Título: Sing It Loud
Artista: k.d. lang and the Siss Boom Bang
Gravadora: Nonesuch / Warner Music
Cotação: * * * *
Sing It Loud, título do primeiro álbum de inéditas de k.d. lang desde Watershed (2008), dá a pista certeira sobre o tom exteriorizado deste disco em que a cantora e compositora canadense solta sua voz fora da atmosfera cool que caracteriza a parcela mais conhecida de sua obra fonográfica. Em tom alto ou baixo, contudo, a discografia de lang exala refinamento - e não é diferente com Sing It Loud. Basta ouvir uma balada como Perfect Word - de melodia exuberante - para perceber essa sofisticação. O grande diferencial deste álbum é ter sido gravado e assinado pela artista com uma banda, Siss Boom Bang. A conexão de lang com esse coletivo de country alternativo gerou energia especial que percorre e eletriza faixas como I Confess, balada que beira o sublime na gravação que abre Sing It Loud. Sem recorrer aos clichês do pop rural norte-americano, o álbum revolve a raiz country da obra de lang em temas como Inglewood e a música que dá nome a Sing It Loud. Já Sugar Buzz - faixa que expõe a exteriorização do canto da intérprete - tangencia a atmosfera de um blues. Em meio à vigorosa safra de inéditas compostas por lang com o multi-instrumentista Joe Pisapia (escalado para produzir Sing It Loud) e com outros dois músicos da banda (o tecladista Daniel Clarke e o guitarrista Joshua Grange, parceiros de lang em Sorrow Nevermore, em Habit of Mind e na já citada I Confess), o CD exibe entre as dez faixas uma releitura primorosa de Heaven (David Byrne e Jerry Harrison), tema do repertório do grupo norte-americano Talking Head. Enfim, o 13º álbum de estúdio de k.d. lang é álbum coerente com a trajetória fonográfica da artista. O diálogo com os primeiros discos da cantora sinaliza que Sing It Loud pode ser o início de novo-velho ciclo na discografia de lang após pausa para balanço, feito com o zelo habital no best of duplo Recollection (2010). Em qualquer latitude ou tempo, o canto de k.d. lang voa bem alto.
5 comentários:
Sing It Loud, título do primeiro álbum de inéditas de k.d. lang desde Watershed (2008), dá a pista certeira sobre o tom exteriorizado deste disco em que a cantora e compositora canadense solta sua voz fora da atmosfera cool que caracteriza a parcela mais conhecida de sua obra fonográfica. Em tom alto ou baixo, contudo, a discografia de lang exala refinamento - e não é diferente com Sing It Loud. Basta ouvir uma balada como Perfect Word - de melodia exuberante - para perceber essa sofisticação. O grande diferencial deste álbum é ter sido gravado e assinado pela artista com uma banda, Siss Boom Bang. A conexão de lang com esse coletivo de country alternativo gerou energia especial que percorre e eletriza faixas como I Confess, balada que beira o sublime na gravação que abre Sing It Loud. Sem recorrer aos clichês do pop rural norte-americano, o álbum revolve a raiz country da obra de lang em temas como Inglewood e a música que dá nome a Sing It Loud. Já Sugar Buzz - faixa que expõe a exteriorização do canto da intérprete - tangencia a atmosfera de um blues. Em meio à vigorosa safra de inéditas compostas por lang com o multi-instrumentista Joe Pisapia (escalado para produzir Sing It Loud) e com outros dois músicos da banda (o tecladista Daniel Clarke e o guitarrista Joshua Grange, parceiros de lang em Sorrow Nevermore, em Habit of Mind e na já citada I Confess), o CD exibe entre as dez faixas uma releitura primorosa de Heaven (David Byrne e Jerry Harrison), tema do repertório do grupo norte-americano Talking Head. Enfim, o 13º álbum de estúdio de k.d. lang é álbum coerente com a trajetória fonográfica da artista. O diálogo com os primeiros discos da cantora sinaliza que Sing It Loud pode ser o início de novo-velho ciclo na discografia de lang após pausa para balanço, feito com o zelo habital no best of duplo Recollection (2010). Em qualquer latitude ou tempo, o canto de k.d. lang voa bem alto.
Tô aqui pra dar a estrela que faltou na critica, disco inspirado ! Salve K.D. Lang
não ouvi, mas já gostei pois KDL é uma das poucas vozes intensas e sinceras que surgiram dos anos 1990para cá. E também é uma das poucas cantoras cuja masculinidade soa muito bem e não aparece em primeiro plano como tem acontecido, recentemente, com algumas de suas colegas brasileiras.
Concordo em gênero, número e grau! Já fui a um show de kd Land e saí extasiado. Bom saber que seus CDs são lançados aqui, mesmo com atraso.
Esse último CD também saiu em edição dupla lá fora.
KD Lang é maravilhosa mesmo, só acho que nem todo disco tem que ganhar cinco estrelas, nisso o Mauro tá certo. Se tudo virar cinco estrelas, qual o parâmetro, qual o critério?
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