Maria Bethânia vai lançar disco ainda neste segundo semestre de 2011 - provavelmente entre setembro e outubro. O lançamento está sendo mantido em sigilo, mas trata-se terceiro disco gravado pela cantora em 2009 com mix de música e poesia - projeto originalmente dirigido às escolas e bibliotecas. O CD foi feito pela artista na mesma época dos álbuns Encanteria e Tua.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
domingo, 31 de julho de 2011
Reeditado, 'Alvoroço' mostra Leny moderna às voltas com outras bossas
Resenha de CD
Título: Alvoroço
Artista: Leny Andrade
Gravadora da edição original de 1973: Odeon
Gravadora da reedição de 2011: Joia Moderna
Cotação: * * * * 1/2
Título: Alvoroço
Artista: Leny Andrade
Gravadora da edição original de 1973: Odeon
Gravadora da reedição de 2011: Joia Moderna
Cotação: * * * * 1/2
Belchior e Fagner não são compositores associados ao canto de Leny Andrade. Contudo, um ano após eles terem sido lançados por Elis Regina (1945 - 1982) com a gravação de Mucuripe, Leny fez afiada gravação de Moto 1, outra seminal parceria dos artistas cearenses. O registro de Moto 1 por Leny foi lançado em 1973 no seu álbum Alvoroço, um dos títulos mais cultuados da discografia da cantora e até então um dos mais raros. De volta às lojas neste mês de julho de 2011 em oportuna reedição produzida por Thiago Marques Luiz para a gravadora Joia Moderna, Alvoroço ainda resulta moderno e atípico na obra de Leny. Alvoroço foi um disco em que Leny se permitiu sair do círculo às vezes vicioso da Bossa Nova para experimentar outras bossas, outros tons. Sem scats. Defendida pela cantora com o habitual suingue, a faixa-título - Alvoroço, samba de Ivor Lancellotti e João de Aquino - de certa forma está em sintonia com a obra de Leny, apesar de o fluente arranjo de Orlando Silveira trilhar caminhos harmônicos bem inusitados para a época. Já a apaixonada canção Visita Permanente (Dora Lopes e Jean Pierre) - emoldurada por cordas suntuosas arranjadas pelo maestro Francis Hime - fecha o disco indicando outros caminhos que, por opção ou pela visão estreita dos comandantes da indústria da música, Leny Andrade acabou não seguindo. E chega a ser sintomático que, 38 anos após a edição original de Alvoroço, seu fino repertório permaneça obscuro, até então esquecido nos porões das gravadoras. Tema romântico orquestrado por Wagner Tiso, Bolero sai do baú como uma das joias mais reluzentes de Alvoroço. O tema é assinado por ninguém menos do que Milton Nascimento, em parceria com Robertinho Silva, Tavito, Luiz Alves e o próprio Tiso. Valorizado por arranjo de Arthur Verocai, o samba Não Tem Perdão (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza) é também belo título da fase inicial do cancioneiro de Ivan Lins. E, para quem gosta de boas melodias, há também Sou o Amor, Faço a Vida, parceria de dois compositores - Paulo Midosi e Armando Henrique - que logo sumiram na poeira da estrada (Henrique reaparece também como autor de outra faixa menos inspirada, O Lobo no Estepe). Em linha mais descontraída, Partido Rico é partido alto de João Nogueira (1941 - 2000) e Paulo César Pinheiro, cuja letra cita o empresário Sérgio Dourado, donatário do mercado imobiliário dos anos 70. Enfim, pelo vigor da cantora (a voz estava tinindo) e pelo brilho dos arranjos e da maior parte de seu repertório, Alvoroço permanece como um dos álbuns mais arejados e modernos da discografia de Leny Andrade. A bossa era outra - e também era nova.
Sexto álbum dos Decemberists, 'The King Is Dead' sai no Brasil pela EMI
Lançado em 14 de janeiro de 2011 nos Estados Unidos, o sexto álbum do grupo norte-americado de folk rock The Decemberists, The King Is Dead, está ganhando edição brasileira distribuída pela EMI Music neste mês de julho de 2011. Assim como seu antecessor The Hazards of Love (2009), The King Is Dead foi produzido por Tucker Martine. Guitarrista do grupo R.E.M., Peter Buck toca nas faixas Down by the Water (eleita o primeiro single, formato no qual foi lançada em novembro de 2010), Calamity Song e Don't Carry It All (destaque do álbum). O álbum foi gravado em celeiro de uma fazenda, Pendarvis Farm, sede do festival anual de música Pickathon, direcionado para a cena indie, como The Decemberists.
Swami Jr. lança o CD 'Mundos e Fundos', fruto de andanças planetárias
Mundos e Fundos, o CD que o violonista Swami Jr. está lançando pela gravadora Borandá, é fruto das andanças do músico pelo mundo como diretor musical dos shows da cantora cubana Omara Portuondo, com quem passou a trabalhar a partir de 2003. Tanto que uma das faixas, Helena, foi composta por Swami em quarto de hotel de Havana em homenagem à sua homônima filha, nascida uns meses antes. Foi também em Havana que o violonista compôs El Puro em reverência a seu pai, também batizado Swami, já que os cubanos costumam utilizar o termo puro para falar carinhosa e poeticamente de seus pais. Produzido pelo próprio Swami Jr., o CD Mundos e Fundos foi gravado em estúdio de São Paulo (SP) de 10 a 15 de fevereiro deste ano de 2011. O disco alinha no repertório temas inéditos e autorais como Paladino - composto em março de 2009, em Paris, em memória do violonista Dino Sete Cordas (1918 - 2006) - e Abraço, assinado em parceria com o violonista Chico Pinheiro, convidado da faixa. Fora da seara autoral, Swami recria a marchinha Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly e Roberto Faisal), cai no samba com Saudade da Bahia (Dorival Caymmi) e revive o belo choro Vibrações (Jacob do Bandolim). O tema mais recente do CD é Jurupari (Swami Jr.), composto em Maceió (AL) em janeiro, com inspiração em romance (homônimo) do violeiro Paulo Freire.
