Somente por ter sido parceiro de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) num dos clássicos da pré-Bossa Nova, Tereza da Praia, Billy Blanco (1924 - 2011) já merecia lugar de honra na história da música brasileira. Mas este paraense de alma carioca - exposta em sucessos como A Banca do Distinto, Estatutos da Gafieira e Mocinho Bonito, entre outros temas que fizeram a crônica dos costumes do Rio de Janeiro dos dourados anos 50 - foi muito mais. E por isso o Brasil lamenta nesta sexta-feira, 8 de julho de 2011, a saída de cena de William Blanco de Abrunhosa Trindade, o Billy Blanco, que, embora nascido em Belém (PA) em 8 de maio de 1924, se tornou um compositor tão carioca que assinou com Tom Jobim em 1954 a Sinfonia do Rio de Janeiro. Morto na cidade que o abrigou nos últimos 60 anos, em decorrência de complicações de AVC sofrido em 2010, Blanco - visto no traço que ilustrou a capa do álbum Músicas de Billy Blanco na Voz do Próprio (Elenco, 1966) - viveu o auge de sua carreira nos anos 50, década em que suas músicas leves e às vezes bem-humoradas ganharam as paradas e as vozes de cantoras como Dolores Duran (1930 - 1959) e Dóris Monteiro. Contudo, Blanco atuou com regularidade ao longo dos anos 60, abrindo parceria com Baden Powell (1937 - 2000) e participando de festivais. A partir da década de 70, sua atuação na música brasileira passou a ser menos relevante. Contudo, a perenidade de várias músicas compostas nos anos 50 garante eterno lugar de honra na cena brasileira a Billy Blanco, um compositor cheio de bossa.
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Somente por ter sido parceiro de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) num dos clássicos da pré-Bossa Nova, Tereza da Praia, Billy Blanco (1924 - 2011) já merecia lugar de honra na história da música brasileira. Mas este paraense de alma carioca - exposta em sucessos como A Banca do Distinto, Estatutos da Gafieira e Mocinho Bonito, entre outros temas que fizeram a crônica dos costumes do Rio de Janeiro dos dourados anos 50 - fez muito mais. E por isso o Brasil lamenta nesta sexta-feira, 8 de julho de 2011, a saída de cena de William Blanco de Abrunhosa Trindade, o Billy Blanco, que, embora nascido em Belém (PA) em 8 de maio de 1924, se tornou um compositor tão carioca que assinou com Tom Jobim em 1954 a Sinfonia do Rio de Janeiro. Morto na cidade que o abrigou nos últimos 60 anos, em decorrência de complicações de AVC sofrido em 2010, Blanco - visto no traço que ilustrou a capa do álbum Músicas de Billy Blanco na Voz do Próprio (Elenco, 1966) - viveu o auge de sua carreira nos anos 50, década em que suas músicas leves e às vezes bem-humoradas ganharam as paradas e as vozes de cantoras como Dolores Duran (1930 - 1959) e Dóris Monteiro. Contudo, Blanco atuou com regularidade ao longo dos anos 60, abrindo parceria com Baden Powell (1937 - 2000) e participando de festivais. A partir da década de 70, sua atuação na música brasileira passou a ser menos relevante. Contudo, a perenidade de várias músicas compostas nos anos 50 garante eterno lugar de honra na cena brasileira a Billy Blanco, um compositor cheio de bossa.
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