Título: Move Like This
Artista: The Cars
Gravadora: Hear Music
Cotação: * * * 1/2
Uma das referências da New Wave que agitou o universo pop nos anos 80, o grupo norte-americano The Cars volta à cena com seu primeiro álbum em 24 anos, Move Like This, lançado no exterior neste mês de maio de 2011. Já em si surpreendente, tal retorno soa quase inacreditável quando se ouve o disco, pois é como se esses 24 anos não tivessem passado. Sétimo álbum do quarteto, o sucessor de Door to Door (1987) flagra o The Cars estacionado em alguma transversal do (seu) tempo. Só que o tempo já passou e, inclusive, o vocalista secundário e baixista original da banda, Benjamin Orr (1947 - 2000), saiu de cena, vítima de câncer no pâncreas. Era de Orr a voz da balada Drive (1984), o maior sucesso dos Cars no Brasil. Em Move Like This, todas as vozes são do guitarrista Ric Ocasek. De qualquer forma, o álbum soa extremamente fiel ao histórico fonográfico do grupo, formado em 1976, desfeito em 1988 e reativado em 2010. Para quem admirava a mistura power pop de sintetizadores com guitarras, faixas como Blue Tip, Hits me e It's Only transportam o ouvinte para algum lugar do passado dos Cars. Sem sucumbir à tentação de fazer disco modernoso, para tentar ficar em sintonia com os sons contemporâneos, a banda reaparece com álbum essencialmente retrô. Mas que, por isso mesmo, soa honesto. Entre baladas como Soon e Take Another Look, Move Like This apresenta Too Late, petardo pop de refrão certeiro e destaque da safra de inéditas. Reverente, o produtor Jacknife Lee parece ter respeitado a decisão do Cars de voltar imobilizado em álbum que vai contentar fãs antigos na mesma medida em que vai confinar o quarteto a um tempo que já não volta mais. Mas que marcou a época e o som do grupo. Bom!
4 comentários:
Uma das referências da New Wave que agitou o universo pop nos anos 80, o grupo norte-americano The Cars volta à cena com seu primeiro álbum em 24 anos, Move Like This, lançado no exterior neste mês de maio de 2011. Já em si surpreendente, tal retorno soa quase inacreditável quando se ouve o disco, pois é como se esses 24 anos não tivessem passado. Sétimo álbum do quarteto, o sucessor de Door to Door (1987) flagra o The Cars estacionado em alguma transversal do (seu) tempo. Só que o tempo já passou e, inclusive, o vocalista secundário e baixista original da banda, Benjamin Orr (1947 - 2000), saiu de cena, vítima de câncer no pâncreas. Era de Orr a voz da balada Drive (1984), o maior sucesso dos Cars no Brasil. Em Move Like This, todas as vozes são do guitarrista Ric Ocasek. De qualquer forma, o álbum soa extremamente fiel ao histórico fonográfico do grupo, formado em 1976, desfeito em 1988 e reativado em 2010. Para quem admirava a mistura power pop de sintetizadores com guitarras, faixas como Blue Tip, Hits me e It's Only transportam o ouvinte para algum lugar do passado dos Cars. Sem sucumbir à tentação de fazer disco modernoso, para tentar ficar em sintonia com os sons contemporâneos, a banda reaparece com álbum essencialmente retrô. Mas que, por isso mesmo, soa honesto. Entre baladas como Soon e Take Another Look, Move Like This apresenta Too Late, petardo pop de refrão certeiro e destaque da safra de inéditas. Reverente, o produtor Jacknife Lee parece ter respeitado a decisão do Cars de voltar imobilizado em álbum que vai contentar fãs antigos na mesma medida em que vai confinar o quarteto a um tempo que já não volta mais. Mas que marcou a época e o som do grupo. Bom!
Crítico é uma raça engraçada... se o grupo tenta se atualizar, dizem que ficou 'modernoso'. Se faz o que fazia antes, dizem que ficou parado no tempo... vá entender...
Confesso que não conhecia nada do The Cars além de "Drive" (amo essa música, aliás!), mas resolvi baixar há umas semanas esse novo CD do grupo. Acabei gostando da sonoridade "datada" dos 80's em pleno 2011! rsrsrs Ainda bem que não ficaram "modernoso".
"Drive", o sucesso maior do grupo, fez grande sucesso no Brasil como tema da novela "Livre para Voar", exibida pela Globo no horário das 18h em 1984. Era tema do personagem do Tony Ramos (Pardal) e Carla Camuratti (Bebel).
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