quinta-feira, 3 de março de 2011

Poética afiada de Arruda valoriza música de Alzira em 'Pedindo a Palavra'

Resenha de CD
Título: Pedindo a Palavra
Artista: Alzira E
Gravadora: Sem indicação
Cotação: * * * 1/2

Em seu oitavo álbum, Pedindo a Palavra, Alzira E repete a parceria com o poeta Arruda, cujos versos já deram o tom do último disco da cantora e compositora sul mato-grossense, Alzira E (2007). E o resultado, assim como no CD anterior, é bem interessante. Somada à sonoridade elegante urdida pelo produtor Du Moreira  a partir do diálogo de seu baixo com instrumentos de cordas, a poética afiada de Arruda valoriza a música de Alzira. São versos tão incisivos que nem sempre a música está à altura da poesia, sobretudo na segunda metade do disco, que reúne dez faixas gravadas entre agosto de 2009 e junho de 2010. "O tempo do mundo não cabe na gente / Sente / O tempo do mundo anda tão diferente / Mente", discorre Alzira E nos versos de Beijos Longos. Das canções, a quase aérea Se Eu Soubesse Como e a bela Se Parece com Você são os destaques do repertório inédito ao lado de Olhos de Chico Buarque ("Ela tem os olhos de Chico Buarque de Holanda / Ela nem / Saba ainda dessa samba").  Entre a faixa-título (Pedindo a Palavra, exemplo de faixa em que a música não alcança a força da poesia) e tema que evoca a arquitetura rítmica do regge (Aprovei-te), o álbum apresenta a canção Quasares e insere a voz de Arruda no poema À Parte, agregado à única composição assinada somente por Alzira E, Caos. No todo, Pedindo a Palavra reitera a elegância poética de Arruda no jogo das palavras e a coerência da obra fonográfica de Alzira E.

4 comentários:

  1. Em seu oitavo álbum, Pedindo a Palavra, Alzira E repete a parceria com o poeta Arruda, cujos versos já deram o tom do último disco da cantora e compositora sul mato-grossense, Alzira E (2007). E o resultado, assim como no CD anterior, é bem interessante. Somada à sonoridade elegante urdida pelo produtor Du Moreira a partir do diálogo de seu baixo com instrumentos de cordas, a poética afiada de Arruda valoriza a música de Alzira. São versos tão incisivos que nem sempre a música está à altura da poesia, sobretudo na segunda metade do disco, que reúne dez faixas gravadas entre agosto de 2009 e junho de 2010. "O tempo do mundo não cabe na gente / Sente / O tempo do mundo anda tão diferente / Mente", discorre Alzira E nos versos de Beijos Longos. Das canções, a quase aérea Se Eu Soubesse Como e a bela Se Parece com Você são os destaques do repertório inédito ao lado de Olhos de Chico Buarque ("Ela tem os olhos de Chico Buarque de Holanda / Ela nem / Saba ainda dessa samba"). Entre a faixa-título (Pedindo a Palavra, exemplo de faixa em que a música não alcança a força da poesia) e tema que evoca a arquitetura rítmica do regge (Aprovei-te), o álbum apresenta a canção Quasares e insere a voz de Arruda no poema À Parte, agregado à única composição assinada somente por Alzira E, Caos. No todo, Pedindo a Palavra reitera a elegância poética de Arruda no jogo das palavras e a coerência da obra fonográfica de Alzira E.

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  2. como assim 'sem indicação' de gravadora? todo disco tem que sair por um seloe, não?

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  3. Ser irmã de Tetê Espíndola e parceira eterna de Itamar Assumpção e Alice Ruiz, ainda é pouco para Alzira E que encontra agora em seu parceiro Arruda, a medida exata entre música e poesia. Não paro de ouvir esse disco.

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  4. E pros shows de lançamento no Rio de Janeiro em 11 e 12 de março, Alzira contará com Ney Matogrosso e Zélia Duncan. A banda da Alzira ainda tem Guizado no trompete!!! uouu

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