Com a reedição do CD Ladrão de Purezas - Um Tributo a Manezinho Araújo, gravado pelo cantor pernambucano Geraldo Maia em 2010 e lançado originalmente em março deste ano de 2011, a Biscoito Fino amplifica a homenagem de Maia ao seu conterrâneo Manoel Pereira de Araújo (1910 - 1993), mais conhecido como Manezinho Araújo, o Rei da Embolada. Pois Ladrão de Purezas mostra que a obra do compositor - muito em evidência dos anos 30 aos 50 - extrapolou o universo da embolada. O disco abre inclusive com Vatapá, samba que não é o de Dorival Caymmi (1914 - 2008), mas o samba gravado por Manezinho em 1956. Embora tenha sido entronizado na história da música brasileira como o Rei da Embolada, epíteto que também lhe faz jus por conta de sucessos como O Carrité do Coroné (1939) e Cuma É o Nome Dele? (1956), Manezinho compôs sambas, cocos, baiões e toadas como Adeus, Pernambuco (Hervê Cordovil e Manezinho Araújo, 1952), destaque do disco ao lado de Beata Mocinha (Manezinho Araújo e Zé Renato, 1952) - espécie de oração sertaneja que pede proteção para os romeiros do Norte - e de Novo Amanhecer, valsa-canção que exala lirismo seresteiro nunca associado à obra plural de Manezinho Araújo. Que também foi pintor de telas como as reproduzidas na capa e no encarte do álbum. Produzido, arranjado e gravado por Geraldo Maia com o violonista Vinicius Sarmento e o percussionista Lucas dos Prazeres, Ladrão de Purezas chega atrasado ao mercado fonográfico nacional para festejar o centenário de nascimento de Manezinho Araújo - injustamente esquecido até por Pernambuco, Estado natal do compositor - só que (ainda) a tempo de se impor como um dos mais importantes discos brasileiros de 2011.
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5 comentários:
Com a reedição do CD Ladrão de Purezas - Um Tributo a Manezinho Araújo, gravado pelo cantor pernambucano Geraldo Maia em 2010 e lançado originalmente em março deste ano de 2011, a Biscoito Fino amplifica a homenagem de Maia ao seu conterrâneo Manoel Pereira de Araújo (1910 - 1993), mais conhecido como Manezinho Araújo, o Rei da Embolada. Pois Ladrão de Purezas mostra que a obra do compositor - muito em evidência dos anos 30 aos 50 - extrapolou o universo da embolada. O disco abre inclusive com Vatapá, samba que não é o de Dorival Caymmi (1914 - 2008), mas o samba gravado por Manezinho em 1956. Embora tenha sido entronizado na história da música brasileira como o Rei da Embolada, epíteto que também lhe faz jus por conta de sucessos como O Carrité do Coroné (1939) e Cuma É o Nome Dele? (1956), Manezinho compôs sambas, cocos, baiões e toadas como Adeus, Pernambuco (Hervê Cordovil e Manezinho Araújo, 1952), destaque do disco ao lado de Beata Mocinha (Manezinho Araújo e Zé Renato, 1952) - espécie de oração sertaneja que pede proteção para os romeiros do Norte - e de Novo Amanhecer, valsa-canção que exala lirismo seresteiro nunca associado à obra plural de Manezinho Araújo. Que também foi pintor de telas como as reproduzidas na capa e no encarte do álbum. Produzido, arranjado e gravado por Geraldo Maia com o violonista Vinicius Sarmento e o percussionista Lucas dos Prazeres, Ladrão de Purezas chega atrasado ao mercado fonográfico nacional para festejar o centenário de nascimento de Manezinho Araújo - injustamente esquecido até por Pernambuco, Estado natal do compositor - só que (ainda) a tempo de se impor como um dos mais importantes discos brasileiros de 2011.
Mauro.
Que maravilha essa sua crítica ao "Ladrão de Purezas" de Geraldo Maia (a mais bela voz do Recife)... Já mostrei pra ele; que ficou todo orgulhoso de ser considerado um dos mais importantes discos brasileiros de 2011.
Parabéns Geraldo!
Obrigado Mauro!
Mauro,
Fico feliz quando vejo o trabalho de Geraldo sendo reconhecido.
Tenho todos os CDs que ele gravou,admiro o cuidado com que ele pesquisa para escolher seu repertório e os músicos que o acompanham. Nao perco um Show em que ele participe.
Geraldo é um dos melhores cantores do Brasil e , com certeza, é o meu favorito de todos os tempos.
Manezinho Araújo nasceu em 1913,portanto, o disco cumpriu sua missão de homenageá-lo antes do seu centenário.
Abílio Neto
Manezinho Araújo, segundo o dicionário de Ricardo Cravo Albin, nasceu em 1913, portanto, o disco cumpriu sua missão de homenageá-lo antes do seu centenário.
Abílio Neto
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