domingo, 24 de abril de 2011

Espiritualizado, Simon celebra amor sagrado em 'So Beautiful or so What'

Resenha de CD
Título: So Beautiful or so What
Artista: Paul Simon
Gravadora: Hear Music / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

À beira dos 70 anos, a serem completados em outubro, Paul Simon busca o sagrado em seu primeiro álbum de inéditas em cinco anos, So Beautiful or so What, lançado mundialmente neste mês de abril de 2011. A intenção de Simon e do produtor Phil Ramone foi reviver o modo artesanal com o que o artista gravava seus discos nos anos 70 - década que gerou obras-primas da carreira solo do artista, notadamente o álbum Paul Simon (1972), forte marco inicial da trajetória individual do parceiro de Art Garfunkel nos anos 60. Qualquer que tenha sido o modo de produção, So Beautiful or so What flagra o cantor e compositor norte-americano em boa forma. Disco de grande carga espiritual, So Beautiful or so What está impregnado de sensível religiosidade em seus questionamentos sobre o sentido da vida. Já na (boa) faixa de abertura, Getting Readdy for Christmas Day, há samples de trechos do homônimo sermão feito em 1941 pelo reverendo J. M. Gates (1884 - 1945), pastor que era também cantor de gospel. Em The Afterlife, Simon se imagina com certa espirituosidade em existência além da vida material. Acima de dogmas religiosos, o álbum celebra o amor sagrado - como já sinaliza o título de uma das dez inéditas, Love Is Eternal Sacred Light - entre ritmos que transitam entre o folk (Love & Blessings, um dos temas menos inspirados) e o bluegrass (Dazzling Blue, um dos temas mais inspirados). Ecos da obra-prima afro de Simon, Graceland (1986), são bem perceptíveis nos arranjos urdidos com cordas e percussões delicadas. Questions for the Angels reitera o tom espiritual de álbum que inclui tema instrumental (Amulet) e balada (Love and Hard Times) de real beleza. Sem flertes com os sons contemporâneos, So Beautiful or so What se situa em algum lugar do passado da discografia solo de Paul Simon. E isso confere dignidade adicional a um álbum extremamente honesto de um artista que acredita em anjos e, sobretudo, no amor.

3 comentários:

  1. À beira dos 70 anos, a serem completados em outubro, Paul Simon busca o sagrado em seu primeiro álbum de inéditas em cinco anos, So Beautiful or so What, lançado mundialmente neste mês de abril de 2011. A intenção de Simon e do produtor Phil Ramone foi reviver o modo artesanal com o que o artista gravava seus discos nos anos 70 - década que gerou obras-primas da carreira solo do artista, notadamente o álbum Paul Simon (1972), marco inicial da trajetória individual do parceiro de Art Garfunkel nos anos 60. Qualquer que tenha sido o modo de produção, So Beautiful or so What flagra o cantor e compositor norte-americano em boa forma. Disco de grande carga espiritual, So Beautiful or so What está impregnado de sensível religiosidade em seus questionamentos sobre o sentido da vida. Já na (boa) faixa de abertura, Getting Readdy for Christmas Day, há samples de trechos do homônimo sermão feito em 1941 pelo reverendo J. M. Gates (1884 - 1945), pastor que era também cantor de gospel. Em The Afterlife, Simon se imagina com certa espirituosidade em existência além da vida material. Acima de dogmas religiosos, o álbum celebra o amor sagrado - como já sinaliza o título de uma das dez inéditas, Love Is Eternal Sacred Light - entre ritmos que transitam entre o folk (Love & Blessings, um dos temas menos inspirados) e o bluegrass (Dazzling Blue, um dos temas mais inspirados). Ecos da obra-prima afro de Simon, Graceland (1986), são perceptíveis nos arranjos urdidos com cordas e percussões delicadas. Questions for the Angels reitera o tom espiritual de álbum que inclui tema instrumental (Amulet) e balada (Love and Hard Times) de real beleza. Sem flertes com os sons contemporâneos, So Beautiful or so What se situa em algum lugar do passado da discografia solo de Paul Simon. E isso confere dignidade adicional a um álbum extremamente honesto de um artista que acredita em anjos e, sobretudo, no amor.

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  2. Há séculos que eu não ouvia falar dele. Gosto muito dos discos com o Garfunkel.

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  3. Conferi este disco anteriormente a postagem de Mauro, e posso dizer com toda certeza que se trata do melhor disco de Simon desde Graceland de 1986.

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