Mauro Ferreira no G1

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Questão editorial inviabiliza a reedição de '...Maravilhosa', de Wanderléa

Álbum de 1972 com o qual Wanderléa tentou se desvincular do cancioneiro pueril da Jovem Guarda, ... Maravilhosa não vai mais ser reeditado pela gravadora Joia Moderna. Questões editoriais inviabilizaram a reedição, que já tinha até ido para a fábrica e tinha lançamento previsto para o fim de novembro de 2011. Detentora dos fonogramas do álbum original, a gravadora Universal Music não autorizou o projeto gráfico idealizado pelo DJ Zé Pedro, dono da Joia Moderna. A ideia era turbinar o encarte com fotos inéditas do show ...Maravilhosa, embrião do disco. O jornalista Pedro Alexandre Sanches tinha escrito texto para a reedição, já abortada por Zé Pedro, desgostoso com a impossibilidade de concretizar o seu projeto original.

27 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Álbum de 1972 com o qual Wanderléa tentou se desvincular do cancioneiro pueril da Jovem Guarda, ... Maravilhosa não vai mais ser reeditado pela gravadora Joia Moderna. Questões editoriais inviabilizaram a reedição, que já tinha até ido para a fábrica e tinha lançamento previsto para o fim de novembro de 2011. Detentora dos fonogramas do álbum original, a gravadora Universal Music não autorizou o projeto gráfico idealizado pelo DJ Zé Pedro, dono da Joia Moderna. A ideia era turbinar o encarte com fotos inéditas do show ...Maravilhosa, embrião do disco. O jornalista Pedro Alexandre Sanches tinha escrito texto para a reedição, já abortada por Zé Pedro, desgostoso com a impossibilidade de concretizar o seu projeto original.

Bruno disse...

É isso aí! É a Universal prestando mais um desserviço à arte brasileira! Boa, pessoal! É assim que a gente bota o mercado (combalido) e o país (desmemoriado) para frente!

Bruno disse...

É isso aí! É a Universal prestando mais um desserviço à arte brasileira! Boa, pessoal! É assim que a gente bota o mercado (combalido) e o país (desmemoriado) para frente!

Alexandre Siqueira disse...

Porque será que não há o mínimo de comprometimento com a cultura? Porque será que só o que norteia os negócios é a questão comercial e financeira? Porque será que um profissional que se envolve com a manutenção de um riquíssimo passado musical como o brasileiro tem que ver seus sonhos e empreendimentos serem atropelados pela máquina capitalista e mesquinha da indústria fonográfica? Porque essa mesma indústria não aceita que relançamentos como esse nunca, jamais encheriam os bolsos de ninguém, mas com certeza contribuiriam para enriquecer nossa cultura musical? Porque autorizações como essa não podem ser dadas prontamente, sem atrasos, negociações, consultas jurídicas, brigas por direitos autorais, etc? Porque? Porque? Porque? Será que um dia veremos isso mudar no Brasil? Será que ainda dá pra sonhar, como Zé Pedro sonhou?

Douglas Carvalho disse...

Essas gravadoras grandes são PH...... Não fazem nada com os catálogos que possuem e ficam atrapalhando quem quer fazer alguma coisa.

Resultado: o disco vai continuar sendo baixado na internet de graça por quem quizer escutar.

Cláudio disse...

Uma pena!!!

Telmo disse...

Uma pena. Por que o disco certamente vai mofar nos arquivos da Universal como tantos outros. O ideal é uma lei que regulamente o acesso a tal acervo como parte integrante da cultura brasileira.

Tiago disse...

Acho que isso foi uma bola fora do Zé Pedro. O importante é que nós tivéssemos o disco pra escutar, pelo menos, tal qual foi feito. Entendo perfeitamente que ele queira apresentar um produto de luxo, diferenciado, mas daí cancelar por conta desse desacordo acho um grande vacilo. Ele poderia ser melhor negociador. Até imagino os motivos da Universal não terem autorizado isso: mede de processo do capista, por adulteração do produto original, como aconteceu com o Lobianco (e até hoje pagam por isso). Por outro lado, imagino que se o CD viesse com uma luva e um livrinho separado, o produto seria viável. Só que encareceria. Seja como for, Wanderlea Maravilhosa em formato digital não mais... uma pena mesmo.

lurian disse...

Entendo a idéia do Zé Pedro, que com as fotos haveria um diferencial no trabalho, mas fica a pergunta: o que seria mais importante: as fotos ou o som de Wanderléa?

Anônimo disse...