Tulipa apresenta o terceiro álbum de Pélico, 'Que Isso Fique Entre Nós'
Com menos guitarra e mais cordas, o terceiro álbum do cantor e compositor paulistano Pélico, Que Isso Fique Entre Nós, está sendo lançado neste mês de julho de 2011 pela gravadora YB Music. Produzido por Jesus Sanchez, baixista da banda de Pélico, o disco se afasta do tom roqueiro de seu antecessor, O Último Dia de um Homem sem Juízo (2008), na busca por som despudoramente romântico. O detalhe é que o texto de apresentação de Que Isso Fique Entre Nós é assinado por ninguém menos do que Tulipa Ruiz. A cantora descobriu Pélico na internet, ouviu a música do artista e gostou a ponto de escrever texto que situa corretamente o disco, apontando influências como o compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974) e o escritor Nelson Rodrigues (1912 - 1980). Eis o ótimo texto de Tulipa sobre Que Isso Fique Entre Nós:
"A primeira vez que trombei com o som de Pélico foi na internet. Seu perfil denunciava que ele não tinha ganho nenhum festival, não era filho de ninguém e justamente por isso estava "pronto para o estrelato". Achei divertido e isso me levou a clicar em todas suas músicas e vídeos. Gostei muito do que ouvi e passei a acompanhá-lo.
Como cantora, fico impressionada com a voz de Pélico. Minha sensação foi a de que ele teve muito tempo para entender o que fazer com a própria voz e deu um jeito de experimentá-la de diversas regiões. Quando o conheci pessoalmente foi difícil associar seu rosto a todas aquelas vozes. Ele precisaria ter mil caras para justificar o que eu tinha ouvido.
"Que Isso Fique Entre Nós"
Para nosso desfrute, o Pélico fez um disco novo. Com todas as suas vozes. "Menos esquizofrênico", diz ele. Duvido. Pélico esquizofreniza o amor no terceiro álbum. As boas línguas dizem que ele ouviu Ataulfo, Lupicínio, leu Nelson Rodrigues, rasgou o coração e fez um disco. "Menos guitarras e outros instrumentos", anuncia. Vieram tubas, trompetes, trombones, clarinetas e fagotes para firular o nostálgico cenário d'amour.
Produzido por Jesus Sanchez (Los Pirata), o disco traz elegantes arranjos de sopros e violinos feitos por Bruno Bonaventura e músicos poderosos como Régis Damasceno (Cidadão Instigado), Richard Ribeiro (SP Underground), João Erbetta (Los Pirata), Tony Berchmans e Guilherme Kastrup.
São dezesseis músicas de amor. Ou melhor, desamor. Não, de solidão. Quer dizer, de esperança. Ou melhor, desapego. Ou pior, de saudade. Minto, de verdades.
Com vocês, cinquenta minutos do novo Pélico. E que isso não fique apenas entre nós."
Tulipa Ruiz
sábado, 30 de julho de 2011
Caixa de 'Quadrophenia' embala álbum do grupo The Who com áudio 5.1
Álbum lançado pelo grupo inglês The Who em 1973, Quadrophenia vai voltar à cena de forma expandida na caixa Quadrophenia - The Director's Cut, nas lojas do exterior a partir de 14 de novembro de 2011. Na caixa, a ópera-rock da banda vai poder ser ouvida com o áudio 5.1 típico de DVDs. Versões demos das músicas do disco também serão lançadas no box, que vai embalar também livro sobre o álbum com fotos e textos inéditos a respeito de Quadrophenia.
Seu Jorge acerta o ponto popular das primeiras 'Músicas Para Churrasco'
Resenha de CD
Título: Músicas para Churrasco Vol. 1
Artista: Seu Jorge
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 1/2
Título: Músicas para Churrasco Vol. 1
Artista: Seu Jorge
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 1/2
Primeiro título de trilogia que retoma a pegada popular do álbum América Brasil - O Disco (2007), Músicas para Churrasco Vol. 1 acerta o ponto do balanço negro de Seu Jorge. Não é um disco de samba-rock nos moldes ortodoxos do gênero, embora haja todo um clima de samba-rock em temas como Vizinha, faixa pontuada pela cuíca de Pretinho da Serrinha, coautor da maioria das 10 músicas do repertório inteiramente inédito e autoral, quase todo assinado por Jorge com Gabriel Moura, Rogê e o citado Pretinho. Tampouco Músicas para Churrasco Vol. 1 é um disco de samba, embora a levada da introdução de Amiga da Minha Mulher diga o contrário. O fato de o cavaquinho do onipresente Pretinho da Serrinha conduzir o ritmo de músicas como Véia e Dois Beijinhos (uma das seis faixas adornadas com metais arranjados por Joey Altruda em Los Angeles) aproxima o disco do universo do samba. Contudo, a rigor, as músicas para churrasco são temperadas pelo suingue black de Jorge, com molho feito com pitadas de samba, funk, charm e samba-rock. Nessa farofa de sabor carioca, faixas como A Doida e Meu Parceiro parecem naturalmente preparadas para o sucesso. Escritas de forma direta, as letras retratam personagens da periferia do Rio de Janeiro (RJ) e soam como crônicas dos costumes da vida nos subúrbios, morros e favelas, evocando as letras dos pagodes da turma que despontou nos anos 80 sob a liderança de Zeca Pagodinho e Almir Guineto. A mixagem feita por Mario Caldato Jr. é o tempero adicional que garante o ponto exato do churrasco. E, se em determinado momento, o disco parece repetitivo é porque o groove de músicas como Dia de Comemorar e Japonesa não contagiam tanto quanto a pegada festiva de Olê, Olê, destaque do repertório autoral. No fim, Quem Não Quer Sou Eu esboça a levada de um rhythm and blues à moda brasileira, se diferenciando de todo o restante deste disco em que Seu Jorge se dirige ao chamado povão em rota distante do trabalho feito com os músicos da Nação Zumbi no disco Almaz. O churrasco desce bem - se for degustado sem gula...
