Resenha de CD
Título: Toque Dela
Artista: Marcelo Camelo
Gravadora: Zé Pereira / Universal Music
Cotação: * * * 1/2
Toda solidão tem seu fim. Após um primeiro disco solo (
Sou, 2008) pautado por melancolia e introspecção excessivamente climática, Marcelo Camelo soa mais feliz em seu segundo álbum individual,
Toque Dela, posto nas lojas neste mês de abril de 2011 pela Universal Music. Não que
Toque Dela seja um disco pop. Não é. Não há uma ruptura estética com
Sou. Tanto que o grupo Hurtmold, presente em quatro faixas de
Sou, tem ampliado seu raio de ação em
Toque Dela, tocando em sete das dez músicas autorais. Apenas o tom do disco é outro.
"Triste é viver só de solidão", sentencia o verso inicial de
A Noite, música que abre o disco. Em entrevistas, Camelo tem negado que o CD tenha o toque dela, Mallu Magalhães, sua namorada, cuja presença coadjuvante na ficha técnica se limita à participação no coro em
Vermelho. Mas parece certo que o toque dela, a paixão, deu ao disco atmosfera mais romântica.
Meu Amor É Teu é sintomaticamente o título da música que fecha o CD. Uma das mais belas do álbum, aliás. O problema de
Toque Dela é que a safra de inéditas nem sempre está à altura do histórico de Camelo como compositor. Das nove inéditas, vale destacar
A Noite,
ôô (de título similar ao samba-enredo que batiza o segundo disco de Thaís Gulin),
Meu Amor É Teu,
Três Dias e
Acostumar.
Pretinha, para citar somente um exemplo, é canção mediana que não cresce nem com a refinada cama instrumental armada por Camelo em
Toque Dela. Além de cantar com mais precisão do que em
Sou, Camelo pilota bateria, violões, guitarras e percussões de um disco formatado com metais arranjados pelo próprio artista com Marcelo Costa. Única música não assinada solitariamente por Camelo,
Três Dias é parceria do artista com o quadrinista e compositor (bissexto) André Dahmer. Sedutora do ponto de vista melódico e poético, a faixa sinaliza que uma eventual abertura do leque de parceiros faria bem ao cancioneiro de Camelo. Que apresenta em
Toque Dela seu registro de estúdio da bela
Despedida, tema cedido pelo compositor em 2005 para o segundo disco de Maria Rita. Enfim, o
hermano foi tocado pelo amor, mote da felicidade perceptível neste salutar segundo CD solo.
Toda solidão tem seu fim. Após um primeiro disco solo (Sou, 2008) pautado por melancolia e introspecção excessivamente climática, Marcelo Camelo soa mais feliz em seu segundo álbum individual, Toque Dela, posto nas lojas neste mês de abril de 2011 pela Universal Music. Não que Toque Dela seja um disco pop. Não é. Não há uma ruptura estética com Sou. Tanto que o grupo Hurtmold, presente em quatro faixas de Sou, tem ampliado seu raio de ação em Toque Dela, tocando em sete das dez músicas autorais. Apenas o tom do disco é outro. "Triste é viver só de solidão", sentencia o verso inicial de A Noite, música que abre o disco. Em entrevistas, Camelo tem negado que o CD tenha o toque dela, Mallu Magalhães, sua namorada, cuja presença coadjuvante na ficha técnica se limita à participação no coro em Vermelho. Mas parece certo que o toque dela, a paixão, deu ao disco atmosfera mais romântica. Meu Amor É Teu é sintomaticamente o título da música que fecha o CD. Uma das mais belas do álbum, aliás. O problema de Toque Dela é que a safra de inéditas nem sempre está à altura do histórico de Camelo como compositor. Das nove inéditas, vale destacar A Noite, ôô (de título similar ao samba-enredo que batiza o segundo disco de Thaís Gulin), Meu Amor É Teu, Três Dias e Acostumar. Pretinha, para citar somente um exemplo, é canção mediana que não cresce nem com a refinada cama instrumental armada por Camelo em Toque Dela. Além de cantar com mais precisão do que em Sou, Camelo pilota bateria, violões, guitarras e percussões de um disco formatado com metais arranjados pelo próprio artista com Marcelo Costa. Única música não assinada solitariamente por Camelo, Três Dias é parceria do artista com o quadrinista e compositor (bissexto) André Dahmer. Sedutora do ponto de vista melódico e poético, a faixa sinaliza que uma eventual abertura do leque de parceiros faria bem ao cancioneiro de Camelo. Que apresenta em Toque Dela seu registro de estúdio da bela Despedida, tema cedido pelo compositor em 2005 para o segundo disco de Maria Rita. Enfim, o hermano foi tocado pelo amor, mote da felicidade perceptível neste salutar segundo CD solo.
ResponderExcluirAchei esse disco chato de marré marré.
ResponderExcluirE a capa tb é bem feinha.
Engraçado, as músicas dos Hermanos que eu gosto são TODAS cantadas pelo Camelo, já seus discos solo não me apetecem.
Disco melancólico, do jeito que gosto! ^) Adorei!Em especial "a noite","vermelho" e "meu amor é teu"!
ResponderExcluirMarcelo me reconquistou com esse disco, não gosto do "sou". Só não gostei de "despedida", mas acho que não vou gostar de ninguém que a grave porque a gravação da Maria Rita fica sempre ofuscando.
Não foi dessa vez que Camelo deixou o sol entrar novamente, o disco é agradável apesar de não saltar aos ouvidos como o Sou.
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