Título: Black and White America
Artista: Lenny Kravtiz
Local: Cidade do Rock (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 30 de setembro de 2011
Foto: Divulgação Rock in Rio 2011 / Carla Josephine
Cotação: * * * *
Equivocadamente alocado na quinta noite do Rock in Rio 2011 entre o axé populista de Ivete Sangalo e a latinidade caliente de Shakira, o show de Lenny Kravitz foi excelente. Mas foi o show certo na hora errada. Kravitz vive momento revigorante em sua carreira com o recente lançamento de Black and White America, álbum que reconectou o cantor e compositor norte-americano ao som funkeado do início de sua carreira. Mas parece que o público que habitou a Cidade do Rock na noite de 30 de setembro não estava nem aí para Kravitz. Azar dos fãs de Ivete e de Shakira! O artista apresentou show azeitado que culminou com longa versão de Let Love Rule. Foram apenas 13 músicas no roteiro aberto com Come on Get It, uma das faixas de Black and White America que tem mais pegada roqueira. Na sequência, o cantor lançou mal do falsete para reviver a canção It Ain't Over Till It's Over, um de seus maiores sucessos. Até funcionou, mas - verdade seja dita - Kravitz não foi pelo caminho mais fácil, apesar de incluir hits como Fly Away no setlist. Em total interação com sua afiada banda, hábil na arquitetura de grooves que evocaram o balanço do funk e do soul da Motown, Kravitz alternou climas em Black and White America - que soou até jazzy - e Fields of Joy. A pegada roqueira do guitarrista da banda se fez ouvir na funkeada Alway on the Run, número de maior peso que contrastou com a leveza da balada Believe, entoada por Kravitz ao violão. Pouca gente na plateia pareceu se contagiar. Mas, vale repetir, Kravitz fez o show certo para o público errado.
8 comentários:
Equivocadamente alocado na quinta noite do Rock in Rio 2011 entre o axé populista de Ivete Sangalo e a latinidade caliente de Shakira, o show de Lenny Kravitz foi excelente. Mas foi o show certo na hora errada. Kravitz vive momento revigorante em sua carreira com o recente lançamento de Black and White America, álbum que reconectou o cantor e compositor norte-americano ao som funkeado do início de sua carreira. Mas parece que o público que habitou a Cidade do Rock na noite de 30 de setembro não estava nem aí para Kravitz. Azar dos fãs de Ivete e de Shakira! O artista apresentou show azeitado que culminou com longa versão de Let Love Rule. Foram apenas 13 músicas no roteiro aberto com Come on Get It, uma das faixas de Black and White America que tem mais pegada roqueira. Na sequência, o cantor lançou mal do falsete para reviver a canção It Ain't Over Till It's Over, um de seus maiores sucessos. Até funcionou, mas - verdade seja dita - Kravitz não foi pelo caminho mais fácil, apesar de incluir hits como Fly Away no setlist. Em total interação com sua afiada banda, hábil na arquitetura de grooves que evocaram o balanço do funk e do soul da Motown, Kravitz alternou climas em Black and White America - a música - e Fields of Joy. A pegada roqueira do guitarrista da banda se fez ouvir na funkeada Alway on the Run, número de maior peso que contrastou com a leveza da balada Believe, entoada por Kravitz ao violão. Pouca gente na plateia pareceu se contagiar. Mas, vale repetir, Kravitz fez o show certo para o público errado.
Escalações erradas fazem parte do charme desse festival.
Eu tenho uma pergunta a Mauro. Espero que ele possa responder.
Peguei mais a parte final do show de Lenny Kravitz. Do pouco que ouvi, o som da banda me lembrou a E-Street Band de Bruce Springsteen: aquele rock "gordo", com guitarras altas, naipe de metais, bateria poderosa, baixo tonitruante e tudo o mais.
Faz sentido, Mauro?
Felipe dos Santos Souza
P.S.: Com essa sonoridade, "Always on the run", que já é matadora, deve ter ficado demolidora.
Tu gosta do som desse cara, Felipe?
Pô, ele faz uma colagem tão rasa de soul, funk e rock...
Parece até artista da Promoart do Gugu. rsrs
Pra mim esse cara é muito "rock pastel" tipo Bryan Adams e Jon Bon Jovi.
Só é bonito...
Como o Zé disse o som dele é muito raso e vago de soul e funk.
Na verdade ele pop ao estremo.
PS: no passado gostei muito dele
Zé Henrique, cabe explicar melhor: eu gosto do começo dele. Ali por 1991, a mistura de rock com funk e soul tinha algo de interessante.
Agora, como comentei na resenha ao novo disco dele, publicada há certo tempo aqui: essas coisas radiofônicas, feitas desde 1999 ("Fly Away", "Again", "Calling all angels"´), eu dispenso. Também não gosto.
Felipe dos Santos Souza
Verdade, Felipe, ele parecia que ia enganar melhor. rsrsrs
Abraço!
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