Devotos do iê iê iê, Filhos da Judith debutam em disco com fôlego juvenil
Resenha de CD
Título: Filhos da Judith
Artista: Filhos de Judith
Gravadora: Coqueiro Verde Records
Cotação: * * * 1/2
Título: Filhos da Judith
Artista: Filhos de Judith
Gravadora: Coqueiro Verde Records
Cotação: * * * 1/2
Trio carioca que caiu nas graças e nos discos de Erasmo Carlos, Filhos da Judith debuta no mercado fonográfico com álbum editado pela Coqueiro Verde Records, a gravadora do Tremendão. O CD Filhos da Judith apresenta 17 músicas em menos de 40 minutos, indício do fôlego e da urgência juvenis que ditam o ritmo deste disco que desencava as raízes do rock dos anos 60, evocando influências como The Beatles e The Who. Drive N' Beat (Pedro Dias e Luiz Lopez) é puro iê-iê-iê. "Eu quero olhar o céu com óculos 3D / E achar o "z" na máquina de escrever / Sintonizar o rádio e ouvir o yeah-yeah-yeah", entregam os versos iniciais de Technicolor Love (Pedro Dias), explicitando a fonte do rock dos Filhos da Judith. Nem precisava. Basta ouvir a balada Sha La La (Pedro Dias, Luiz Lopes e Liminha) - faixa letrada por Liminha, produtor escalado para formatar o disco - para identificar o toque sessentista que dá o tom retrô do álbum, situando temas como Quase Esqueci de mim (Luiz Lopez) e Deixe Eu Dizer (Pedro Dias) em algum lugar desse passado glorioso do rock. O problema de Filhos da Judith, o CD, é que nem todo o repertório autoral da banda está à altura da pegada azeitada do trio. À medida que o disco avança, as músicas vão ficando menos sedutoras, ressaltando os vocais deficientes do baixista Pedro Dias e do guitarrista Luiz Lopes, que formam o trio com o baterista Alan Fontenele. Nada tão grave assim no universo do rock, em que a atitude conta mais do que uma voz límpida e rigorosamente afinada. Entre rocks (Tupi N' Guarani, de Pedro Dias) e baladas (Baby Sempre Assim, do mesmo Pedro Dias), o álbum se afasta uma única vez da rota autoral para apresentar canção inédita de Samuel Rosa e Chico Amaral, Parque Imaginário, ajustada ao tom retrô do simpático disco. Os Filhos da Judith são netos da turma do iê-iê-iê e seriam naturalmente convidados para a festa de arromba dos 60.
'Live at Wembley' registra a turnê que marcou a reunião do Bad Company
Em agosto de 2008, o line-up da formação clássica do grupo Bad Company - Paul Rodgers, Mick Ralphs e Simon Kirke - se reuniu para show em cassino da Flórida. A apresentação foi o embrião da turnê que marcou a volta da banda à cena, a partir de 2009. Show feito pelo Bad Company em abril de 2010 na Wembley Arena, em Londres, foi captado em alta definição e editado em CD, DVD e blu-ray intitulados Bad Co Live at Wembley (2010). Disponibilizado no mercado brasileiro neste mês de julho de 2011 via ST2, Bad Co Live at Wembley rebobina todos os sucessos colecionados pela banda entre 1974 - ano do lançamento do primeiro álbum, Bad Company, que já rendeu o hit Can't Get Enough - até a segunda metade da década de 90.
Zé Geraldo rebobina em DVD 'Cidadão' e músicas de 32 anos de carreira
Em 1979, quando já havia abandonado o nome artístico de ZeGê, o cantor e compositor mineiro Zé Geraldo lançou o álbum Terceiro Mundo e fez sucesso com a música Cidadão. O tema de Lúcio Barbosa foi o marco inicial de carreira ora resumida por Zé Geraldo em seu segundo DVD, Cidadão: Trinta e Poucos Anos. Editada também em CD, a gravação ao vivo perpetua show feito pelo artista em 12 de setembro de 2010, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP). O próprio Zé Geraldo assina a direção e a produção musical do show em que recebe convidados como Landau (em Vaqueiros Urbanos), Xangai (em Tão Bonita), Nô Stopa (em Um Simples Olharzinho Seu e em Nega), Chico Teixeira (em Galho Seco) e Geraldo Azevedo (em Pelas Chaves de São Pedro e em O Amanhã É Distante, versão de tema de Bob Dylan assinada por Zé). Nas 23 músicas do roteiro (quatro são alocadas nos extras do DVD), Zé Geraldo passa em revista obra pautada pela fusão de ritmos rurais com a linguagem pop do rock. Além do Cidadão, Como Diria Dylan e Senhorita são destaques do repertório (essencialmente) autoral.
Sai em DVD filme que documenta vida de drogas e rock'n'roll de Lemmy
Lançado nos cinemas norte-americanos em março de 2010, o documentário Lemmy foi editado em janeiro de 2011 em DVD. É este DVD que chega ao mercado brasileiro neste mês de julho via Coqueiro Verde Records. Figura lendária no universo metaleiro, Ian Fraser Kilmister - o Lemmy Kilmister, vocalista e baixista do grupo inglês Motörhead - tem sua vida de sexo, álcool, drogas e rock'n'roll posta em foco pelos cineastas Greg Olliver e Wes Orshoski, que direcionaram suas lentes para Lemmy durante três anos. Entre depoimentos de nomes de peso, como Dave Grohl e os músicos do Metallica, o filme expõe Lemmy em diversas fases do Motörhead e recorda sua passagem pela banda Hawkwind nos anos 70. Entre números musicais e flagrantes da vida cotidiana deste artista que está na estrada desde 1965, o filme perfila Lemmy sem maquiagem, em misto de crueza e carinho pela figura tão lendária e tão querida.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
CPM 22 anuncia que baixista Heitor Gomes substitui Fernando Sanches
Egresso do Charlie Brown Jr. (grupo no qual tocou de 2005 a 2011), Heitor Gomes é o novo baixista do quarteto paulista CPM 22. Heitor substitui Fernando Sanches, que deixou a banda esta semana - sem atritos - para cuidar de projetos pessoais. O anúncio da entrada de Heitor foi feito pelo CPM 22 nesta sexta-feira, 29 de julho de 2011. O grupo atualmente promove o álbum Depois de um Longo Inverno, primeiro CD após a ruptura com o produtor Rick Bonadio.
Krieger lança música 'Aos Vinte e Sete' sobre mitos mortos aos 27 anos
"Rock'n'roll pra valer foi Noel Rosa, que partiu sem chegar aos 27", conclui Edu Krieger em verso de sua nova música, Aos Vinte e Sete, lançada no YouTube nesta sexta-feira, 28 de julho de 2011. Tal verso é repetido várias vezes no tom dos cantadores nordestinos ao longo deste martelo agalopado, ritmo que o artista já havia explorado em Deus Conserve pra Sempre meu Bom Senso Temperado a Pitadas de Loucura, faixa de seu primeiro CD, Edu Krieger (2006). Krieger - visto em foto de Fábio Seixos - versa sobre as sagas trágicas de Janis Joplin (1943 - 1970), Jimi Hendrix (1942 - 1970), Jim Morrison (1943 - 1971), Brian Jones (1942 - 1969), Kurt Cobain (1967 - 1994) e, claro, Amy Winehouse (1983 - 2011), astros mortos aos 27 anos e logo transformados em mitos do universo pop. Krieger já prepara seu terceiro álbum.
