Título: Mylo Xyloto
Artista: Coldplay
Local: Cidade do Rock (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 2 de outubro de 2011
Foto: Divulgação Rock in Rio 2011 / Marcelo Cortes (Estácio)
Cotação: * * * * 1/2
Atração mais esperada da penúltima noite do Rock in Rio 2011, o Coldplay deu um show de luzes e cores em série de efeitos visuais que embelezaram a Cidade do Rock e fizeram da apresentação da banda britânica uma das mais memoráveis da quarta edição carioca do festival. Tais efeitos deram ao show do Coldplay caráter pop condizente com o status atual do grupo de Chris Martin, já um pouco distante daquela banda que destilava fina melancolia em shows mais introspectivos feitos em espaços menores. Fogos de artifício, projeções, lasers, pichações, papéis picados e bolas coloridas - arremessadas para a plateia - armaram o belo circo pop, encheram os olhos do público e diluiram a sensação de que as músicas do ainda inédito quinto álbum do Coldplay - Mylo Xyloto, nas lojas a partir de 24 de outubro - foram recebidas com justificável frieza, já que temas como Mylo Xyloto e Hurts Like Heaven ainda não são íntimos dos fãs da banda. Mas o Coldplay cumpriu a expectativa e inseriu várias inéditas - Major Minus, Charlie Brown e, no bis, Every Teardrop Is a Waterfall - no roteiro aberto com o tema do filme De Volta para o Futuro. Diante do alto teor de novidade, a reação da plateia nem sempre foi entusiástica. Mas é fato que canções como Yellow - o primeiro número em que o público fez coro com Martin - soam infalíveis. E é fato também que Viva la Vida já virou um daqueles hinos que geram correntes de alegria e magia nas apresentações do Coldplay. Não foi diferente no espetáculo iniciado já na madrugada deste domingo, 2 de outubro de 2011. O show pareceu tão bem estruturado que o grupo nem precisava ter recorrido a um número bem clichê como Mas que Nada. Sim, em determinado momento, Chris Martin puxou o refrão do clássico internacional de Jorge Ben Jor sem ter suingue para encarar uma música do Zé Pretinho. O afago no ego do público brasileiro soou artificial. Faltou no número a naturalidade que norteou o tributo a Amy Winehouse (1983 - 2011), prestado já no bis, quando Martin puxou outro refrão conhecido mundialmente, o de Rehab, e foi acompanhado em coro pela plateia. No todo, o show foi redondo, enfileirou alguns clássicos da banda (Violet Hill, Clocks) e deixou a lição de que, ao encarar palcos e plateias monumentais, grupos de repertório essencialmente melancólico precisam às vezes recorrer a recursos visuais para não deixar a peteca cair. As luzes e as cores do Coldplay vão ficar na memória do público que foi conferir os shows da penúltima noite do Rock in Rio 2011.
10 comentários:
Atração mais esperada da penúltima noite do Rock in Rio 2011, o Coldplay deu um show de luzes e cores em série de efeitos visuais que embelezaram a Cidade do Rock e fizeram da apresentação da banda britânica uma das mais memoráveis da quarta edição carioca do festival. Tais efeitos deram ao show do Coldplay caráter pop condizente com o status atual do grupo de Chris Martin, já um pouco distante daquela banda que destilava fina melancolia em shows mais introspectivos feitos em espaços menores. Fogos de artifício, projeções, lasers, pichações, papéis picados e bolas coloridas - arremessadas para a plateia - armaram o belo circo pop, encheram os olhos do público e diluiram a sensação de que as músicas do ainda inédito quinto álbum do Coldplay - Mylo Xyloto, nas lojas a partir de 24 de outubro - foram recebidas com justificável frieza, já que temas como Mylo Xyloto e Hurts Like Heaven ainda não são íntimos dos fãs da banda. Mas o Coldplay cumpriu a expectativa e inseriu várias inéditas - Major Minus, Charlie Brown e, no bis, Every Teardrop Is a Waterfall - no roteiro aberto com o tema do filme De Volta para o