quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Com Deodato, Aznavour cai no samba em 'Toujours' sem sair de seu tom

Resenha de CD
Título: Toujours
Artista: Charles Aznavour
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *

Aos 87 anos, Charles Aznavour já está eternizado como um dos ícones da canção francesa. Toujours - seu recém-lançado álbum do estúdio, editado no Brasil neste mês de setembro de 2011 - dá sequência a uma carreira fonográfica que, a despeito da idade já avançada do artista, tem se mantido regular. Parte do viço e da potência vocal do intérprete já se foi, mas nem por isso Aznavour perde a classe. Com a voz que lhe resta, o cantor se confirma um intérprete sempre refinado. Para fiéis admiradores da obra deste senhor da canção francesa, Toujours oferece pelo menos um belo tema romântico, Tu Ne M'Aimes Plus, à altura dos clássicos do repertório do artista. Contudo, Toujours é álbum em que Aznavour se aventura além do universo da canção francesa. Escorado em arranjos do pianista e maestro brasileiro Eumir Deodato, o cantor cai até no samba em Viens m'Emporter e em Ce Printemps-Là. É samba à moda de gringo, claro, sendo que o balanço mais intimista de Ce Printemps-Là se ajusta mais a um clima de boate. O suingue do piano de Deodato envolve também Les Jours em atmosfera de leveza. Em outra latitude, mas ainda fora das fronteiras da França, o disco evoca um dos ritmos mais populares da música espanhola em Flamenca Flamenco, fluida faixa conduzida pelo maestro Yvan Cassar. Descontadas tais faixas mais curiosas, Toujours é  álbum orquestrado com cordas à moda clássica de Aznavour. Que faz expansivo dueto com Thomas Dutronc em Elle entre temas tristonhos como Va. Enfim, Toujours apresenta Aznavour nos dias de hoje e, entre uma e outra aventura rítmica, o cantor volta ao seu universo tradicional.

5 comentários:

  1. Aos 87 anos, Charles Aznavour já está eternizado como um dos ícones da canção francesa. Toujours - seu recém-lançado álbum do estúdio, editado no Brasil neste mês de setembro de 2011 - dá sequência a uma carreira fonográfica que, a despeito da idade já avançada do artista, tem se mantido regular. Parte do viço e da potência vocal do intérprete já se foi, mas nem por isso Aznavour perde a classe. Com a voz que lhe resta, o cantor se confirma intérprete refinado. Para fiéis admiradores da obra deste senhor da canção francesa, Toujours oferece pelo menos um belo tema romântico, Tu Ne M'Aimes Plus, à altura dos clássicos do repertório do artista. Contudo, Toujours é álbum em que Aznavour se aventura além do universo da canção francesa. Escorado em arranjos do pianista brasileiro Eumir Deodato, o cantor cai até no samba em Viens m'Emporter e em Ce Printemps-Là. É samba à moda de gringo, claro, sendo que o balanço mais intimista de Ce Printemps-Là se ajusta mais a um clima de boate. O suingue do piano de Deodato envolve também Les Jours em atmosfera de leveza. Em outra latitude, mas ainda fora das fronteiras da França, o disco evoca um dos gêneros mais populares da música espanhola em Flamenca Flamenco, faixa conduzida pelo maestro Yvan Cassar. Descontadas tais faixas mais curiosas, Toujours é álbum orquestrado com cordas à moda clássica de Aznavour. Que faz expansivo dueto com Thomas Dutronc em Elle entre temas tristonhos como Va. Enfim, Toujours apresenta Aznavour nos dias de hoje e, entre uma e outra aventura rítmica, o cantor volta ao seu universo tradicional.

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  2. Aznavour cantando samba e música flamenco? isso tem que ser ouvido!

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  3. E desde quando cair no samba é perder a classe? Eu hein!!! É cada coisa que a gente lê.

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  4. Falsobrilhante, uma leitura do texto seria suficiente para perceber que o título não afirmava isso que vc disse. De todo modo, seu comentário me fez perceber que o título pode dar margem a essa interpretação errônea. Então, em caráter excepcional, resolvi mudá-lo. Abs, grato por seu comentário, MauroF

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