Álbum do grupo SuperHeavy sai via Universal Music em 20 de setembro
One Day One Night, Energy, Unbelievable, SuperHeavy, I Can't Take It More, You're Never Gonna Change e I Don’t Mind são sete músicas inéditas que figuram no repertório autoral do primeiro álbum do SuperHeavy, o grupo que agrega o stone Mick Jagger, Dave Stewart (do duo Eyrythmics), a cantora de soul Joss Stone, o cantor de reggae Damian Marley e o produtor indiano A.R. Rahman. Precedido pelo single Miracle Worker, já em rotação na internet, o álbum SuperHeavy foi produzido por Jagger e Stewart. O lançamento mundial vai ser feito em 20 de setembro via Universal Music através do selo A & M. No CD, pautado pela miscigenação, Jagger canta no idioma urdu uma música composta por Rahman, intitulada Satyameva Jayate.
Quinto álbum de Guetta é duplo e inclui CD instrumental de tom futurista
Nas lojas em escala mundial a partir de 29 de agosto de 2011, o quinto álbum de estúdio do DJ e produtor francês David Guetta, Nothing But the Beat, é duplo. Se o CD 1 repõe o artista na pista do pop dance, com lista estelar de convidados, o segundo CD é instrumental e apresenta dez faixas de tom futurista. Eis as músicas dos dois CDs que compõem o sucessor de One Love:
CD 1:
1. When Them Girls At - com Nicki Minaj & Flo Rida
2. Little Bad Girl - com Taio Cruz e Ludacris
3. Turn me on - com Nicki Minaj
4. Sweat (Snoop Dogg vs. David Guetta) [Remix] - Snoop Dogg vs. David Guetta
5. Without You - com Usher
6. Nothing Really Matters - com will.i.am
7. I Can Only Imagine - com Chris Brown e Lil Wayne
8. Crank It Up - com Akon
9. I Wanna Just Fuck - com Timbaland & Dev
10. Night of Our Life - com Jennifer Hudson
11. Repeat - com Jessie J
12. Titanium - com Sia
CD 2:
1. The Alphabeat
2. Lunar
3. Sunshine
4. Little Bad Girl (Instrumental Edit)
5. Metro Music
6. Toy Story
7. The Future
8. Dreams
9. Paris
10. Glasgow
'´Depressa' promove álbum que Vanguart lança em agosto via selo Vigilante
♪ Anunciado por Depressa,single de tom melancólico lançado nesta última semana de julho de 2011 como aplicativo para iPad e iPhone, o segundo álbum de estúdio do Vanguart - intitulado Boa parte de mim vai embora e produzido pelo grupo - vai ser lançado em agosto de 2011 via Vigilante, selo da gravadora Deck. Gravado ao vivo em estúdio de Cuiabá (MT), cidade natal do quinteto, o disco tem participação da violinista Fernanda Kostchak em várias faixas. O repertório é inédito e autoral.
'Raridades' coleta gravações avulsas de Fafá lançadas entre 1992 e 2011
Enquanto arquiteta maneira de viabilizar a edição de CD e DVD com o registro de seu show com o pianista e maestro mineiro Wagner Tiso, a ser gravado ao vivo no Teatro Fecap (SP) em minitemporada que vai de 12 a 14 de agosto de 2011, Fafá de Belém retorna ao mercado fonográfico através de coletânea produzida por Marcelo Fróes para o selo carioca Discobertas. Raridades compila 18 gravações avulsas da cantora, lançadas entre 1992 e 2011 em trilhas de novelas, songbooks, projetos coletivos e discos de outros artistas. Eis a seleção da compilação:
1. Preciso Aprender a Só Ser (Gilberto Gil)
- Fonograma do Songbook Gilberto Gil Volume. 1 (1992)
2. Peguei um Ita no Norte (Dorival Caymmi)
- Fonogramas do Songbook Dorival Caymmi 4 (1994)
3. Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes) - com Hélio Delmiro
- Fonograma do Songbook Vinicius de Moraes Volume 2 (1993)
4. Meu Nome É Ninguém (Haroldo Barbosa e Luiz Reis) - com Miltinho
- Fonograma do CD Miltinho Convida (1995)
5. Abandono (Nazareno de Brito e Betinho) - com Ângela Maria
- Fonograma do CD Amigos (1995), de Ângela Maria
6. Coração Vadio (Pery Souza e Fogaça)
- Fonograma do CD Amigos & Canções (1997), de Fogaça
7. Doce Prisão (Danilo Caymmi e Dudu Falcão)
- Fonograma da trilha sonora da novela Força de um Desejo (1999)
8. Fim de Semana em Paquetá (Braguinha e Alberto Ribeiro)
- Fonograma do Songbook Braguinha 2 (2002)
9. Sem Companhia (Ivor Lancellotti e Paulo César Pinheiro)
- Fonograma do CD Um Ser de Luz - Saudação a Clara Nunes (2003)
10. Nem Morta (Michael Sullivan & Paulo Massadas) - com Michael Sullivan
- Fonograma do CD Duetos (2003), de Michael Sullivan
11. Nem às Paredes Confesso (A. Ribeiro, F. Trindade e E.M. de Souza)
- Fonograma da trilha sonora da novela A Escrava Isaura (2005)
12. Eu te Amo (Tom Jobim e Chico Buarque)
- Fonograma da trilha sonora da novela Prova de Amor (2006)
13. Raça (Milton Nascimento e Fernando Brant) - com Milton Nascimento
- Fonograma da trilha sonora da novela Caminhos do Coração (2007)
14. Por Causa de Você (Dolores Duran e Tom Jobim)
- Fonograma do CD Dolores - A Música de Dolores Duran (2007)
15. Dito e Feito (Altay Veloso)
- Fonograma da trilha sonora da novela Promessas de Amor (2009)
16. Errei, Sim (Ataulfo Alves)
- Fonograma do CD Ataulfo Alves - 100 Anos (2009)
17. Universo no Teu Corpo (Taiguara)
- Fonograma do CD A Voz da Mulher na Obra de Taiguara (2011)
18. My Sweet Lord (George Harrison)
- Fonograma do CD George Harrison - Tudo Passa (2010)
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Em 'A Dama Indigna', Cida desfolha rosas e emoções no fio da navalha
Resenha de show - Projeto Música no Solar
Título: A Dama Indigna
Artista: Cida Moreira (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Teatro Solar de Botafogo (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 27 de julho de 2011
Cotação: * * * * 1/2
Show em cartaz no Teatro Fecap, em São Paulo (SP), somente em 6 de agosto de 2011
