domingo, 21 de agosto de 2011

Com baladas e acidez, 'Umbigobunker!?' soa coerente com a obra de Jay

Resenha de CD
Título: Umbigobunker!?
Artista: Jay Vaquer
Gravadora: Lab 344
Cotação: * * *

Como já deixou claro no título de seu segundo álbum, Jay Vaquer sabe vender a si mesmo. Tanto que o cantor e compositor carioca vem mobilizando crescentes tribos de fãs passionais à medida que sua carreira fonográfica - iniciada em 2000 com o álbum Não Tão São (Jam Music) - foi se desenvolvendo. Primeiro título do catálogo nacional do selo Lab 344, até então dedicado exclusivamente à edição no Brasil de títulos hypados da cena indie estrangeira, Umbigobunker!? é o sexto título da discografia do artista. O nome inusitado do disco é também o nome da balada serena alocada no CD como a quinta das doze faixas. Aliás, Umbigobunker!? é basicamente um disco de baladas. A ponto de terminar com canção, Quase Uma Linda História de Amor, adornada com quarteto de cordas em estilo mais clássico. Mas a veia pop de Jay pulsa no rock Ah, Mas Bem que Você Gosta (Coprófaga) e na vibrante faixa de abertura, Meu Melhor Inimigo, que explode no refrão de pulsação roqueira. A produção de Moogie Canazio garante a excelência invariável do som do disco, inteiramente composto e arranjado solitariamente pelo próprio Jay Vaquer. Entre tantas baladas, que tornam o disco meio cansativo na segunda metade, vale destacar Dia Desses (tema em que o cantor explora bem  a região aguda de sua voz em registro de falsete) e Fabulosa Santa que Pariu (de especial beleza melódica). A discreta (mas eficiente) participação vocal de Maria Gadú em Do Nada, me Jogaram aos Leões - tema que reitera a visão ácida do mundo que pontua o disco e, a rigor, toda a obra autoral de Jay - parece ter sido idealizada a serviço da música, e não para aproveitar o sucesso comercial da artista. Sim, Jay Vaquer tem vendido a si mesmo com absoluta honestidade. Nesse sentido, Umbigobunker!? soa extremamente coerente com a discografia do artista. Pode ser que baladas como Presença Hecatombe e Ritual da Chuva Seca não estejam entre as mais inspiradas criações autorais do artista,  mas elas estão em sintonia com a obra anterior do compositor. O que Umbigobunker!? sinaliza é que talvez já esteja na hora de Jay Vaquer abrir parcerias com outros compositores para arejar e renovar essa obra, evitando assim o perigo da repetição que ronda os artistas que criam absolutamente sozinhos.

6 comentários:

  1. Como já deixou claro no título de seu segundo álbum, Jay Vaquer sabe vender a si mesmo. Tanto que o cantor e compositor carioca vem mobilizando crescentes tribos de fãs passionais à medida que sua carreira fonográfica - iniciada em 2000 com o álbum Não Tão São (Jam Music) - foi se desenvolvendo. Primeiro título do catálogo nacional do selo Lab 344, até então dedicado exclusivamente à edição no Brasil de títulos hypados da cena indie estrangeira, Umbigobunker!? é o sexto título da discografia do artista. O nome inusitado do disco é também o nome da balada serena alocada no CD como a quinta das doze faixas. Aliás, Umbigobunker!? é basicamente um disco de baladas. A ponto de terminar com canção, Quase Uma Linda História de Amor, adornada com quarteto de cordas em estilo mais clássico. Mas a veia pop de Jay pulsa no rock Ah,, Mas Bem que Você Gosta (Coprófaga) e na vibrante faixa de abertura, Meu Melhor Inimigo, que explode no refrão de pulsação roqueira. A produção de Moogie Canazio garante a excelência invariável do som do disco, inteiramente composto e arranjado solitariamente pelo próprio Jay Vaquer. Entre tantas baladas, que tornam o disco meio cansativo na segunda metade, vale destacar Dia Desses (tema em que o cantor explora bem a região aguda de sua voz em registro de falsete) e Fabulosa Santa que Pariu (de especial beleza melódica). A discreta (mas eficiente) participação vocal de Maria Gadú em Do Nada, me Jogaram aos Leões - tema que reitera a visão ácida do mundo que pontua o disco e, a rigor, toda a obra autoral de Jay - parece ter sido idealizada a serviço da música, e não para aproveitar o sucesso comercial da artista. Sim, Jay Vaquer tem vendido a si mesmo com absoluta honestidade. Nesse sentido, Umbigobunker!? soa extremamente coerente com a discografia do artista. Pode ser que baladas como Presença Hecatombe e Ritual da Chuva Seca não estejam entre as mais inspiradas criações autorais do artista, mas elas estão em sintonia com a obra anterior do compositor. O que Umbigobunker!? sinaliza é que talvez já esteja na hora de Jay Vaquer abrir parcerias com outros compositores para arejar e renovar essa obra, evitando assim o perigo da repetição que ronda os artistas que criam absolutamente sozinhos.

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  2. Jay com tribo de fãs passionais??? Onde? Quando? Em que mundo você vive, Mauro? É cada uma que a gente lê aqui! Conheço seu texto e sei quando você protege um artista, nessa crítica você me parece cheio de pudores para falar que não gostou do disco.

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  3. Conheço esses fãs passionais do Jay. Basta ir num show dele e vc encontra vários (ou dar uma olhada no twitter). Não curti muito o disco, mas é pessoal mesmo. Gostei mais das músicas mais rock do Umbigobunker!? ("Ah, Mas Bem que Você Gosta" e "Meu Melhor Inimigo").

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  4. Jay é F**a! O cd é perfeito e não acho que o Mauro não tenha gostado do cd. Talvez o Mauro esteja acostumado com coisas mais leves.

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  5. Gosto muito da voz de Jay e de suas composições; acho que o trabalho dele tem muita qualidade; qualidade que vem se aprimorando. Quanto ao disco novo, gosto mais a cada audição, e acho que, com ele, Jay abre novos caminhos em sua carreira musical, seja cantando rock ou baladas. Espero que o disco aconteça, pois é um diferencial na cena pop brasileira.

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  6. "O cantor e compositor carioca vem mobilizando crescentes tribos de fãs passionais à medida que sua carreira fonográfica foi se desenvolvendo."
    Rsrsrsrs #rialto

    Descordo de que o Jay precisa de parceiros, pois venho gostando do resultado solo em suas composições. Todas as letras tem um sentido, para mim, claro.

    Acho que vale ressaltar que esse foi o único Cd brasileiro a ser indicado ao Grammy Latino 2012 como o "Disco Mais Bem Produzido do Ano".

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