Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Disco 'Uma Flor para Nelson Cavaquinho' desabrocha em tom adequado

Resenha de CD
Título: Uma Flor para Nelson Cavaquinho - 100 Anos
Artista: Vários
Gravadora: Lua Music
Cotação: * * * * 1/2

É difícil acertar o tom (geralmente menor) dos sambas de Nelson Cavaquinho (1911 - 1986), embebidos em melancolia e normalmente ambientados em clima soturno, não raro até mórbido. Por isso mesmo, o tributo Uma Flor para Nelson Cavaquinho - idealizado e produzido por Thiago Marques Luiz para a Lua Music sob a direção musical de Rovilson Pascoal e André Bedurê (arranjadores da maioria das 20 faixas) - merece saudação especial. Com exceção da veterana cantora de samba Milena, que desafina o time de convidados com interpretação exteriorizada que dilui a dor impressa em Luto (Nelson Cavaquinho, Sebastião Nunes e Guilherme de Brito), todos os cantores acertam o tom neste tributo ao centenário do compositor carioca, que completaria 100 anos em 29 de outubro de 2011. Uns cantam Nelson com mais reverência. Outros impõem seu estilo com propriedade sem desfigurar a obra do artista. E o resultado final é um disco que se ouve com prazer do início ao fim. A abertura já é matadora. O violoncelo de Jonas Mancaio cria clima fúnebre que se adequa a Quando Eu me Chamar Saudade (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) e prepara a entrada de Alcione. Em instante de grande vigor vocal (já nem sempre comum...), a Marrom valoriza o samba em que Nelson pede as flores em vida através dos versos de seu parceiro Guilherme de Brito (1922 - 2006). Na sequência, Leci Brandão acerta a dose exata de melancolia contida em Palhaço (Nelson Cavaquinho, Oswaldo Martins e Washington Fernandes) enquanto Emílio Santiago esbanja classe ao amaciar Minha Festa (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Dona da primeira faixa menos reverente, a pianista e cantora Tânia Maria faz abordagem jazzy que cai bem sobre  Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), um dos clássicos do compositor, samba imortalizado na voz de sua principal intérprete, Beth Carvalho, a quem o disco é dedicado. Beth, a propósito, defende bem um samba até então inédito em sua voz, A Mangueira me Chama (Nelson Cavaquinho, José Ribeiro e Bernardo de Almeida Soares), que adquire sentido todo especial se lembrado o recente (e já superado)  impasse da cantora com a escola de samba carioca à qual tanto Beth como Nelson são associados. Em seguida, Luiz Melodia - outro que, a exemplo de Emílio Santiago, sempre esbanja classe vocal - mantém o disco em alto patamar artístico ao escalar os acordes de Degraus da Vida (Nelson Cavaquinho, César Brasil e Antônio Braga). A faixa de Melodia é ambientada em clima de choro pelo bandolim e pelo cavaquinho tocados, respectivamente, por Estevan Sincovtiz e por Rovilson Pascoal. Vem, então, a leitura mais inusitada e arriscada do disco: a de Luz Negra (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso) por Arnaldo Antunes. O titã acentua o tom dark do samba em interpretação estilosa. Pouco usual, a pulsação do violoncelo de Jonas Moncaio dá ao arranjo eletroacústico - assinado por Arnaldo com os violonistas Chico Salém e Rovilson Pascoal - tom  que soa moderno e repagina o tema. Os defensores puristas do samba tradicional podem não gostar, mas Arnaldo soube criar em cima da obra sem anular sua forte personalidade artística e sem desrespeitar o samba. Na sequência, Verônica Ferriani adensa o samba Se Você me Ouvisse (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) em outro grande momento do disco. A faixa justifica, enfim, os elogios comumente feitos à cantora. Também surpreendente, Benito Di Paula encara Rugas (Nelson Cavaquinho, Augusto Garcez e Ari Monteiro) somente com sua voz e seu piano, mostrando que sabe ir além de seu sambão joia. Já A Flor e o Espinho (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha) não desabrocha a contento com Ângela RoRo, mas tampouco murcha. Por ironia, Quero Alegria (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) - um dos poucos sambas de Nelson que recusam a tristeza - cai na voz doce de Teresa Cristina, cantora que carrega em seu canto a melancolia recorrente na obra do compositor. Com sua voz calorosa, Fabiana Cozza valoriza Pranto de Poeta (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) com o mesmo rigor estilístico com que Rita Ribeiro - em instante inspirado - interpreta A Vida (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Igualmente rigorosa, Cida Moreira transforma Ninho Desfeito (Nelson Cavaquinho e Wilson Canegal) em peça de câmara. Por afinidade temática, Ninho Desfeito foi armado no CD em medley com Beija-Flor (Nelson Cavaquinho, Noel Silva e Augusto Thomáz Junior), samba ouvido na voz de Zezé Motta. Em disco no todo harmonioso, até Diogo Nogueira acha o tom certo de Cuidado com a Outra (Nelson Cavaquinho e Augusto Thomáz Junior). Cantor de maiores recursos e ritmo, Marcos Sacramento põe molejo em Dona Carola (Nelson Cavaquinho, Nourival Bahia e Walto Feitosa).  Com igual segurança, Filipe Catto - estranho no ninho do samba - sobe o morro e os tons de sua voz aguda para realçar com estilo a melancolia noturna de Duas Horas da Manhã (Nelson Cavaquinho e Ari Monteiro). Fechando o tributo, Zeca Baleiro encara Juízo Final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares) em interpretação que garante a sua entrada no céu ao lado da (grande) maioria dos intérpretes deste oportuno tributo ao samba dark de Nelson Cavaquinho.