O show A Dama Indigna reconecta Cida Moreira ao seu começo de carreira, há 30 anos. A sós com seu piano, a cantora se porta em cena como uma atriz que encarna a velha e mundana dama do cabaré. A atmosfera é tão underground quanto teatral - ambiente perfeito para que a dama exerça seu forte poder de sedução e interpretação, dizendo textos, quebrando copos, despedançando charutos e desfolhando rosas em efeitos cênicos que às vezes provocam o riso, ouvido em parte da plateia que compareceu à estreia carioca do show no Teatro Solar de Botafogo, na noite de 27 de julho de 2011. Como cantora, embora haja certa mordacidade em suas falas, Cida emociona mais do que faz rir. Ela desfolha emoções e sentimentos com um canto que, tal como seu repertório, se situa no fio da navalha. Nesse cortante teatro de emoções, urdido pelo diretor e roteirista Humberto Vieira, A Dama Indigna se porta em cena com a dignidade que parece ter escasseado no mercado comum da música. Por isso, por mais que a voz tenha se mostrado titubeante no início do show, o canto de Cida Moreira corta e cala fundo. Com seu poder de dominar a cena, a atriz-cantora ambienta tema dos Rolling Stones em seu tom marginal (Sympathy for the Devil), expõe a inquietude impressa em acalanto de Tom Waits (Lullaby), mostra que sempre houve nobreza no repertório plebeu do Rei Roberto Carlos (Maior que o meu Amor, de Renato Barros) e interpreta como ninguém um dos mais belos temas de Caetano Veloso (Mãe). Dentro da atmosfera underground do show, até os erros da dama - como o tropeço, este sim risível, na letra de Vapor Barato (Jards Macalé e Waly Salomão) - parecem fazer parte do show. Certo é trazer a dilacerante obra inicial de Ângela RoRo - representada no roteiro por Me Acalmo Danando, destaque do show - para o cabaré onde a dama suspira pela volta do homem amado com a dignidade que lhe resta (The Man I Love, de George & Ira Gershwin) enquanto paradoxalmente despedaça as ilusões românticas como se fossem pétalas de rosa (Sou Assim, Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri). Nessa altura, a voz - já quente - está à todo vapor e o clima de cabaré aquece Youkali-Tango (Roger Fernay e Kurt Weill) e Tango 'Till They're Sore (Tom Waits). A dama - aí então já sem dignidade - renega a própria filha (Uma Canção Desnaturada, de Chico Buarque) e, sozinha e abandonada por seu homem, se entrega ao luto existencial (Back to Black, o clássico da já saudosa Amy Winehouse), fechando o cabaré. Ao reabrir a cortina de seu passado teatral em A Dama Indigna, Cida Moreira revive Bertolt Brecht (Surabaya Johnny), encarnando sua melhor persona artística, a de cantriz que afia as emoções e a voz no fio sempre cortante da navalha.
Cida conta no Rio que show 'A Dama Indigna' vira DVD em SP com Pethit
Em cena no Teatro Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ), Cida Moreira contou ao público que assistiu à estreia carioca de A Dama Indigna que o show vai ser gravado ao vivo em apresentação agendada para 6 de agosto de 2011, no Teatro Fecap, em São Paulo (SP). No bis, quando decidiu cantar Surabaya Johnny para atender os pedidos da plateia, a artista - vista em foto de Rodrigo Amaral - acrescentou que convidou o cantor paulista Thiago Pethit para dividir com ela na gravação ao vivo a interpretação deste tema composto por Bertolt Brecht (1898 - 1956) e Kurt Weill (1900 - 1950) para musical encenado em 1929. A intenção é editar o registro ao vivo do show em DVD, em data e selo ainda incertos, já que o primoroso registro de estúdio já foi lançado em CD em fevereiro de 2011, pela gravadora Joia Moderna.
Cida irmana Stones, Elton, Chico e Caetano no roteiro d'A Dama Indigna'
Poucas cantoras no mundo conseguiriam abrir um show com clássico demoníaco dos Rolling Stones, Sympathy for the Devil (1968), e terminá-lo já no bis com canção quase angelical de Elton John - Song for Guy (1978), tema instrumental que tem apenas o verso "Life Isn't Everything", repetido ao final - sem sair do tom do espetáculo, sem anular sua personalidade musical e sem cair na vala do ecletismo puro e simples. Cida Moreira é uma dessas poucas cantoras - e foi exatamente isso o que ela fez na estreia carioca do show A Dama Indigna, apresentado na noite de 27 de julho de 2011 no Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ), dentro do projeto Música no Solar. Cida - vista em foto de Rodrigo Amaral - mostrou enfim aos cariocas o show que vem seduzindo plateias de São Paulo (SP), em que canta músicas de Stones, Elton, Chico Buarque e Caetano Veloso, entre outros nomes. Eis o roteiro seguido pela intérprete na (cativante) apresentação do show A Dama Indigna no Teatro Solar de Botafogo:
1. Sympathy for the Devil (Mick Jagger e Keith Richards)
2. Lullaby (Tom Waits)
3. Maior que o meu Amor (Renato Barros)
4. O Ciúme (Caetano Veloso)
5. Vapor Barato (Jards Macalé e Waly Salomão) / Palavras (Gonzaguinha)
6. Soul Love (David Bowie)
7. The Man I Love (George Gershwin & Ira Gershwin)
8. Me Acalmo Danando (Ângela RoRo)
9. Sou Assim (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri)
10. Mãe (Caetano Veloso)
11. Youkali-Tango (Roger Fernay e Kurt Weill)
12. Tango 'Till They're Sore (Tom Waits)
13. Summertime (Du Bose Heyward e George Gershwin)
14. Uma Canção Desnaturada (Chico Buarque)
15. Lost in the Stars (Mawwell Anderson e Kurt Weill em versão de Antônio Carlos Brunet)
16. Back to Black (Amy Winehouse e Mark Ronson)
Bis:
17. Surabaya Johnny (Bertolt Brecht e Kurt Weill)
18. Song for Guy (Elton John)
Cida 'celebra a vida' de Amy ao trazer belo show 'A Dama Indigna' ao Rio
Ao fim da estreia carioca de seu belo show A Dama Indigna, Cida Moreira disse ao público que compareceu ao teatro Solar de Botafogo, na noite de 27 de julho de 2011, que haviam lhe perguntado várias vezes se não ela iria homenagear Amy Winehouse (1983 - 2011) por conta da morte da artista. Cida - vista em foto de Rodrigo Amaral - contou que respondeu que já homenageava a cantora britânica há muito tempo com sua gravação de Back to Black (Amy Winehouse e Mark Ronson), já perpetuada no CD A Dama Indigna (Joia Moderna, 2011). "Eu celebro a vida dela, e não a morte", ressaltou Cida, antes de cantar a música que deu título ao aclamado segundo álbum de Amy, fechando (antes do bis) a primeira apresentação do show A Dama Indigna no Rio de Janeiro (RJ), feita dentro do (antenado) projeto Música no Solar.
