para deixar uma iniciante insegura e competitiva como Elis morrendo de raiva, e, por que não, de medo de ser eclipsada. Naquela época ainda não se sabia como seria a trajetória de Elis e Cláudia nos anos 70. Não se sabia ainda que Elis seria a principal cantora do BRasil nos anos seguintes, não se sabia tampouco que Cláudia fosse patinar em discos errantes nos anos seguintes até o quase ostracismo hoje.
Sim, Elis ficou com ciúmes, insegura e quase perdeu as estribeiras.
Gostei muito de saber que a grande cantora Cláudia vai voltar aos estúdios cantando Caetano, do qual sou fã enorme e confesso, e que o mesmo cantará uma canção com ela. Cláudia é dona de uma das mais potentes vozes desses país, porém infelizmente vive relegada ao ostracismo que a sociedade impôs a ela. Mauro, uma correção a ser feita: o álbum no qual Cláudia canta Taiguara não é de 1998, mas sim de 1998, e esse não foi o último trabalho dela como cantora. Em 1997 ela lançou um CD independente praticamente desconhecido, chamado "Brasil Real", que bem que poderia ser (re) lançado agora em CD por alguma gravadora.
Uma outra correção, o álbum onde Cláudia canta Taiguara não é de 1998, mas sim de 1996.
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