23 comentários:

Mauro Ferreira disse...

É difícil acertar o tom (geralmente menor) dos sambas de Nelson Cavaquinho (1911 - 1986), embebidos em melancolia e normalmente ambientados em clima soturno, não raro até mórbido. Por isso mesmo, o tributo Uma Flor para Nelson Cavaquinho - idealizado e produzido por Thiago Marques Luiz para a Lua Music sob a direção musical de Rovilson Pascoal e André Bedurê (arranjadores da maioria das 20 faixas) - merece saudação especial. Com exceção da veterana cantora de samba Milena, que desafina o time de convidados com interpretação exteriorizada que dilui a dor impressa em Luto (Nelson Cavaquinho, Sebastião Nunes e Guilherme de Brito), todos os cantores acertam o tom neste tributo ao centenário do compositor carioca, que completaria 100 anos em 29 de outubro de 2011. Uns cantam Nelson com mais reverência. Outros impõem seu estilo com propriedade sem desfigurar a obra do artista. E o resultado final é um disco que se ouve com prazer do início ao fim. A abertura já é matadora. O violoncelo de Jonas Mancaio cria clima fúnebre que se adequa a Quando Eu me Chamar Saudade (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) e prepara a entrada de Alcione. Em instante de grande vigor vocal (já nem sempre comum...), a Marrom valoriza o samba em que Nelson pede as flores em vida através dos versos de seu parceiro Guilherme de Brito (1922 - 2006). Na sequência, Leci Brandão acerta a dose exata de melancolia contida em Palhaço (Nelson Cavaquinho, Oswaldo Martins e Washington Fernandes) enquanto Emílio Santiago esbanja classe ao amaciar Minha Festa (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Dona da primeira faixa menos reverente, a pianista e cantora Tânia Maria faz abordagem jazzy que cai bem sobre Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), um dos clássicos do compositor, samba imortalizado na voz de sua principal intérprete, Beth Carvalho, a quem o disco é dedicado. Beth, a propósito, defende bem um samba até então inédito em sua voz, A Mangueira me Chama (Nelson Cavaquinho, José Ribeiro e Bernardo de Almeida Soares), que adquire sentido todo especial se lembrado o recente (e já superado) impasse da cantora com a escola de samba carioca à qual tanto Beth como Nelson são associados. Em seguida, Luiz Melodia - outro que, a exemplo de Emílio Santiago, sempre esbanja classe vocal - mantém o disco em alto patamar artístico ao escalar os acordes de Degraus da Vida (Nelson Cavaquinho, César Brasil e Antônio Braga). A faixa de Melodia é ambientada em clima de choro pelo bandolim e pelo cavaquinho tocados, respectivamente, por Estevan Sincovtiz e por Rovilson Pascoal. Vem, então, a leitura mais inusitada e arriscada do disco: a de Luz Negra (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso) por Arnaldo Antunes. O titã acentua o tom dark do samba em interpretação estilosa. Pouco usual, a pulsação do violoncelo de Jonas Moncaio dá ao arranjo eletroacústico - assinado por Arnaldo com os violonistas Chico Salém e Rovilson Pascoal - tom que soa moderno e repagina o tema. Os defensores puristas do samba tradicional podem não gostar, mas Arnaldo soube criar em cima da obra sem anular sua forte personalidade artística e sem desrespeitar o samba.

Mauro Ferreira disse...