'Stroked' celebra com 'covers' os dez anos do primeiro álbum do Strokes
Enquanto o grupo norte-americano The Strokes já arquiteta seu quinto álbum de estúdio meses após o lançamento do controvertido Angles (2011), bandas indies celebram os dez anos de lançamento do primeiro álbum do Strokes, Is This It (2001), no disco Stroked - A Tribute to Is This It, disponibilizado neste mês de julho para download gratuito pela gravadora Stereogum. Onze nomes da cena indie fazem covers das onze músicas do álbum. Eis a lista de intérpretes e as respectivas faixas que lhe couberam no CD Stroked - A Tribute to Is This It:
Peter Bjorn and John - Is This It
Chelsea Wolfe - The Modern Age
Frankie Rose - Soma
Real Estate - Barely Legal
Wise Blood - Someday
Austra - Alone, Together
The Morning Benders - Last Night
Owen Pallett - Hard to Explain
Heems - New York City Cops
Deradoorian - Trying Your Luck
Computer Magic - Take It or Leave It
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Edição de 20 anos de 'Nevermind' traz 'demos' e mixagem de Butch Vig
Com tiragem limitada de 10 mil cópias nos Estados Unidos e 30 mil no resto do mundo, a edição comemorativa dos 20 anos do segundo álbum do Nirvana - Nevermind (1991) pedra fundamental do grunge - vai estar nas lojas a partir de 26 de setembro de 2011. Com dois CDs, a Deluxe Edition apresenta demos, lados B, registros de sessões na BBC e versões alternativas das músicas. Já a Super Deluxe Edition, com quatro CDs e um DVD, adiciona a esse material um terceiro CD com mixagem alternativa de Butch Vig - produtor do álbum que vendeu mais de 30 milhões de cópias nestes 20 anos - e o registro ao vivo (editado no quarto CD e no DVD, ambos intitulados Live at the Paramount Theatre) de show feito pelo Nirvana em sua terra natal, Seattle (EUA), durante a festa de Halloween de 1991. Eis o conteúdo completo da edição luxuosa que celebra os 20 anos do lançamento do fundamental Nevermind:
CD 1
Original Album
Smells Like Teen Spirit
In Bloom
Come as You Are
Breed
Lithium
Polly
Territorial Pissings
Drain You
Lounge Act
Stay Away
On a Plain
Something in the Way
The B-Sides
Even In His Youth
Aneurysm
Curmudgeon
D-7 - ao vivo na BBC
Been a Son - - ao vivo
School - ao vivo
Drain You - ao vivo
Sliver - ao vivo
Polly - ao vivo
CD 2
The Smart Studio Sessions
In Bloom
Immodium (Breed)
Lithium
Polly
Pay To Play
Here She Comes Now
Dive
Sappy
The Boombox Rehearsals
Smells Like Teen Spirit
Verse Chorus Verse
Territorial Pissings
Lounge Act
Come As You Are
Old Age
Something in the Way
On a Plain
BBC Sessions
Drain You
Something In The Way
CD 3
The Devonshire Mixes
Smells Like Teen Spirit
In Bloom
Come as You Are
Breed
Lithium
Territorial Pissings
Drain You
Lounge Act
Stay Away
On a Plain
Something in the Way
CD 4
Live at the Paramount Theatre
Jesus Doesn’t Want me for a Sunbeam
Aneurysm
Drain You
School
Floyd the Barber
Smells Like Teen Spirit
About a Girl
Polly
Breed
Sliver
Love Buzz
Lithium
Been a Son
Negative Creep
On a Plain
Blew
Rape me
Territorial Pissings
Endless, Nameless
DVD
Live At The Paramount Theatre
Jesus Doesn’t Want me for a Sunbeam
Aneurysm
Drain You
School
Floyd The Barber
Smells Like Teen Spirit
About a Girl
Polly
Breed
Sliver
Love Buzz
Lithium
Been a Son
Negative Creep
On a Plain
Blew
Rape me
Territorial Pissings
Endless, Nameless
Clipes
Smells Like Teen Spirit
Come as You Are
Lithium
In Bloom
Gal vai receber 'Prêmio pela Excelência Musical' no 12º Grammy Latino
Gal Costa vai receber na 12ª edição do Grammy Latino o Prêmio pela Excelência Musical - honraria já concedida em edições anteriores a nomes como Astrud Gilberto, César Camargo Mariano, Charly Garcia, João Donato e Mercedes Sosa (1935 - 2009). Criadora do Grammy Latino, a Academia Latina das Artes e Ciências da Gravação agendou a entrega do prêmio a Gal para 9 de novembro de 2011 em cerimônia no Hotel Four Seasons, em Las Vegas (EUA). É provável que, na ocasião, a cantora - vista em foto de Mauro Ferreira - já tenha lançado pela gravadora Universal Music o álbum em que canta somente músicas da lavra de Caetano Veloso.
'Pagode Saudade' compila 14 hits do samba que despontou nos anos 90
O sucesso instantâneo do grupo paulista Raça Negra, a partir de 1990, deu o tom do samba que seria priorizado pela indústria na música na década de 90. Editada pela gravadora Som Livre neste mês de julho de 2011, a coletânea Pagode Saudade compila 14 sucessos desse gênero popular de samba - até hoje em voga nas paradas. A seleção destaca hits radiofônicos de Só pra Contrariar (Que se Chama Amor), Soweto (Derê), Os Morenos (Marrom Bombom, em gravação ao vivo, e não no superior registro original de estúdio), Ginga Pura (Vergonha na Cara), Razão Brasileira (Eu Menti), Art Popular (Temporal) e do seminal Raça Negra (É Tarde Demais). A vida efêmera da maioria dos grupos reunidos no disco sinaliza que o pouco fôlego desse tipo de pagode - apesar de algumas músicas da compilação terem sobrevivido ao tempo.