Futuro. Diante do alto teor de novidade, a reação da plateia nem sempre foi entusiástica. Mas é fato que canções como Yellow - o primeiro número em que o público fez coro com Martin - soam infalíveis. E é fato também que Viva la Vida já virou um daqueles hinos que geram correntes de alegria e magia nas apresentações do Coldplay. Não foi diferente no espetáculo iniciado já na madrugada deste domingo, 2 de outubro de 2011. O show pareceu tão bem estruturado que o grupo nem precisava ter recorrido a números-clichês como Mas que Nada. Sim, em determinado momento, Chris Martin puxou o refrão do clássico internacional de Jorge Ben Jor sem ter suingue para encarar uma música do Zé Pretinho. O afago no ego do público brasileiro soou artificial. Faltou no número a naturalidade que norteou o tributo a Amy Winehouse (1983 - 2011), prestado já no bis, quando Martin puxou outro refrão conhecido mundialmente, o de Rehab, e foi acompanhado em coro pela plateia. No todo, o show foi redondo, enfileirou alguns clássicos da banda (Violet Hill, Clocks) e deixou a lição de que, ao encarar palcos e plateias monumentais, grupos de repertório essencialmente melancólico precisam às vezes recorrer a recursos visuais para não deixar a peteca cair. As luzes e as cores do Coldplay vão ficar na memória do público que foi conferir os shows da penúltima noite do Rock in Rio 2011.
E aquele recado no Face de que " os shows são muitos, mas o corpo - cansado e quarentão - é um só. Então, acho que entre ver hoje o Coldplay ou Tom Zé amanhã (com Mutantes, de tarde, no palco Sunset), ficarei com o baiano tropicalista " ?
Curiosamente os estrangeiros ( Snow Patrol,Stevie Wonder,Shakira, Coldplay )se " abrasileirando " e os brazucas ( Ivete,Claudia Leitte ... )se " internacionalizando "!
Meu pai toda vez que vê um show super produzido diz:
"Se deixar só a música sobra pouca coisa."
Não é bem verdade, até porque dá-se o nome de show. Logo...
Não vi o show do Coldplay, mas achei adequado os papéis, as cores... Afinal, é uma banda "fru-fru".
PS: Diogo, até o Metallica tocou a introdução de Samba de uma Nota Só.
Quando a homenagem é sem papagaiada eu acho legal.
Prá mim, show 5 estrelas!!
Pela vibe das novas músicas me parece que o Coldplay está(infelizmente)se distanciando da melancolia do A Rush of Blood to the Head, um disco deliciosamente soturno.
Pop de altíssima qualidade! Banda super competente! Pra mim foi o melhor show!
O melhor show do Rock In Rio , com todo o louvor. Opiniao não só minha, mas da grande maioria do publico que assistiu, nao só os fãs e inclusive a maioria dos críticos ferrenhos.O carisma e presença de palco do Chris sao algo incrivel, não é por acaso que a banda supera a marca de 10 milhoes de vendas em todos os seus albuns. O magnetismo dos caras pôde ser percebido na inclusão de oito músicas do novo album, que mesmo não lançado, nao impediu que os fãs fizessem coro de todas e o show nao perdesse o pique e houvesse um encaixe entre as novas experimentações e os hits clássicos. Memorável define o concerto, 5 estrelas unanimes. E quanto exagero pela citação de um trecho da música do Jorge Ben Jor, que se reduziu a apenas um vocalise, não achei nada forçada a homenagem. Foi até bem breve, quase despercebida.
Zé, também acho legal,simpático and so on.
Pelas minhas contas foram: Katy Perry (Magalenha),Stevie Wonder (Garota de Ipanema e trecho de " Você Abusou "),Shakira( Pais Tropical ),Metallica( trecho de " Samba de uma nota só" ),Coldplay(trecho de " Mas que nada" )além do dueto do Snow Patrol com Aydar.
E Pitty e Detonautas se juntaram a Capital Inicial,Ivete Sangalo e Claudia Leitte - está última, justiça seja feita,já cantava boa parte das músicas que cantou em shows anteriores.
Aumentou meia estrela ou eh impressao minha ? haha 0/ algo inédito no blog
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