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terça-feira, 11 de outubro de 2011
Com clipe, 'Xirley' anuncia edição de 'Treme', disco solo de Gaby Amarantos
12 comentários:
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Treme é o título do primeiro disco solo de Gaby Amarantos, a Beyoncé do Pará, ícone da cena tecnobrega de Belém (PA). O carro-chefe do álbum produzido por Carlos Eduardo Miranda é a faixa Xirley, música do pernambucano Zé Cafofinho que já ganhou clipe gravado pela produtora paraense Greenvision com direção da cineasta Priscilla Brasil. No CD, Amarantos - vista na foto com um dos figurinos com que encarna no vídeo a personagem Xirley Xarque - faz duetos com Fernanda Takai (em Pimenta com Sal, de Eliaquim Rufino) e Dona Onete (em Mestiça, de autoria da própria Onete), além de se aventurar como compositora nas músicas Eira, Gemendo e Faz o T. O disco Treme já vai chegar às lojas neste último trimestre de 2011.
ResponderExcluirEssa aí, apesar de cantar um estilo popular, quer pegar o bonde dos indies.
ResponderExcluirFica fake.
a mpb de agora é poética e musicalmente tão pobre, tão insossa e tão artificial que até um ícone do tecnobrega consegue ser mais verdadeiro, orgânico e inventivo.
ResponderExcluirÉ isso aí, Amarantos, mostra para ela como é que se faz.
A grafia correta do nome do autor de "Pimenta com Sal" é Eliakin Rufino, e não como consta do texto, peço a gentileza da correção.
ResponderExcluirDiscordo de algumas coisas que o KL fala. Mas respeito-o, como conhecedor de música que ele já provou ser aqui.
ResponderExcluirAgora, houve uma coisa que ele falou com a qual fecho: o tecnobrega (da qual Gaby Amarantos é dos grandes expoentes), o Miami bass carioca, ou mesmo o Calypso, podem até ser deficientes na questão de qualidade.
Mas parecem fazer o que gostam, de maneira honesta. Por isso, chamam atenção em alguns lugares do mundo. E merecem algum respeito.
Felipe dos Santos Souza
Obrigado, Fábio. O nome do Eliakin já está corrigido. Abs, MauroF
ResponderExcluirObrigado, Mauro. Bom dia, parabéns por seu trabalho.
ResponderExcluirGabi é ótima no palco. Voz e presença boa demais. Esse ano no Galo da Madrugada foi perfeita. Tanta coisa por aí é mais do mesmo e o povo fica aqui elogiando só porque é chic. Gabi faz música pro povão como no passado outros fizeram. Se é melhor que no passado? As pessoas de antigamente tb eram melhores. Ah, papo saudosista e purista. A culpa da qualidade da música brasileira é culpa de meia dúzia de populares? ahhhhh
ResponderExcluirLi de novo a Revolução dos Idiotas, texto do Nelson Rodrigues. Para mim, explica tudo que acontece na música de hoje. Só assim consigo entender a tal Edinéia Macedo fazendo sucesso justamente por não ter menor talento para música. Todo mundo assiste para se espantar, e com isso conseguiu tantos acessos que virou sucesso. É triste. Mas é a realidade.
ResponderExcluirFelipe,
ResponderExcluirObrigado mais uma vez pelo aval às minhas críticas. Agora estou curioso para saber sobre algumas coisas que eu disse e das quais você discordou.
Grande abraço!
KL: este post já caducou. Logo, não sei se você vai ler. Se ler, que bom. Se não, espero outra oportunidade.
ResponderExcluirRapaz, eu discordo de você, basicamente, em duas coisas. A primeira: dizer que a geração "70" da MPB parou de fazer coisas boas em 1979. Não que eu ache que o prazo durou mais (ali por 1984 é que a maionese vai desandar de vez, a meu ver), mas acho que varia de caso para caso.
Por exemplo: em minha opinião, Chico Buarque fez seu último grande disco em 1984 (o vermelho, que tem "Vai Passar"). Caetano decai também após 83 ("Uns") e 84 ("Velô"). Milton fez o último bom disco em "Ânimâ", de 82. E, muito embora eu até goste da fase que mencionarei, o tom "rock" dos discos de Gil nos anos 80 é meio forçado.
Depois, confesso não saber se a reticência que você tem à Blitz se estende ao resto da geração dos anos 80. Tudo bem, até acho que a relevância da Blitz é mais limitada do que se pensa - e que pouquíssimas personagens dos 80 tiveram real valia.
