Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Guiado por Profeta, Renegado busca sons do mundo com rap positivista

Resenha de CD
Título: Minha Tribo É o Mundo
Artista: Flávio Renegado
Gravadora: Sem indicação
Cotação: * * * 1/2

Rapper oriundo das Geraes, o mineiro Flávio Renegado faz som que não cabe nas fronteiras de Belo Horizonte (MG), sua cidade natal. Já no título de seu primeiro CD, Do Oiapoque a Nova York (2008), o artista sinalizou que busca os sons universais. Busca desenvolvida em seu segundo álbum e explicitada no título Minha Tribo É o Mundo. Guiado por Plínio Profeta, produtor de nove das 11 faixas do álbum viabilizado pelo projeto Natura Musical, Renegado persegue a música do mundo a partir do rap. A música-título, Minha Tribo É o Mundo (Flávio Renegado), abre o disco com sons tribais que evocam a mãe África, cuja batida percussiva é reverenciada na trama de sintetizadores que envolve Zica (Flávio Renegado). Sai Fora (Flávio Renegado) prega discurso humanista ao pisar no quintal do samba, repisado cinco faixas depois em A Massa Quer Dançar (Flávio Renegado e Gustavo Maguá), tema gravado com o violão de sete cordas e o cavaco pilotados por Edu Krieger. Qual É o Nome Dela? (Flávio Renegado) mixa rap com r & b à moda urbana para falar de desencontros românticos nas baladas. Faixa mais envolvente do disco, por conta da pegada poderosa do refrão, Suave (Flávio Renegado) é exemplo do discurso positivista e pacificador repetido por Renegado neste disco que joga o rap na praia do reggae em Pontos Cardeais (Flávio Renegado) e em Evoluídos Pensamentos (Flávio Renegado). Na ânsia de transitar por babel de ritmos globalizados, Minha Tribo É o Mundo por vezes se ressente de um foco mais nítido. Contudo, o álbum resulta vigoroso e coeso. Ao terminar, com a singela balada Tempo Bom (Flávio Renegado), Minha Tribo É o Mundo deixa impressões e energias positivas, desconstruindo a face marrenta do rap. Sua tribo é a do bem.

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Rapper oriundo das Geraes, o mineiro Flávio Renegado faz som que não cabe nas fronteiras de Belo Horizonte (MG), sua cidade natal. Já no título de seu primeiro CD, Do Oiapoque a Nova York (2008), o artista sinalizou que busca os sons universais. Busca desenvolvida em seu segundo álbum e explicitada no título Minha Tribo É o Mundo. Guiado por Plínio Profeta, produtor de nove das 11 faixas do álbum viabilizado pelo projeto Natura Musical, Renegado persegue a música do mundo a partir do rap. A música-título, Minha Tribo É o Mundo (Flávio Renegado), abre o disco com sons tribais que evocam a mãe África, cuja batida percussiva é reverenciada na trama de sintetizadores que envolve Zica (Flávio Renegado). Sai Fora (Flávio Renegado) prega discurso humanista ao pisar no quintal do samba, repisado cinco faixas depois em A Massa Quer Dançar (Flávio Renegado e Gustavo Mágua), tema gravado com o violão de sete cordas e o cavaco pilotados por Edu Krieger. Qual É o Nome Dela? (Flávio Renegado) mixa rap com r & b à moda urbana para falar de desencontros românticos nas baladas. Faixa mais envolvente do disco, por conta da pegada poderosa do refrão, Suave (Flávio Renegado) é exemplo do discurso positivista e pacificador repetido por Renegado neste disco que joga o rap na praia do reggae em Pontos Cardeais (Flávio Renegado) e em Evoluídos Pensamentos (Flávio Renegado). Na ânsia de transitar por babel de ritmos globalizados, Minha Tribo É o Mundo por vezes se ressente de um foco mais nítido. Contudo, o álbum resulta vigoroso e coeso. Ao terminar, com a singela balada Tempo Bom (Flávio Renegado), Minha Tribo É o Mundo deixa impressões e energias positivas, desconstruindo a face marrenta do rap. Sua tribo é a do bem.

Luca disse...

o conceito não podia ser mais batido, o que não quer dizer que não seja bom

guima disse...

Mauro, conheço Renegado e seu som, além de sua tribo. Maria Alcina sempre faz participações em seus shows qdo pinta pelas montanhas mineiras. Parabéns pela resenha, é isso mesmo, fechou bem qdo ressalta que "Renê" é do bem. No Mais um dos seus parceiros chama-se Gustavo Maguá e não " Mágua". Abs,

Mauro Ferreira disse...

Grato, Guima. Já consertei o nome do Maguá. Abs, MauroF

Cris Carriconde disse...

Não conheço o trabalho mas não resisto dizer que a capa lembra o da Marisa Monte. Não é uma crítica. Gostei da dela mas também não acho nada demais.