Resenha de show
Título: Otra Cosa
Artista: Julieta Venegas (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Vivo Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 1º de setembro de 2011
Cotação: * * * *
Parecia, no fim, um show de Marisa Monte ou de qualquer outra cantora brasileira dona de fã-clube apaixonado. Na beira do palco da casa carioca Vivo Rio, o público - majoritariamente jovem - se aglomerava para tentar tocar em Julieta Venegas e/ou tirar uma foto da artista enquanto cantava e dançava ao som de El Presente (Julieta Venegas), a música que encerrou a caliente apresentação do show Otra Cosa no Rio de Janeiro (RJ). No bis, iniciado com Revolución (Julieta Venegas), a inspirada Andar Conmigo (Julieta Venegas e Coti Sorokin) se encarregou de encerrar definitivamente a apresentação no mesmo clima frenético. Sim, agora Julieta Venegas é uma estrela - mais precisamente desde que lançou seu festejado quarto álbum de estúdio, Limón y Sal, em 2006. Um primoroso acústico gravado em 2008 sob a chancela da MTV corroborou o bom momento da artista e expandiu sua popularidade no Brasil por conta de harmonioso dueto com Marisa Monte na então inédita Ilusión (Julieta Venegas). O álbum Otra Cosa saiu em 2010 com safra de 12 inéditas e, mesmo sem igualar a inspiração de Limón y Sal, rendeu pelo menos uma grande música de refrão cativante, Bien o Mal (Julieta Venegas, A. Sergi e C. Lopez), outro previsível destaque do roteiro da apresentação carioca da artista. A rigor, embora o título diga o contrário, o show Otra Cosa rebobina a mesma coisa que Venegas faz bem desde seu início de carreira: um pop à moda mexicana. A pegada eletroacústica de sua azeitada banda é pop, mas o acordeom - ao qual Venegas recorre em temas como Original (Julieta Venegas) e Sin Documentos (cover do grupo hispano-argentino Los Rodríguez que integra o repertório do álbum Limón y Sal e que turbina o animado bis do show da turnê Otra Cosa) - evoca as raízes da música do México, país onde a artista norte-americana se criou. O pop de Venegas é tão enraizado na cultura musical de sua terra adotiva que a inclusão de (bom) cover do grupo mexicano Los Tigres del Norte - La Jaula del Oro, protesto sobre o cotidiano tenso dos imigrantes mexicanos nos Estados Unidos - soa perfeitamente adequado ao tom do repertório autoral da compositora. Que também não é tão distante da obra autoral de Marisa Monte, ausência sentida na belíssima Ilusión (Julieta Venegas). Temas como a melodiosa Canciones de Amor (Julieta Venegas) ressaltam tal afinidade, inclusive poética. Seja ao piano (como na ótima balada Lento), ao cavaquinho (na chatinha Duda), ao violão (como em Algo Está Cambiando) ou no seu recorrente acordeom, Julieta Venegas consegue realçar o universo particular de sua música embora fale o idioma pop comum aos seus hermanos de outros países. Inclusive o Brasil, país onde agora ela já é uma estrela, como reiterou a caliente passagem de sua turnê Otra Cosa pelo Rio de Janeiro (RJ).
Parecia, no fim, um show de Marisa Monte ou de qualquer outra cantora brasileira dona de fã-clube apaixonado. Na beira do palco da casa carioca Vivo Rio, o público - majoritariamente jovem - se aglomerava para tentar tocar em Julieta Venegas e/ou tirar uma foto da artista enquanto cantava e dançava ao som de El Presente (Julieta Venegas), a música que encerrou a caliente apresentação do show Otra Cosa no Rio de Janeiro (RJ). No bis, iniciado com Revolución (Julieta Venegas), a inspirada Andar Conmigo (Julieta Venegas e Coti Sorokin) se encarregou de encerrar definitivamente a apresentação no mesmo clima frenético. Sim, agora Julieta Venegas é uma estrela - mais precisamente desde que lançou seu festejado quarto álbum de estúdio, Limón y Sal, em 2006. Um primoroso acústico gravado em 2008 sob a chancela da MTV corroborou o bom momento da artista e expandiu sua popularidade no Brasil por conta de harmonioso dueto com Marisa Monte na então inédita Ilusión (Julieta Venegas). O álbum Otra Cosa saiu em 2010 com safra de 12 inéditas e, mesmo sem igualar a inspiração de Limón y Sal, rendeu pelo menos uma grande música de refrão cativante, Bien o Mal (Julieta Venegas, A. Sergi e C. Lopez), outro previsível destaque do roteiro da apresentação carioca da artista. A rigor, embora o título diga o contrário, o show Otra Cosa rebobina a mesma coisa que Venegas faz bem desde seu início de carreira: um pop à moda mexicana. A pegada eletroacústica de sua azeitada banda é pop, mas o acordeom - ao qual Venegas recorre em temas como Original (Julieta Venegas) e Sin Documentos (cover do grupo hispano-argentino Los Rodríguez que integra o repertório do álbum Limón y Sal e que turbina o animado bis do show da turnê Otra Cosa) - evoca as raízes da música do México, país onde a artista norte-americana se criou. O pop de Venegas é tão enraizado na cultura musical de sua terra adotiva que a inclusão de (bom) cover do grupo mexicano Los Tigres del Norte - La Jaula del Oro, protesto sobre o cotidiano tenso dos imigrantes mexicanos nos Estados Unidos - soa perfeitamente adequado ao tom do repertório autoral da compositora. Que também não é tão distante da obra autoral de Marisa Monte, ausência sentida na belíssima Ilusión (Julieta Venegas). Temas como a melodiosa Canciones de Amor (Julieta Venegas) ressaltam tal afinidade, inclusive poética. Seja ao piano (como na ótima balada Lento), ao cavaquinho (na chatinha Duda), ao violão (como em Algo Está Cambiando) ou no seu recorrente acordeom, Julieta Venegas consegue realçar o universo particular de sua música embora fale o idioma pop comum aos seus hermanos de outros países. Inclusive o Brasil, país onde agora ela já é uma estrela pop, como reiterou a caliente passagem da turnê Otra Cosa pelo Rio de Janeiro.
ResponderExcluirCurti o visual riponga dela! A música só conheço a gravação com a Marisa, linda por sinal
ResponderExcluirNão conhecia Julieta Venegas, o show foi uma grata surpresa e ela ganhou mais um admirador interessado em seu trabalho.
ResponderExcluirTb só conheço a música com a Marisa, bonitaça.
ResponderExcluirMuito bom ver um artista, ao que se nota de qualidade, de língua hispânica ter reconhecimento no Brasil.
Conheço ela desde os anos 2003 por aí. Graças a internet comecei a ter mais contato com artistas latinos e alternativos, porque nunca gostei de que me impossem algo. O show foi lindo. Saí de Juiz de Fora-MG somente para vê-la. Valeu muito a pena e a casa Vivo Rio estava quase lotada. E a platéia cantava em coro seus sucessos.
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