Moyseis celebra Áurea e canta com Leila e Moacyr Luz em 'Pra Desengomar'
♪ Moyseis Marques compôs música em tributo a Áurea Martins, veterana cantora que fez seu nome na noite carioca. Intitulado Como o cravo quer a rosa, o tema foi gravado no terceiro álbum solo do cantor e compositor, Pra desengomar, com participação da homenageada. A propósito, o primeiro disco de Moyseis na gravadora Biscoito Fino está repleto de convidados. Para cantar com ele o repertório inteiramente autoral do CD, o sambista - visto em foto de Bruno Villas Boas - recebeu no estúdio Leila Pinheiro (em Bicho do mato, de Moyseis com Edu Krieger), Tantinho da Mangueira (em O badabadá do Talarico, outra parceria com Krieger), Moacyr Luz (Meu canto é pra valer, tema de Moyseis com o próprio Luz) e Ana Costa (Um samba de amor). O CD Pra desengomar já está praticamente pronto e tem lançamento previsto para o fim deste segundo semestre de 2011.
Com zelo, 'Charme, Talento & Gostosura' compila o 'melhor' de Gretchen
Resenha de coletânea
Título: Charme, Talento & Gostosura
Artista: Gretchen
Gravadora: Discos Copacabana / EMI / Microservice
Cotação: * * *
Título: Charme, Talento & Gostosura
Artista: Gretchen
Gravadora: Discos Copacabana / EMI / Microservice
Cotação: * * *
Em 1983, Gretchen ganhou samba-rock composto para ela por ninguém menos do que Jorge Ben. Embevecido com as formas da artista, Ben lhe deu Ela Tem Raça, Charme, Talento e Gostosura, tema gravado pela cantora com Luís Vagner, um dos pioneiros do samba-rock. Além de ter inspirado o título da coletânea Charme, Talento & Gostosura, editada pela Microservice com produção de Rodrigo Faour, a música de Ben figura obviamente entre as 14 gravações. O zelo de Faour é o diferencial desta compilação para outras já editadas pela EMI Music, gravadora que comprou o acervo da extinta Copacabana (atualmente sob licença para a Microservice). Além de escrever texto que contextualiza o aparecimento da carioca Maria Odete Brito de Miranda na cena musical brasileira do fim dos anos 70, Faour reproduz no encarte as capas dos principais compactos e LPs lançados por Gretchen. O capricho da edição justifica a compra de coletânea que, a rigor, rebobina os mesmos poucos hits dessa cantora de poucos dotes vocais. O melhor deles é Conga, Conga, Conga (1980), contagiante tema embebido em latinidade. Como quase todas as músicas gravadas por Gretchen, Conga, Conga, Conga é da lavra do argentino Santiago Malnati, o Mister Sam, empresário que descobriu Gretchen em programa de calouros no qual ela interpretava Dance a Little Bit Closer, sucesso da efêmera Charo na era das discotecas. Sam criou então a figura e o marketing de Gretchen, que - após cantar no grupo infanto-juvenil As Melindrosas - se lançou como Gretchen no mercado fonográfico em 1978 com compacto com Dance With me (Mister Sam), música que perseguia a batida do hit de Charo e que fez sucesso na era da disco music. Com gemidos e coreografias erotizadas que exploravam as belas formas de seu corpo, Gretchen iniciou então seu reinado nas paradas. Segundo sucesso da cantora, Freak Le Boom Boom (Mister Sam, 1979) a manteve em evidência e prolongou seus minutos de fama por alguns anos. A rigor, os reais sucessos d'A Rainha do Bum Bum - epíteto surgido por conta de Freak Le Boom Boom - foram gravados entre 1978 e 1982, ano de seu último hit, Melô do Piripipi (Je Suis la Femme), outro acerto de Mister Sam pela levada irresistível do tema. Depois de 1982, Sam tentou em vão repetir a fórmula do sucesso em temas como Break Boom Boom (1984). O desespero culminou com a gravação de I Was Born to Love You (Freddie Mercury) em 1987. Gretchen erotizou o sucesso do Queen com tom lascivo que somente ressaltou o fato de ela ser cantora inexpressiva - como atesta nesta coletânea sua gravação em espanhol da suingante balada Toda Mañana (Kamargus, 1983). Ainda assim, Charme, Talento & Gostosura cumpre a função de expor o melhor de Gretchen. Como quase todas as gravações da artista caíram no esquecimento, a compilação traz à tona a folia árabe de Allah-la-ô, My Love (Mister Sam, 1982) e o samba para gringo ver esboçado no tema sintomaticamente intitulado Carmen Miranda (Mister Sam, 1981). No geral, o som de Gretchen era dançante e embebido em latinidade. A pobreza das letras e melodias é incostestável. Mas o ritmo - veículo para a exposição da rebolativa Gretchen - às vezes é sedutor. Seja como for, Gretchen marcou época na música brasileira. O que justifica a edição de mais uma coletânea - a melhor delas pelo capricho de Faour - mais de 30 anos após seu aparecimento nos (bons) tempos da disco music.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Remi expõe versão supostamente inédita de 'Round Midnight' com Amy
Produtor envolvido na gravação dos dois álbuns de Amy Winehouse (1983 - 2011), Frank (2003) e Back to Black (2006), Salaam Remi postou em seu Twitter versão supostamente inédita - "Nunca ouvida antes", nas palavras exatas de Remi - de Round Midnight (1944) na voz da cantora britânica. A gravação foi divulgada nesta terça-feira, 26 de julho de 2011. Clássico do jazz, composto pelo pianista Thelonious Monk e letrado posteriormente por Bernie Hanighen, Round Midnight é música já conhecida na voz de Amy, já que figura na Deluxe Edition do álbum Frank, lançada no embalo do estouro mundial de Back to Black. Dois dias antes, em 24 de julho, Remi já havia divulgado inédita versão alternativa de Some Unholy War, música de autoria de Amy, lançada em Back to Black. Já as notícias sobre o terceiro álbum da artista são contraditórias. Há jornais e sites que sustentam que o CD já estava quase finalizado enquanto outros garantem que as gravações - se foram efetivamente iniciadas - estão em estado embrionário. Contudo, o fato é que parece haver material inédito de Amy Winehouse para alimentar a saudade dos fãs e o apetite da indústria da música. Tal material vai aparecer!
