Título: Zafenate
Artista: Zafenate
Gravadora: Cornucópia Discos / Midas Music / Universal Music
Cotação: * * 1/2
Embora possa ser enquadrado no escaninho do reggae, o grupo Zafenate - formado em São Paulo (SP) em 2002 - transita também por outras praias. Produzido sem purismos por Fernando Nunes, o primeiro disco do coletivo paulista expõe essa miscigenação rítmica ao longo de suas 12 faixas. Se NyaOm é mantra indiano que abre o CD em forma de vinheta, Se Prepare (Theo Reis) termina com batida de pop rock enquanto o reggae Homem Biônico (Thorben Cat, Theo Reis e Robson Costa) abre espaço para a entrada de um rap no meio da faixa. Mais do que o reggae, o que dá unidade e identidade ao som gregário do Zafenate é a propagação de ideais humanitários. "Nossa bandeira são todas as bandeiras / Costuradas amarradas com o laço do amor", canta o grupo no refrão irresistivelmene pop de Juventude Agroecológica (Lucas Ciola), ode a um mundo verde. Dentro desse espírito zen, Mãe Guerreira (Robson Costa) e o breve tema instrumental Intro conectam levemente o Zafenate à matriz africana. Contudo, parece ser inútil (tentar) delimitar fronteiras rítmicas no som do coletivo formado por Lucas Ciola (guitarra e voz), Rafinha Werblowsky (bateria e percussão), Fábio Salém (baixo), Denizard Basílio (teclados), Theo Reis (violão e voz), Ana Flor de Carvalho (voz) e Robson Costa (voz) . "Reggae, toada, embolada, tecno-brega, chorinho, dub, balada, rap, cantilenas - o que importa? Quem sabe dizer onde começa um e termina o outro?", questiona Nando Reis, pai de Theo Reis, no entusiasmado texto que escreveu para apresentar o disco, fruto de parceria da Cornucópia Discos com o Midas Music, distribuído nas lojas neste mês de maio de 2011 pela Universal Music. Nando tem razão. Em sintonia com o tom positivista do álbum, Reggae Bom (Lucas Ciola e Robson Costa) desencava a raiz jamaicana com proprieade, Mistério (Theo Reis) convida à união, à dança e ao amor em tom pop. Já Favela (Robson Costa) prega o fortalecimento espiritual contra a repressão cotidiana. No todo, a música nem sempre cativa tanto quanto o ídeário humanitário do Zafenate, porém o disco resulta honesto.
4 comentários:
Embora possa ser enquadrado no escaninho do reggae, o grupo Zafenate - formado em São Paulo (SP) em 2002 - transita também por outras praias. Produzido sem purismos por Fernando Nunes, o primeiro disco do coletivo paulista expõe essa miscigenação rítmica ao longo de suas 12 faixas. Se NyaOm é mantra indiano que abre o CD em forma de vinheta, Se Prepare (Theo Reis) termina com batida de pop rock enquanto o reggae Homem Biônico (Thorben Cat, Theo Reis e Robson Costa) abre espaço para a entrada de um rap no meio da faixa. Mais do que o reggae, o que dá unidade e identidade ao som gregário do Zafenate é a propagação de ideais humanitários. "Nossa bandeira são todas as bandeiras / Costuradas amarradas com o laço do amor", canta o grupo no refrão irresistivelmene pop de Juventude Agroecológica (Lucas Ciola), ode a um mundo verde. Dentro desse espírito zen, Mãe Guerreira (Robson Costa) e o breve tema instrumental Intro conectam levemente o Zafenate à matriz africana. Contudo, parece ser inútil (tentar) delimitar fronteiras rítmicas no som do coletivo formado por Lucas Ciola (guitarra e voz), Rafinha Werblowsky (bateria e percussão), Fábio Salém (baixo), Denizard Basílio (teclados), Theo Reis (violão e voz), Ana Flor de Carvalho (voz) e Robson Costa (voz) . "Reggae, toada, embolada, tecno-brega, chorinho, dub, balada, rap, cantilenas - o que importa? Quem sabe dizer onde começa um e termina o outro?", questiona Nando Reis, pai de Theo Reis, no entusiasmado texto que escreveu para apresentar o disco, fruto de parceria da Cornucópia Discos com o Midas Music, distribuído nas lojas neste mês de maio de 2011 pela Universal Music. Nando tem razão. Em sintonia com o tom positivista do álbum, Reggae Bom (Lucas Ciola e Robson Costa) desencava a raiz jamaicana com proprieade, Mistério (Theo Reis) convida à união, à dança e ao amor em tom pop. Já Favela (Robson Costa) prega o fortalecimento espiritual contra a repressão cotidiana. No todo, a música nem sempre cativa tanto quanto o ídeário humanitário do Zafenate, porém o disco resulta honesto.
Todo grupo de reggae prega a mesma ladainha.
você está enganado, luca.
você está enganado, luca.
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