Título: Elton John
Artista: Elton John
Local: Cidade do Rock (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 23 de setembro de 2011
Foto: Divulgação Rock in Rio 2011 / Marcus Vini
Cotação: * * * 1/2
Embora seja compositor com total domínio do idioma pop universal, Elton John de certa forma foi um estranho no ninho pop da primeira noite do Rock in Rio, o festival que volta à sua cidade natal, o Rio de Janeiro (RJ), após dez anos e algumas passagens pela Europa. Elton iria fechar a noite de 23 de setembro de 2011. Mas a organização do festival resolveu trocar a ordem de sua apresentação com a de Rihanna, cujo show era alvo das maiores expectativas da noite. Enquadrado entre as apresentações de Katy Perry e Rihanna, o show de Elton mobilizou somente parte da plateia. A mais velha, a que testemunhou o apogeu do cantor e compositor inglês nos anos 70. E foi lançando mão dos hits dessa década áurea que Elton mostrou que, aos 64 anos, ainda continua de pé, escorado em sucessos que residem na memória afetiva de quem tem mais de 40 anos. I'm Still Standing, aliás, foi a segunda música do show, prova de que Elton John, quando quer, é mais roqueiro do que pop. Às voltas com seu piano, no comando de banda que incluía músicos veteranos como ele, Elton fez show sem surpresas e, por isso mesmo, eficiente. Não faltaram baladas -Goodbye Yellow Brick Road, Rocket Man, Daniel, Don't Let the Sun Go Down on me - que enterneceram a plateia. Mas, escaldado, Elton alternou baladas com rocks como Saturday Night's Alright (For Fighting) e Crocodile Rock, que abriram e fecharam a apresentação, respectivamente, para sacudir um público que já dava sinais de cansaço e, em parte, assistia ao show sentado na grama da Cidade do Rock. Outra parte, no entanto, esbanjava animação, dançando nas áreas mais próximas ao palco. E foi a esse público, o do gargarejo, que o cantor dedicou Tiny Dancer. Mesmo que tenha perdido um pouco do vigor dos tempos idos, a voz do cantor também continua de pé e defendeu com dignidade um repertório infalível - inclusive nos temas menos batidos, como a balada Levon, de seu aclamado álbum Madman Across the Water (1971) - que reitera a força atemporal de obra projetada a partir de 1969, ou seja, há 42 anos. É fato que Elton já fez shows melhores, com mais pegada. Ainda assim, disse a que veio. Será que daqui a 40 anos Katy Perry e Rihanna ainda vão estar de pé, no palco de um megafestival, como Elton John??...
7 comentários:
Embora seja compositor com total domínio do idioma pop universal, Elton John de certa forma foi um estranho no ninho pop da primeira noite do Rock in Rio, o festival que volta à sua cidade natal, o Rio de Janeiro (RJ), após dez anos e algumas passagens pela Europa. Elton iria fechar a noite de 23 de setembro de 2011. Mas a organização do festival resolveu trocar a ordem de sua apresentação com a de Rihanna, cujo show era alvo das maiores expectativas da noite. Enquadrado entre as apresentações de Katy Perry e Rihanna, o show de Elton mobilizou somente parte da plateia. A mais velha, a que testemunhou o apogeu do cantor e compositor inglês nos anos 70. E foi lançando mão dos hits dessa década áurea que Elton mostrou que, aos 64 anos, ainda continua de pé, escorado em sucessos que residem na memória afetiva de quem tem mais de 40 anos. I'm Still Standing, aliás, foi a segunda música do show, prova de que Elton John, quando quer, é mais roqueiro do que pop. Às voltas com seu piano, no comando de banda que incluía músicos veteranos como ele, Elton fez show sem surpresas e, por isso mesmo, eficiente. Não faltaram baladas -Goodbye Yellow Brick Road, Rocket Man, Don't Let the Sun Go Down on Me - que enterneceram a plateia. Mas, escaldado, Elton alternou baladas com rocks como Saturday Night's Alright (For Fighting) e Crocodile Rock, que abriram e fecharam a apresentação, respectivamente, para sacudir um público que já dava sinais de cansaço e, em parte, assistia ao show sentado na grama da Cidade do Rock. Outra parte, no entanto, esbanjava animação, dançando nas áreas mais próximas ao palco. E foi a esse público, o do gargarejo, que o cantor dedicou Tiny Dancer. Mesmo que tenha perdido um pouco do vigor dos tempos idos, a voz do cantor também continua de pé e defendeu com dignidade um repertório infalível - inclusive nos temas menos batidos, como a balada Levon, de seu aclamado álbum Madman Across the Water (1971) - que reitera a força atemporal de obra projetada a partir de 1969, ou seja, há 42 anos. Será que daqui a 40 anos Katy Perry e Rihanna ainda vão estar de pé, no palco de um megafestival, como Elton John??...
tinham que ter posto Elton na mesma noite do Stevie Wonder
Concordo com o comentário acima.
Assisti até " Daniel " e depois fui pra cama. Não ouvi " Don't Let the Sun Go Down on me " mas ouvi e curti " I Guess That's Why They Call It The Blues ". Mas tive a mesma impressão.De que Elton era estranho naquela noite ...
EXATEMENTE O QUE EU PENSO, MAURO!
Vejo os fãs de Rihanna e a resfolegante Katy Perry (nunca vi uma cantora arfar tanto durante um show) tecerem elogios rasgados ás duas moças e penso exatamente isso: a grande diferença entre Elton e elas é apenas essa, a longevidade artística.
Pelo pouco que assisti pela TV, achei o show do Elton John bem chato...
Pela TV tava chato mesmo... Aliás, pela TV tava tudo tenso. O som é sempre uma bosta... quando vão aprender a mixar decentemente pra televisão?
Achei que ficaria entediado com o show, mas eu adorei! Conheci Elton John.
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