Ivan Lins lança CD produzido por Rodrigo Vidal e é gravado por Traincha
Produtor do disco de estúdio de Maria Gadú e do terceiro CD de Monique Kessous, Rodrigo Vidal assina a produção do álbum que Ivan Lins vai lançar em agosto de 2011 pela gravadora Som Livre. Uma das faixas é Fado Saramago, composto por Ivan sobre poema do escritor português José Saramago (1922 - 2010) e gravado em dueto com o cantor lusitano Antonio Zambujo. Enquanto seu CD não sai, Ivan festeja o fato de ter sua obra abordada por Traincha. A (ótima) cantora holandesa dedica seu próximo disco ao cancioneiro do compositor brasileiro.
Coletânea agrega 19 gravações avulsas feitas por Milton nos anos 2000
Habitualmente generoso quando convidado para gravar participações em projetos coletivos e em discos de colegas, Milton Nascimento tem 19 gravações avulsas reunidas na ótima coletânea Anos 2000, editada pelo selo Discobertas neste mês de julho de 2011. O título alude ao fato de que os registros fonográficos foram feitos entre 2001 e 2010. O cuidadoso encarte reproduz as fichas técnicas das gravações e as capas dos CDs do qual foram extraídos os fonogramas. Eis o (interessante) repertório de Milton Nascimento Anos 2000, compilação avalizada pelo artista:
1. Imagine (John Lennon) - com Gilberto Gil
Fonograma de 2001 incluído do álbum Mr. Lennon (2010)
2. Coisa nº 8 (Navegação) (Mike Mine Blue) (Moacir Santos, Regina Werneck e Nei Lopes)
Fonograma do álbum Ouro Negro (2001)
3. Luar do Sertão (Catulo da Paixão Cearense) - com Luiz Gonzaga
Fonograma do álbum Duetos com Mestre Lua (2001)
4. Angelus (Milton Nascimento) - com Leonardo Bretas
Fonograma do CD com a trilha sonora da novela Coração de Estudante (2002)
5. Sino, Claro Sino (Capiba e Carlos Penna Filho)
Fonograma do CD Mestre Capiba (2002)
6. Milagre dos Peixes (Milton Nascimento e Fernando Brant)
Fonograma de 2002 lançado no álbum Casa de Oceano (2003), de Simone Guimarães
7. Caça à Raposa (João Bosco e Aldir Blanc)
Fonograma do CD Songbook João Bosco Vol. 1 (2002)
8. Enfim S.O.S. (Sérgio Godinho) - com Sérgio Godinho
Fonograma do CD O Irmão do Meio (2002), de Sérgio Godinho
9. Encontros e Despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant) - com Simone
Fonograma do CD Simone ao Vivo (2005)
10. Cigarra (Milton Nascimento e Fernando Brant) - com Simone
Fonograma do CD Simone ao Vivo (2005)
11. Trem do Horizonte (Christiaan Oyens) - com Christiaan Oyens
Fonograma de 2005 lançado no CD Adeus Paraíso (2006), de Christiaan Oyens
12. Luamar (Gustavo Carvalho) - com Gustavo Carvalho
Fonograma do CD Arquipélago (2006), de Gustavo Carvalho
13. Raça (Milton Nascimento e Fernando Brant) - com Fafá de Belém
Fonograma da trilha sonora da novela Caminhos do Coração (2007)
14. Emoções (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) - com Erasmo Carlos
Fonograma do CD Erasmo Carlos Convida Volume II (2007)
15. Discovery (Lula Queiroga) - com Marina Machado
Fonograma do CD Tempo Quente (2007), de Marina Machado
16. Planeta Sonho (Vermelho, Flávio Venturini e Márcio Borges) - com 14 Bis
Fonograma da trilha sonora da novela Os Mutantes - Caminhos do Coração (2008)
17. Há de Ser (Jorge Vercillo) - com Jorge Vercillo
Fonograma do CD D.N.A. (2010), de Jorge Vercillo
18. Circo Marimbondo (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) - com Pedro Bernardo
Fonograma do CD Pedrinho do Cavaco (2010), de Pedro Bernardo
19. I'd Have You Anytime (George Harrison e Bob Dylan)
Fonograma do CD George Harrison - Tudo Passa (2010)
Djavan regrava seu samba 'Capim' ao vivo em 'Jam Session' com Alcione
Samba lançado por Djavan em seu álbum Luz (1982), Capim ganhou registro ao vivo do compositor. Feita em dueto com Alcione, a gravação ao vivo vai figurar no CD e DVD Duas Faces - Jam Session - a serem lançados pela Marrom ainda neste segundo semestre de 2011. A foto de Raphael Dias flagra Alcione e Djavan na gravação do dueto, no Rio de Janeiro (RJ).
Três caixas repõem em catálogo álbuns feitos por Elizeth na Copacabana
Três caixas vão repôr em catálogo os álbuns lançados por Elizeth Cardoso (1920 - 1990) na Copacabana, extinta gravadora brasileira na qual a Divina permaneceu de 1956 a 1978. Cada caixa vai embalar 10 CDs, sendo que a primeira inclui nove álbuns e uma coletânea com fonogramas raros de compactos e discos de 78 rotações por minuto. Entre os álbuns gravados por Elizeth na Copacabana, há títulos como Fim de Noite (1956), Noturno (1957), Retrato da Noite (1958), Naturalmente (1959), Magnífica (1959), A Meiga Elizete (1960), A Meiga Elizete nº 2 (1961 - foto), A Meiga Elizete nº 3 (1962), Elizete Interpreta Vinicius (1963), A Meiga Elizete nº 4 (1963), A Meiga Elizete nº 5 (1965), Elizete Sobe o Morro (1965), Quatrocentos Anos de Samba (1965), Muito Elizeth (1966), A Enluarada Elizeth (1967), Momento de Amor (1968), Elizeth e Zimbo Trio Balançam na Sucata (1970), Falou e Disse (1970), Elizeth Cardoso e Silvio Caldas (1971), Preciso Aprender a Ser Só (1972), Mulata Maior (1974), Feito em Casa (1974), Elizeth Cardoso (1976) e A Cantadeira do Amor (1978). Editadas pela Microservice, as três caixas de Elizeth Cardoso serão vendidas de forma avulsa, sendo que a primeira vai chegar ao mercado fonográfico até o fim deste ano de 2011.