Na sequência, Verônica Ferriani adensa o samba Se Você me Ouvisse (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) em outro grande momento do disco. A faixa justifica, enfim, os elogios comumente feitos à cantora. Também surpreendente, Benito Di Paula encara Rugas (Nelson Cavaquinho, Augusto Garcez e Ari Monteiro) somente com sua voz e seu piano, mostrando que sabe ir além de seu sambão joia. Já A Flor e o Espinho (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha) não desabrocha a contento com Ângela RoRo, mas tampouco murcha. Por ironia, Quero Alegria (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) - um dos poucos sambas de Nelson que recusam a tristeza - cai na voz doce de Teresa Cristina, cantora que carrega em seu canto a melancolia recorrente na obra do compositor. Com sua voz calorosa, Fabiana Cozza valoriza Pranto de Poeta (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito) com o mesmo rigor estilístico com que Rita Ribeiro - em instante inspirado - interpreta A Vida (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Igualmente rigorosa, Cida Moreira transforma Ninho Desfeito (Nelson Cavaquinho e Wilson Canegal) em peça de câmara. Por afinidade temática, Ninho Desfeito foi armado em medley com Beija-Flor (Nelson Cavaquinho, Noel Silva e Augusto Thomáz Junior), samba ouvido na voz de Zezé Motta. Em disco no todo harmonioso, até Diogo Nogueira acha o tom certo de Cuidado com a Outra (Nelson Cavaquinho e Augusto Thomáz Junior). Cantor de maiores recursos e ritmo, Marcos Sacramento põe molejo em Dona Carola (Nelson Cavaquinho, Nourival Bahia e Walto Feitosa). Com igual segurança, Filipe Catto - estranho no ninho do samba - sobe o morro e os tons de sua voz aguda para realçar com estilo a melancolia noturna de Duas Horas da Manhã (Nelson Cavaquinho e Ari Monteiro). Fechando o tributo, Zeca Baleiro encara Juízo Final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares) em interpretação que garante a sua entrada no céu ao lado da (grande) maioria dos intérpretes deste oportuno tributo ao samba dark de Nelson Cavaquinho.

Fabio disse...

Esse disco já é um clássico. Pra ouvir direto. As interpretações certas na hora certa e para os artistas certos. Parabéns Thiago pela direção tão cuidadosa. Adoro esse disco.
Fábio Jorge

André Luís disse...

Não conferi (ainda) a participação da Verônica Ferriani (nem nada do disco, na verdade), mas tenho certeza que, se eu ouvir, vou adorar. Verônica Ferriani tem ótima voz e sabe interpretar divinamente o que lhe vier. Desde já aguardo um próximo disco dela. Tem notícias, Mauro?!

Luiz disse...

Que coisa linda. Eu me refiro ao seu texto, Mauro. Dá vontade de sair correndo comprar essa maravilha.

Marcelo Barbosa disse...

O disco é simplesmente maravilhoso. Algumas coisas eu concordo com o Mauro, outras nem tanto, mas os GRANDES destaques são MESMO Alcione (maravilha Marrom! Emocionou!), Leci Brandão (grata surpresa e cantando maravilhosamente bem o samba Palhaço) e Verônica Ferriani (gravação tão linda quanto a da minha cantora no disco de 77) .
Discordo apenas da gravação suicida de Arnaldo Antunes (adoro o Arnaldo, mas não curti a gravação) e da que se acha diva sem nunca ter sido. Pranto de Poeta é lindo, mas tem gravações infinitamente superiores.
Parabéns, Thiago Marques Luiz! Sem dúvida o melhor tributo já feito, sendo que o único senão é essa embalagem digi"porca"pack que eu não suporto e que infelizmente ganha cada vez mais espaço na indústria. Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

Marcelo Barbosa disse...

Esqueci de dar crédito a dois grandes cantores que valorizam MUITO o tributo. São eles: Emílio Santiago e Marcos Sacramento (esse último cantando cada vez melhor). Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

Jozi Lucka disse...

Olá Mauro.
Parabéns pelo blog, acompanho!
Gostaria de encaminhar meu cd pra vc. Não achei seu email para fazer contato, tive que escrever aqui em comentários. Pode me enviar um endereço para envio? Te agradeço.
Abs
jozilucka@gmail.com

Luca disse...

Rita Ribeiro é uma grande cantora, tem que sair logo desse tecnomacumba e retomar sua carreira.

Tiago disse...

Parabéns pro Thiago! Cada vez mais afinado!!

Anônimo disse...

Meus destaques são Benito Di Paula, Filipe Catto e Arnaldo Antunes. Três vozes masculinas de forte impacto nesse disco

Jeferson Garcia disse...

O tributo é realmente lindíssimo!

E além das interpretações bacanas e arranjos adequados o grande mérito do CD se deve realmente a produção sempre antenada do Thiago Marques Luiz. O cara já virou ícone quando se trata de tributos, homenagens, compilações e tudo mais que aparecer.

Ponto também pra Lua Discos que sempre "compra" as idéias do Thiago. O melhor é saber que a parceria com o Zé Pedro deve trazer outras pérolas também para nossos ouvidos.

