Título: The Most Incredible Thing
Artista: Pet Shop Boys
Gravadora: Parlophone / EMI Music
Cotação: * * * 1/2
Nunca a trilha sonora de um balé soou tão contemporânea e flertou tanto com o universo da dance music. Proeza dos Pet Shop Boys. Chris Lowe e Neil Tennant são os autores da trilha sonora do balé The Most Incredible Thing, encenado pela companhia inglesa de dança do teatro Sadler’s Wells com base no homônimo conto do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805 - 1875). O duo inglês combina elementos de seu som pop dance com orquestrações típicas de trilhas de balé - no caso, orquestrações criadas pelo jovem músico alemão Sven Helbig e, no fim de 2010, gravadas na Polônia com a Wrocław Score Orchestra, sob a regência do maestro Dominic Wheler. O resultado é uma trilha interessante, diferente e, em alguns momentos, até grandiosa - como nos temas de The Grind (com direito a uma parte cantada) e The Challenge (com base que evoca de longe I Feel Love, sucesso do tempo das discotecas na voz de Donna Summer). A trilha alterna climas. Se Help me é balada conduzida ternamente por piano, The Competition remete até à vibração de uma rave com efeitos de gravação ao vivo. Destaque da trilha, Risk é talvez o tema que mais bem sintetize a maestria da mistura. Em sua parte inicial, Risk parece um tema convencional de balé até que, no meio, cai na batida do mundo dance sem perder a pegada orquestral. Justiça seja feita, a faixa é uma das mais bonitas do álbum duplo recém-lançado no Brasil pela EMI Music com a trilha sonora integral do espetáculo The Most Incredible Thing. O álbum reúne os 21 temas compostos pela dupla entre 2008 e 2010 para os três atos do homônimo espetáculo de dança idealizado pelo coreógrafo Javier de Frutos. Nem sempre a música funciona tão bem em disco (sobretudo a do segundo ato, dominada pelos 12 fragmentos da suíte The Clock). Contudo, do primeiro (Prologue) ao último (The Wedding) tema do balé, o CD duplo The Most Incredible Thing mostra que os Pet Shop Boys também sabem dançar conforme a (boa) música de teatro.
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Nunca a trilha sonora de um balé soou tão contemporânea e flertou tanto com o universo da dance music. Proeza dos Pet Shop Boys. Chris Lowe e Neil Tennant são os autores da trilha sonora do balé The Most Incredible Thing, encenado pela companhia inglesa de dança do teatro Sadler’s Wells com base no homônimo conto do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805 - 1875). O duo inglês combina elementos de seu som pop dance com orquestrações típicas de trilhas de balé - no caso, orquestrações criadas pelo jovem músico alemão Sven Helbig e, no fim de 2010, gravadas na Polônia com a Wrocław Score Orchestra, sob a regência do maestro Dominic Wheler. O resultado é uma trilha interessante, diferente e, em alguns momentos, até grandiosa - como nos temas de The Grind (com direito a uma parte cantada) e The Challenge (com base que evoca de longe I Feel Love, sucesso do tempo das discotecas na voz de Donna Summer). A trilha alterna climas. Se Help me é balada conduzida ternamente por piano, The Competition evoca até a vibração de uma rave com efeitos de gravação ao vivo. Destaque da trilha, Risk é talvez o tema que mais bem sintetize a maestria da mistura. Em sua parte inicial, Risk parece um tema convencional de balé até que, no meio, cai na batida do mundo dance sem perder a pegada orquestral. Justiça seja feita, a faixa é uma das mais bonitas do álbum duplo recém-lançado no Brasil pela EMI Music com a trilha sonora integral do espetáculo The Most Incredible Thing. O álbum reúne os 21 temas compostos pela dupla entre 2008 e 2010 para os três atos do homônimo espetáculo de dança idealizado pelo coreógrafo Javier de Frutos. Nem sempre a música funciona tão bem em disco (sobretudo a do segundo ato, dominada pelos 12 fragmentos da suíte The Clock). Contudo, do primeiro (Prologue) ao último (The Wedding) tema do balé, o CD duplo The Most Incredible Thing mostra que os Pet Shop Boys também sabem dançar conforme a (boa) música de teatro.
Ainda não escutei esta trilha sonora, mas certamente em algum momento no futuro próximo irei fazê-lo, apesar de não ser exatamente um fã ardoroso desta dupla. O Neil Tennnant parece um intelectual saído de algum filme 'cult', refinado e blasé, e este trabalho serve também para demonstrar o seu real apreço pela alta cultura.
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