Título: Um Quadro de Nós Dois
Artista: Max Viana
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * 1/2
Quatro anos após lançar um segundo álbum de tintas mais fortes, Com Mais Cor (2007), Max Viana retorna ao mercado fonográfico com disco de tonalidade mais suave. Abrindo harmoniosas parcerias com Arlindo Cruz e Jay Vaquer, entre outros nomes, o cantor e compositor carioca expõe ao longo das 11 faixas de Um Quadro de Nós Dois vários matizes do amor em tela romântica que de início tem o tom doído da saudade - mote da faixa-título, Um Quadro de Nós Dois, parceria de Max com Dudu Falcão - mas ganha alguma cor no final com o sambão É Hora de Fazer Verão, composto com letra de Arlindo Cruz e gravado com Alcione. Nesse sentido, o álbum chega a ser conceitual. O amor desfeito abordado em temas como Caso Perdido - parceria do artista com Jorge Vercillo com muito de Vercillo, que lançou a música em seu CD D.N.A. (2010) - se recompõe ao fim do disco produzido pelo próprio Max Viana. Entre o fim e o (re)começo do amor, Um Quadro de Nós Dois celebra a vida no apropriado tom pop de O Melhor Vai Começar (1982) - irresistível e solar título do subestimado cancioneiro de Guilherme Arantes, única regravação do disco - e pincela a suavidade da Bossa Nova no arranjo de O Samba Que Eu Guardei, outra parceria de Max com Dudu Falcão. E por falar em samba, Itinerário evoca o desenho melódico e rítmico das incursões de Djavan pelo gênero. Imagem que vem do berço de Max e, talvez por isso, o violão de O Que É que Você Quer de mim (Max Viana e Dudu Falcão) - a canção mais redonda do álbum, com jeito de hit - também tenha algo de Djavan. Se Quero Ver Você Olhar pro Céu (Max Viana) tem o tom mais esmaecido do quadro romântico, Vidas Paralelas - parceria de Max com o cantor e compositor uruguaio Rodrigo Vicente - tangencia o universo do pop rock sem nunca carregar nas tintas. Já Contumaz se diferencia pelos longos versos cuidadosamente esculpidos por Jay Vaquer sobre a melodia de Max. Que ainda apresenta composição feita com Lula Queiroga, Tu e o Dom, neste disco de cores plácidas, bases de quadro eventualmente esmaecido, mas, no todo, harmonioso.
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Quatro anos após lançar um segundo álbum de tintas mais fortes, Com Mais Cor (2007), Max Viana retorna ao mercado fonográfico com disco de tonalidade mais suave. Abrindo harmoniosas parcerias com Arlindo Cruz e Jay Vaquer, entre outros nomes, o cantor e compositor carioca expõe ao longo das 11 faixas de Um Quadro de Nós Dois vários matizes do amor em tela romântica que de início tem o tom doído da saudade - mote da faixa-título, Um Quadro de Nós Dois, parceria de Max com Dudu Falcão - mas ganha alguma cor no final com o sambão É Hora de Fazer Verão, composto com letra de Arlindo Cruz e gravado com Alcione. Nesse sentido, o álbum chega a ser conceitual. O amor desfeito abordado em temas como Caso Perdido - parceria do artista com Jorge Vercillo com muito de Vercillo, que lançou a música em seu CD D.N.A. (2010) - se recompõe ao fim do disco produzido pelo próprio Max Viana. Entre o fim e o (re)começo do amor, Um Quadro de Nós Dois celebra a vida no apropriado tom pop de O Melhor Vai Começar (1982) - irresistível e solar título do subestimado cancioneiro de Guilherme Arantes, única regravação do disco - e pincela a suavidade da Bossa Nova no arranjo de O Samba Que Eu Guardei, outra parceria de Max com Dudu Falcão. E por falar em samba, Itinerário evoca o desenho melódico e rítmico das incursões de Djavan pelo gênero. Imagem que vem do berço de Max e, talvez por isso, o violão de O Que É que Você Quer de mim (Max Viana e Dudu Falcão) - a canção mais redonda do álbum, com jeito de hit - também tenha algo de Djavan. Se Quero Ver Você Olhar pro Céu (Max Viana) tem o tom mais esmaecido do quadro romântico, Vidas Paralelas - parceria de Max com o cantor e compositor uruguaio Rodrigo Vicente - tangencia o universo do pop rock sem nunca carregar nas tintas. Já Contumaz se diferencia pelos longos versos cuidadosamente esculpidos por Jay Vaquer sobre a melodia de Max. Que ainda apresenta composição feita com Lula Queiroga, Tu e o Dom, neste disco de cores plácidas, bases de quadro eventualmente esmaecido, mas, no todo, harmonioso.
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