E como as palavras do Mauro já resumiram o espírito do CD, uso esse espaço só pra saudar a faixa da Verônica Ferriani. Se precisasse eleger uma única faixa para divulgar esse CD, já estaria eleita.

lauro disse...

Mauro, sem querer provocar polêmica, uma perguntinha: Folhas Secas não foi "imortalizado" na voz de Elis Regina?

Marcelo Barbosa disse...

Não foi imortalizado na voz de Elis Regina não, até porque ficou MUITO aquém da versão da Beth.
Folhas Secas com a Elis é uma versão altamente depressiva/suicida (tb) que em NADA combina com o samba.
BASTA o reconhecimento de um dos autores da música (e do outro também) que após a gravação presenteou a cantora (Beth) com o seu instrumento musical.

Denilson Santos disse...

Marcelo, amigo.

Discordo radicalmente do seu pensamento em relação à gravação da Elis Regina para "Folhas Secas".

A gravação da Beth Carvalho é linda, mas, no meu sentimento, a da Elis mexe mais comigo, justamente por ser mais lenta e sentida. Para mim, essa música é um lamento belíssimo e pede uma interpretação assim.

Mas não acho que para valorizar uma cantora, deva-se depreciar a outra.

abração,
Denilson

Luca disse...

É isso aí, Denilson. Falou e disse tudo. Beth é uma grande artista assim como Elis também foi. Cada uma deu sua visão do samba a seu estilo.

Marcelo Barbosa disse...

Releia o que eu escrevi, Denilson. Abs

Marcelo Barbosa disse...

E só para complementar, Denilson: se você perguntasse ao Nelson e ao Guilherme quais das versões eles preferiam, eu DUVIDO que eles respondessem que seria a da Elis! E lamento por lamento o da Beth no disco de 72 não deixa de ser também, porém com o diferencial percussivo. E a música foi feita para ela cantar.
Resvala na mesma polêmica do Roque Ferreira com as gravações da Roberta Sá, mas infelizmente nenhum dos dois estão mais conosco. Abs

Anônimo disse...

Eu não conheço a versão da Elis pra Folhas Secas, mas fecho com Beth Carvalho fácil, fácil.
Aliás, tb sem ouvir esse novo tributo ao Nelson, fico - novamente sem pestanejar - com o disco que a Beth fez em sua homenagem.
Discos com muitos artistas têm sempre altos e baixos. Não me agradam.
De toda forma é sempre muito bom ver a música do Nelson em evidência.

PS: Palhaço é demais!

Denilson Santos disse...

Marcelo, amigo.

Sem querer polemizar (pois polemizar não me interessa nem um pouco), opinião e gosto cada um tem o seu. Não estou tentando mudar os seus. Apenas discordando de você.

A minha única questão é que você usou termos fortes e inadequados, na minha opinião, ("depressiva/suicida") para valorizar a gravação da Beth. Não acho necessário isso.

E a minha opinião, in ou felizmente (rs), não depende da opinião dos compositores.

Paz, amigo, paz...

Estive em Brasília, te escrevi, mas você não respondeu. Que feio, hein? rsrs

abração,
Denilson

falsobrilhante disse...

Claro, óbvio e evidente, que se o próprio Nelson estivesse aqui ele daria o mérito de qualquer interpretação à nossa querida Madrinha do Samba, e tem mérito mesmo. Entretanto, a despeito de Folhas Secas ter sido praticamente "roubada" por Elis Regina, sua interpretação é tão comovente que a redimiu de qualquer culpa. Era mesmo preciso que ela grasse Folhas Secas. Na minha humilde opinião, não houver e não haverá gravação de Folhas Secas que supere aquela dada por Elis em 1973. Mal posso esperar para ouvir esse disco tributo ao Nelson Cavaquinho.

Marcelo Barbosa disse...

Jura? Deve ter sido durante o tempo em que passei por um problema que depois eu te explico/escrevo. Foi mal!
Quanto ao comentário, utilizei os mesmos adjetivos que fiz sobre o Arnaldo na primeira postagem. Acho sim depressivo/suicida, não disse que a cantora era, mas é questão de gosto mesmo. Até o número do dvd não me agrada, introspectivo, de fossa, baixo astral,.... nesse ponto como o Mauro mesmo escreveu eu sou bastante radical.
Grande abraço,

Marcelo Barbosa

PS: Zé, você como eu tem sérias restrições quanto a questão do repertório da Alcione, mas eu te digo uma coisa: a Marrom simplesmente ARREBENTA na primeira faixa do disco!

Anônimo disse...

Fala, Marcelão, acredito na sua boa impressão.
Mas eu não gosto mesmo da Marrom, é meu lado Roberto Carlos.

Abraço