Agora, se alguém nos 80 representava o "tecnopop" que você repudia, este era o RPM. E acho que a mudança de geração era necessária. Afinal, aquele pessoal estava cansado das metáforas das composições da década anterior. Então, um rompimento era natural - e até exigido, para dar mais frescor, digamos, à música brasileira.
E a reserva em relação ao "tecnopop" passa a impressão de que você tem reservas quanto a instrumentos eletrônicos. Coisa que acho desnecessária, em alguns momentos. Sim, o uso deles foi exageradíssimo, em alguns momentos. Mas, na dose certa, trazem uma "quentura" ao som - essa "quentura" de que sentimos falta, na "geração Photoshop".
Dois exemplos. O primeiro: na versão de "Lígia" que Tom mostra em "Urubu", o toque jazzístico dado pelo Fender Rhodes é monumental.
E, na discografia de Elis, confesso que a fase de que mais gosto é a "Trem Azul", quando Cesar Mariano usa bastante teclados eletrônicos - embora menos do que fez em "Prisma" e "Ponte das Estrelas". Não troco uma audição de "Elis - 1980" por dez de "Elis & Tom". Bem, por quatro audições a gente até faz negócio (risos).
Bom, eram essas as minhas discordâncias. Ou, então, dúvidas. De todo modo, repito que respeito muito suas opiniões. Como aprendi aqui no blog: "Gosto se discute, sim. Com quem sabe discutir."
Abraços,
Felipe dos Santos Souza
Felipe, salve!
ResponderExcluirGostei demais da longa réplica e dos esclarecimentos. Na verdade, muitas vezes, eu gosto de generalizar para tornar mais fácil - inclusive para mim - a seleção e análise dos álbuns pré e pós-1982. óbvio que há exceções (honrosas), e os citados por você com certeza estão entre eles. E, mesmo o restante, se comparados com a produção atual geral de todo mundo, claro que ganham disparado e merecem muito uma nova audição. Tudo isso porque, à medida que o século 21 avança, a produção mais se iguala e menos se individualiza. É irritante e angustiante, por exemplo, perceber que todo contravaixo, hoje, soa igual. Toso 'arranjo' de sopros também. Que toda voz, quase sempre, está um km à frente do 'instrumental', vide Ana Carolina, Jorge Vercilo, Vanessa da Mata e Marisa Monte por exemplo. É triste perceber que, simplesmente, não há arranjos, mas 'acompanhamentos'. Não há aquele toque pessoal, e muitas vezes inconfundível, que cada canção tinha antes de tudo virar um pastel de padaria mal cozido.
Em relação aos instrumentos eletro-eletrônicos, talvez não me tenha expressado bem: na verdade, a crítica é para o uso indiscriminado, como ocorreu a partir de 82. Acho sensacional o disco de Robson Jorge e Lincoln Olivetti ou aquele de Cesar com fundo branco (que traz uma faixa da trilha de "Eu te Amo"). Recentemente, reouvi - e decidi não repassar - os dois de Marina Lima, 1980 e 81, encharcados de RJ&LO, mas já começando a ficar muito, muito interessantes por tudo o que discutimos aqui.
Concordo com você em relação a Elis 80 - embora eu prefira Elis 60-70 - exceto o chatésimo "Elis & Tom", do qual se salvam 'Triste' e 'Chovendo na Roseira'. E, só para esclarecer: amo o som do Fender Rhodes e também do Wurlitzer, naturalmete todas as expermentações de Perrey & Kingsley, Ed Lincoln, Azymuth, Herbie Hancock, Deodato & Cia.
Mais sobre os 80´s: até acho bacaninhas alguns álbuns new wave como o do Sempre Livre, o primeiro dos Titãs, de Ritchie. O primeiro de Dulce Quental é estiloso e algumas coisas da Vanguarda Paulista como 'Tubarões Voadores', claro.
Enfim, o assunto é centopeico, e, se você quiser, poderemos discuti-lo também via email, aqui o meu: klbahia@yahoo.com.br
Grande abraço!
P.S.: eu gosto de ser radical, mas fico feliz quando leio uma contra-argumentação dessa natureza, sem o menor sinal de achismo, pois é preciso: (re)discutir, rever, redimensionar, reavaliar, reouvir, reconsiderar. Mas parece que a Geração Photoshop (rs) e seus fãs, ao que parece, nem sequer cogita.