Cada uma a seu jeito, Maíra Freitas e Mart'nália se destacaram no show Lambendo a Cria, em que seu pai, Martinho da Vila, divide o palco com filhos e amigos. O compositor - visto com Maíra e com Mart'nália em fotos de Mauro Ferreira - fez a estreia nacional do show em apresentação na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), em 2 de junho de 2011. Além de fazer backing-vocal, Maíra protagonizou set intimista em que pilotou seu piano e fez dueto com o pai em Jobiniando (parceria de Martinho com Ivan Lins, cantada por Maíra no CD Lambendo a Cria, recém-lançado pela MZA Music), em Último Desejo (clássico de Noel Rosa que Maíra gravou em Poeta da Cidade, disco em que Martinho celebrou a obra e o centenário de nascimento do Poeta da Vila) e em Disritmia (o sucesso de Martinho que a pianista regravou com o pai em seu primeiro álbum, Maíra Freitas, editado pela gravadora Biscoito Fino). Aliás, Disritmia registrou o ápice do entrosamento entre Martinho e Maíra, em releitura que conciliou tons lúdicos e tensos, dando inusitada pulsação ao samba lançado pelo compositor em 1974. Com elegância, evidente já no figurino fashion, Maíra Freitas mostrou personalidade que a torna única no clã de Vila Isabel. Já Mart'nália - que assistia ao show na plateia, ao lado de Beth Carvalho - roubou a cena assim que foi chamada ao palco para cantar o samba Lara, composto por Martinho da Vila e Zé Katimba em tributo a Ivone Lara. Malandra e espontânea, como sempre, Mart'nália fez charme até com o fato de não ter decorado a letra, lida em cena. Lara, aliás, é dos melhores sambas de Martinho da Vila nos últimos tempos. A letra tem o requinte de citar o contracanto característico de Ivone através da repetição do título Lara.
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Um comentário:
Martinália não faz gênero, não faz pose, coisa rara hoje em dia, quando todo mundo finge ser o que não é.
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