quinta-feira, 20 de outubro de 2011

'Biophilia' enreda Björk em hermética teia cerzida com sons sintetizados

Resenha de CD
Título: Biophilia
Artista: Björk
Gravadora: One Little Indian / Universal Music
Cotação: * * 1/2

Décimo álbum de estúdio de Björk, Biophilia enreda a artista islandesa numa das mais herméticas teias de sua discografia anticonvencional. Em seu CD anterior, Volta (2007), a cantora e compositora dosou o teor experimental de sua obra ao construir som sujo e étnico de alta voltagem emocional, com direito à ótima faixa direcionada às pistas (Earth Entruders). Em Biophilia, Björk volta a pesar a mão nas experimentações, tal como fizera em Medúlla (2004).  A diferença é que, se em Medúlla a artista explorou as múltiplas possibilidades da voz como instrumento, em Biophilia Björk usa e abusa dos sintetizadores para criar um dos álbuns mais complexos de sua obra. Ambicioso projeto multimídia, que permite audição interativa se ouvido em iPads e iPods, Biophilia versa sobre as relações da música com a ciência e a natureza. Em tese, o conceito é sedutor. Na prática, é difícil se envolver pela trama de temas como Dark Matter e Thunderbold. Sim, é fato que todo álbum de Björk possui dose maior ou menor de estranheza - até mesmo os celebrados Post (1995) e Homogenic (1997), de contorno mais pop. Ainda assim, Biophilia parece passar da conta. Contudo, quem se deixar enredar pela teia de Biophilia vai encontrar alguma beleza melódica em Cosmogony e certa delicadeza nas introduções de Virus e Moon. São instantes de prazer em meio a uma trama de conceitos e sons que, por vezes, resulta até enfadonha. Faltou inspiração e sobrou pretensão...

9 comentários:

  1. Décimo álbum de estúdio de Björk, Biophilia enreda a artista islandesa numa das mais herméticas teias de sua discografia anticonvencional. Em seu CD anterior, Volta (2007), a cantora e compositora dosou o teor experimental de sua obra ao construir som sujo e étnico de alta voltagem emocional, com direito à ótima faixa direcionada às pistas (Earth Entruders). Em Biophilia, Björk volta a pesar a mão nas experimentações, tal como fizera em Medúlla (2004). A diferença é que, se em Medúlla a artista explorou as múltiplas possibilidades da voz como instrumento, em Biophilia Björk usa e abusa dos sintetizadores para criar um dos álbuns mais complexos de sua obra. Ambicioso projeto multimídia, que permite audição interativa se ouvido em iPads e iPods, Biophilia versa sobre as relações da música com a ciência e a natureza. Em tese, o conceito é sedutor. Na prática, é difícil se envolver pela trama de temas como Dark Matter e Thunderbold. Sim, é fato que todo álbum de Björk possui dose maior ou menor de estranheza - até mesmo os celebrados Post (1995) e Homogenic (1997), de contorno mais pop. Ainda assim, Biophilia parece passar da conta. Contudo, quem se deixar enredar pela teia de Biophilia vai encontrar alguma beleza melódica em Cosmogony e certa delicadeza nas introduções de Virus e Moon. São instantes de prazer em meio a uma trama de conceitos e sons que, por vezes, resulta até enfadonha. Faltou inspiração e sobrou pretensão...

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  2. Eu não gosto, que dizer, nem conheço direito o som da Björk.
    Mas gosto dela.
    E o que me faz gostar é justamente a pretensão - artigo raro pra quem tem uma carrreira consolidada.

    PS: O disco novo do Lenine está, como diria minha vó, supimpa!
    Dá gosto ver um artista consolidado com pretensão e inspiração.

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  3. É muito difícil ouvir o cd da primeira a última faixa.
    Bjork - The Crystalline Series [EP]
    soa muito melhor que esse cd por inteiro.

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  4. Pois acabo de comprar, Zé, o Biophilia e o Chão, do Lenine. Na segunda chegam, te procuro pra comentar. Claro que comprei também a caixa "Cauby, o Mito", com 3 cd's pra comemorar o 60 anos de carreira. O que ele canta Beatles, me parece o mais curioso. Só o nome já é o máximo, não? "Caubytles"! Demais! Abraço, companheiro.

    Anderson Falcão
    Brasília DF
    (ouvindo Ivan Lins - Anjo de mim)

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  5. Björk é só para iniciados.Disco difícil tem limite. Eu tô fora.

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  6. Bjork tem coisas lindas e coisas chatas, ainda não ouvi esse disco mas pelo que li aqui esse é como Medulla, tô fora tb

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  7. Parece que sou uma voz discordante, aqui. Gosto MUITO deste Biophilia, uma vez que certa dose (mínima) de estranheza inicial, logo se tornou "music for my ears". Gosto bastante de Bjork, mas não gostei de Volta, por exemplo, nem de Medulla. Este acho muito bom, embora o melhor de todos (de longe) seja Vespertine, obra prima absoluta de islandesa.

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  8. Pra mim a obra prima dela é o Vespertine, mas infelizmente não gostei de mais nada q ela lançou depois dele. Medulla e Volta são muito chatos e esse novo tb não gostei. Acho que é a hora de abandonar o barco da islandesa

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  9. Amo Björk, tenho tudo o que posso dela (consegue lançar mais que Bethânia!), mas reconheço que ela pesa a mão no experimental. O que eu ouvi de Biophilia até agora gostei muito. Vou em doses homeopáticas.
    Mas pelo visto o disco físico não tem agradado muito sem ter todo aparato que ele exige.

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