Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Arctic Monkeys expõe nova face pop no quarto álbum, 'Suck It and See'

Resenha de CD
Título: Suck It and See
Artista: Arctic Monkeys
Gravadora: Domino Records / EMI Music
Cotação: * * * 

Lançado oficialmente nesta segunda-feira, 6 de junho de 2011, o quarto álbum do Arctic Monkeys expõe uma nova face do grupo inglês que conquistou o universo pop com o jorro jovial de energia e rock básico que envolveu seu primeiro álbum, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006). Suck It and See aproxima o Arctic Monkeys do BritPop. Não é um grande disco, mas é bom, tem algumas músicas bacanas (caso da já conhecida Brick by Brick) e cresce a cada audição. Não há em Suck It and See as densas camadas de som que encorporaram o rock da banda em seu álbum anterior, Humbug (2009), formatado com a adesão de Josh Homme (líder da banda de hard rock Queens of the Stone Age) na produção dividida com James Ford. Tampouco há em Suck It and See a urgência sexista que também era identificada em Favourite Worst Nightmare (2007). A verdade é que, a cada álbum, o Arctic Monkeys dá um novo passo (não necessariamente para frente, mas às vezes para o lado) e soa diferente. Suck It and See é título diferente na discografia do grupo porque apresenta um Arctic Monkeys mais calmo, mais pop e mais melódico. Nesse sentido, Black Treacle sintetiza bem a cara do álbum. Por mais que o primeiro single oficial, Don’t Sit Down Cause I’ve Moved Your Chair, sinalize  algum peso em Suck It and See, as faixas que dão o tom do CD são como The Hellcat Spangles Shalala, tema memorizável que segue as lições básicas da cartilha do pop. Contudo, verdade seja dita, Library Picture - com suas guitarras alucinadas - evoca o som e a fúria existentes na vida do Arctic Monkeys. É grande momento de disco que, duas faixas depois, baixa o tom ao apresentar a boa balada Piledriver Waltz. Enfim, Suck It and See soa tão dentro dos padrões que chega a ser risível o boicote ensaiado por lojistas norte-americanos por conta do título do disco, pois Suck It and See nada tem de provocante...

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Lançado oficialmente nesta segunda-feira, 6 de junho de 2011, o quarto álbum do Arctic Monkeys expõe uma nova face do grupo inglês que conquistou o universo pop com o jorro jovial de energia e rock básico que envolveu seu primeiro álbum, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006). Suck It and See aproxima o Arctic Monkeys do BritPop. Não é um grande disco, mas é bom, tem algumas músicas bacanas (caso da já conhecida Brick by Brick) e cresce a cada audição. Não há em Suck It and See as densas camadas de som que encorporaram o rock da banda em seu álbum anterior, Humbug (2009), formatado com a adesão de Josh Homme (líder da banda de hard rock Queens of the Stone Age) na produção dividida com James Ford. Tampouco há em Suck It and See a urgência sexista que também era identificada em Favourite Worst Nightmare (2007). A verdade é que, a cada álbum, o Arctic Monkeys dá um novo passo (não necessariamente para frente, mas às vezes para o lado) e soa diferente. Suck It and See é título diferente na discografia do grupo porque apresenta um Arctic Monkeys mais calmo, mais pop e mais melódico. Nesse sentido, Black Treacle sintetiza bem a cara do álbum. Por mais que o primeiro single oficial, Don’t Sit Down Cause I’ve Moved Your Chair, sinalize algum peso em Suck It and See, as faixas que dão o tom do CD são como The Hellcat Spangles Shalala, tema memorizável que segue as lições básicas da cartilha do pop. Contudo, verdade seja dita, Library Picture - com suas guitarras alucinadas - evoca o som e a fúria existentes na vida do Arctic Monkeys. É grande momento de disco que, duas faixas depois, baixa o tom ao apresentar a boa balada Piledriver Waltz. Enfim, Suck It and See soa tão dentro dos padrões que chega a ser risível o boicote ensaiado por lojistas norte-americanos por conta do título do disco, pois Suck It and See nada tem de provocante...

Luca disse...

Os dois primeiros CDs dos Monkeys continuam sendo os melhores deles.

Tiago Ferreira da Silva disse...

Mauro,

Concordo exatamente com você quando diz que "Library Pictures" é a melhor música deste disco. Ela tem um teor pop-experimental que poderia muito bem ter sido seguida como diretriz desse novo trabalho.

Porque, sinceramente, "The Hellcat Spangles Shalala" não dá pra engolir. Parece que o grupo se sentiu inseguro de sair da zona de conforto, ao invés de apostar em uma sonoridade mais madura que combinasse com o pop.

Na minha avaliação, também dei 3.5 estrelas.

Abraço,
Tiago