sexta-feira, 20 de maio de 2011

'Destroyed' é bela e melancólica viagem de Moby por aeroportos e hotéis

Resenha de CD
Título: Destroyed
Artista: Moby
Gravadora: Little Idiot / EMI Music
Cotação: * * * *

Em sua discografia camaleônica, Moby pode apresentar tanto álbuns voltados para o som frenético das pistas, caso de Last Night (2008), quanto discos de tom mais calmo e reflexivo, como o caseiro Wait for me (2009). Lançado em escala mundial neste mês de maio de 2011, Destroyed (2001) se encaixa - com grande inspiração - nessa segunda categoria. O décimo álbum de estúdio do DJ e produtor de Nova York (EUA) reúne 15 temas compostos em madrugadas solitárias entre quartos de hotéis e salas de aeroportos. Destroyed é uma viagem literal e figurativamente. Mas uma bela viagem que vai ficando intensa à medida que avançam as 15 faixas do álbum e que culmina com When You Are Old, tema de tom sinfônico. Trilha perfeita para um chill out, essa melancólica sinfonia de sons que remetem a música ambient tem seu pico de sedução com a trilogia formada pelos temas Stella Maris, The Violent Bear It Away e Lacrimae -  alocados ao fim do disco. Contudo, há escalas luminosas antes do término da viagem. A sublime Lie Down in Darkness - com o canto de Joy Malcolm remetendo aos vocais femininos que pontuma a obra-prima do DJ, Play (1999) - é uma delas. Outra solista convidada do CD, Emily Zuzik defende The Low Hum, faixa climática que ganha aos poucos pegada mais dançante - se é que se pode falar em faixas dançantes num disco excessivamente calmo e instrospectivo, embedido em melancolia (perceptível no clipe de Be the One). Destroyed talvez decepcione quem espera sempre de Moby um som para as pistas mais bombadas. Contudo, o álbum é prova da elasticidade e pluralidade da música deste DJ e produtor hábil ao compor a trilha sonora da festa e também a da (inevitável) ressaca da festa.

2 comentários:

  1. Em sua discografia camaleônica, Moby pode apresentar tanto álbuns voltados para o som frenético das pistas, casos Last Night (2008), quanto discos de tom mais calmo e reflexivo, como o caseiro Wait for me (2009). Lançado em escala mundial neste mês de maio de 2011, Destroyed (2001) se encaixa - com grande inspiração - nessa segunda categoria. O décimo álbum de estúdio do DJ e produtor de Nova York (EUA) reúne 15 temas compostos em madrugadas solitárias entre quartos de hotéis e salas de aeroportos. Destroyed é uma viagem literal e figurativamente. Mas uma bela viagem que vai ficando intensa à medida que avançam as 15 faixas do álbum e que culmina com When You Are Old, tema de tom sinfônico. Trilha perfeita para um chill out, essa melancólica sinfonia de sons que remetem a música ambient tem seu pico de sedução com a trilogia formada pelos temas Stella Maris, The Violent Bear It Away e Lacrimae - alocados ao fim do disco. Contudo, há escalas luminosas antes do término da viagem. A sublime Lie Down in Darkness - com o canto de Joy Malcolm remetendo aos vocais femininos que pontuma a obra-prima do DJ, Play (1999) - é uma delas. Outra solista convidada do CD, Emily Zuzik defende The Low Hum, faixa climática que ganha aos poucos pegada mais dançante - se é que se pode falar em faixas dançantes num disco excessivamente calmo e instrospectivo, embedido em melancolia (perceptível no clipe de Be the One). Destroyed talvez decepcione quem espera sempre de Moby um som para as pistas mais bombadas. Contudo, o álbum é prova da elasticidade e pluralidade da música deste DJ e produtor hábil ao compor a trilha sonora da festa e também a da (inevitável) ressaca da festa.

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  2. Play ainda é o melhor CD do Moby vindo logo atrás o 18.

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