Resenha de filme - Festival do Rio 2011 (Mostra Expectativa 2011)
Título: Funkytown (Canadá, 2011)
Direção: Daniel Roby
Roteiro: Steve Galluccio
Elenco: Patrick Huard, Justin Chatwin, Sarah Mutch, Paul Doucet, Raymond Bouchard, François LéTorneau e Romina D'Ugo
Cotação: * * * 1/2
Filme em cartaz no Rio de Janeiro (RJ) em cinco sessões do Festival do Rio 2011
Título do maior sucesso da banda norte-americana Lipps Inc, lançado em 1980, Funkytown é também o nome do filme que foca a aura de glamour e (posterior) decadência da disco music no Canadá entre 1976 e 1980. Em cartaz em cinco sessões do Festival do Rio 2011, no Rio de Janeiro (RJ), Funkytown reproduz a atmosfera de outro filme sobre os embalos de sábado à noite, Studio 54 (1998). Se Studio 54 narrava a história de personagens que gravitavam em torno da homônima e lendária discoteca de Manhattan (Nova York, EUA), Funkytown dirige seu foco para o Starlight, clube canadense que agrega egos que sugam ao máximo todo o aparente glamour da era das discotecas. Ao som de deliciosa trilha sonora que inclui hits como Daddy Cool (Boney M, 1976) e Don't Let me Be Misunderstood (Santa Esmeralda, 1977), além de inusitada versão em francês de I Love to Love (Tina Charles, 1976), os personagens se entrelaçam em trama que expõe todo o comércio de sexo, cocaína e sucesso na indústria do disco que fazia parte daquele universo. Há claras referências ao filme que cristalizou a era dos dancin' days, Saturday Night Fever (1977), sobretudo na cena em que o enrustido gay Tino (Justin Chatwin, com penteado e figurino à moda de Tony Manero, o célebre personagem de John Travolta) se joga na pista do Starlight. À medida em que se aproxima o fim do reinado da disco music, os personagens de Funkytown começam a buscar outros caminhos, não necessariamente fora da trilha da decadência. Enfim, por mais que deixe a impressão de apresentar uma história já contada, o filme envolve o espectador pelo roteiro ágil (apesar de seus 133 minutos) - com direito a uma crítica sobre a soberania da disco music nas paradas mundiais da segunda metade dos anos 70 - e por expor na tela uma música ainda sedutora e uma cena efervescente que, com o passar do tempo, adquiriu aura mitológica no universo pop.
Título do maior sucesso da banda norte-americana Lipps Inc, lançado em 1980, Funkytown é também o nome do filme que foca a aura de glamour e (posterior) decadência da disco music no Canadá entre 1976 e 1980. Em cartaz em cinco sessões do Festival do Rio 2011, no Rio de Janeiro (RJ), Funkytown reproduz a atmosfera de outro filme sobre os embalos de sábado à noite, Studio 54 (1998). Se Studio 54 narrava a história de personagens que gravitavam em torno da homônima e lendária discoteca de Manhattan (Nova York, EUA), Funkytown dirige seu foco para o Starlight, clube canadense que agrega egos que sugam ao máximo todo o aparente glamour da era das discotecas. Ao som de deliciosa trilha sonora que inclui hits como Daddy Cool (Boney M, 1976) e Don't Let me Be Misunderstood (Santa Esmeralda, 1977), além de inusitada versão em francês de I Love to Love (Tina Charles, 1986), os personagens se entrelaçam em trama que expõe todo o comércio de sexo, cocaína e sucesso na indústria do disco que fazia parte daquele universo. Há claras referências ao filme que cristalizou a era dos dancin' days, Saturday Night Fever (1977), sobretudo na cena em que o enrustido gay Tino (Justin Chatwin, com penteado e figurino à moda de Tony Manero, o célebre personagem de John Travolta) se joga na pista do Starlight. À medida em que se aproxima o fim do reinado da disco music, os personagens de Funkytown começam a buscar outros caminhos, não necessariamente fora da trilha da decadência. Enfim, por mais que deixe a impressão de apresentar uma história já contada, o filme envolve o espectador pelo roteiro ágil (apesar de seus 133 minutos) - com direito a uma crítica sobre a soberania da disco music nas paradas mundiais da segunda metade dos anos 70 - e por expor na tela uma música ainda sedutora e uma cena efervescente que, com o passar do tempo, adquiriu aura mitológica no universo pop.
ResponderExcluirPela temática, música e ficha técnica deve ser bem interessante, o cinema canadense sempre reserva boas surpresas. Do diretor, Daniel Roby, só me lembro de um filme, "Carne Branca", um mix de terror e suspense sobre vampirismo, interessante, mas nunca mais ouvi falar dele. E o Steve Galluccio é um prestigiado dramaturgo no Canadá. Tomara que entre em circuito, fiquei curioso.
ResponderExcluirA maior parte da música disco é lixo puro, a disco sobrevive é da parte menor que, aí concordo, é demais mesmo, está entre o que de melhor se produziu no pop mundial
ResponderExcluirEu poderia facilmente listar umas 200 músicas da Era Disco que eu gosto muito. Sou muito fã, inclusive a tão falada cafonice das roupas não deve ser tão cafona assim, pois volta e meia esta moda é revisitada. Já nomes como Donna Summer, Gloria Gaynor, Barry White, Chic e Earth Wind & Fire nunca saíram de moda. O grande diferencial dos clássicos da Disco é que eles tinham um forte pé na música negra americana (soul/funk/rhythm'n'blues).
ResponderExcluirObrigado pela dica. Um filmaço!
ResponderExcluirDiscordo totalmente do Luca.
ResponderExcluirEu diria que 20% das músicas disco eram médias, mas dentro do estilo.
Quando comparadas a outros estilos pop ou rock pareciam sinfonias.
A disco music era na sua essência jazzistica e clássica devido às harmonias dissonantes e arranjos elaborados de cordas.
Os hits batidos e massificados eram mais disco-pop.
Essa elegância e elaboração orquestrada do estilo atraiu artistas como Paul Mauriat e Frank Sinatra.
Outra coisa: A mídia quer vender uma imagem que a disco music sucumbiu no final de 1979 ou 1980, justificando Disco Demolition para isso.
Total mentira"
O que aconteceu foi que a repercussão do filme Embalos de Sábado a Noite começou a diminiur com o tempo, mas as discotecas continuavam fevilhando mesmo em 1980 e 1981, anos em que a moda da disco roller dominou, ou seja, dançar sobre patins.
A disco deixou de ser sinfônica e passou a ter mais teclados, o que fez o público e mídia ignorante achar que a disco tinha acabado.
Querem vender a idéia que o new wave apareceu em 1979. Pode ser, mas se tornou conhecido como tal só no final de 1983, ficando under-ground até então.
Alguém conseguiria dizer 20 new waves ou rocks que tocavam no rádio entre 1980 e 1983? Não.
Os temas de novela continuavam a ter disco music em suas trilhas.
O fim do reinado mesmo só ocorrreu em 1983 quando a música Footloose substituiu Thriller no primeiro lugar.