Lurian, para o público consumidor desse tipo de produto, a embalagem - fotos, capa, encarte - valem muito.
Reeditar um disco "pelado" é que não tem cabimento.
Se é só o som, vai num blog qualquer de MPB baixe e ouça.
Fácil.

lurian disse...

Zé Henrique, como milhares de pessoas o fazem eu já tenho em mp3... Mas o que ocorre é que nem na primeira versão haviam as tais imagens... então não haveria 'adulteração'. Eu gosto de discos com encartes, mas não deixaria de comprar por este motivo.

Rafael disse...

O que mais me chateia e me deixa indignado é que quando as grandes gravadoras resolvem lançar esses discos no formato digital, fazem lambança: não remasterizam o áudio devidamente, ou seja, das fitas originais do disco, não fazem um encarte decente, uma embalagem bonita e original, e geralmente os lançam em edições 2 discos em 1, o que eu acho totalmente abominável e execrável... Ou seja, lançam de qualquer forma, apenas para faturarem... Se fosse nos EUA, essas pendengas judiciais não aconteceriam... A grande maioria das gravadoras de lá são mais cuidadosas e caprichosas com os discos que eles (re)lançam em CD, dão mais valor aos artistas do passado do que as gravadoras nacionais dão para os artistas brasileiros... É só no Brasil que uma coisa dessa acontece... Agora ninguém poderá ter acesso ao áudio remasterizado do disco e do seu ineditismo em CD... Assim como o Telmo, acho que deveria se criar urgentemente uma lei onde as gravadoras não pudessem ter tanto controle dos discos lançados por eles, uma lei que regulamente o acesso a tal acervo como parte integrante da cultura brasileira. Só espero que atitudes como essa não se tornem rotineiras dentro da gravadora Jóia Moderna.

Rafael disse...

Uma coisa que tem me deixado desgostoso com o Zé Pedro e o produtor da gravadora Thiago Marques Luiz, é essa política deles (ao meu ver errada), de insistirem em lançarem somente 1.000 cópias de cada disco lançado pela gravadora. Acho que deveriam lançar ao menos 5.000 discos de cada artista que eles colocam no mercado. 1.000 cópias é muito pouca coisa... Há público interessado em comprar material das cantoras que eles lançam. Está sendo uma tortura encontrar e na maioria dos casos nem se encontram esses discos em lojas ou em grandes magazines, como Americanas, Submarino, etc. Ou seja, é um projeto maravilhoso que o Zé Pedro está desenvolvendo, porém muito mal estruturado. Dias atrás conversava com um amigo meu, um grande colecionador de discos, justamente sobre isso, sobre essa política de vendas da Jóia Moderna, em insistir em querer vender somente 1.000 cópias de cada disco... Muita gente compra rapidinho essas 1.000 cópias e milhares de pessoas após essas 1.000, ficam sem poder comprar o disco. Deveria mudar a forma de vender os discos deles. Ou já que insistem em quererem continuar fabricando somente 1.000 cópias de cada disco, por quê então não vendem o mp3 desses discos deles em sites internacionais famosos como o Itunes, Amazon, CD Baby, Fair Share Music, entre tantos outros que existem? Assim milhares de brasileiros que moram fora e até estrangeiros que adoram música brasileira teriam a oportunidade de ao menos comprar os discos em áudio remasterizado e os lançamentos das gravadoras no formato de mp3, já que apenas são 1.000 cópias fabricadas de cada disco. Espero que o Mauro publique esse meu comentário, pois em nenhum momento ele é agressivo ou ofensivo ao Zé Pedro ou ao Thiago Marques. É apenas uma opinião minha da política como eles vendem seus discos, que ao meu ver, ressalvo que é totalmente equivocada.

Rafael disse...

Respondendo o questionamento que o Alexandre Siqueira fez: "Será que ainda dá pra sonhar, como Zé Pedro sonhou?". Eu penso que não, as coisas só val de mal a pior, ainda mais no quesito "música". Acho que como bem Lulu Santos resumiu em sua música, talvez Zé Pedro seja o "último romântico", em meio a tantos brutamontes da indústria fonográfica. Lamentavelmente, acho que essa seja a única verdade, até então.

Rafael disse...

Só espero que essa atitude mesquinha e pequena da Universal Music não sirva de mola motor para que o Zé Pedro desista de lançar outros tantos discos antigos e belos ainda inéditos no formato digital.

Tiago disse...

Fico impressionado com a "ingenuidade" das pessoas. Olha só, temos que cair na real e encarar mesmo: vivemos no Brasil e a nossa lei de direitos autorais dá brecha aos maiores absurdos. Portanto, somos obrigados a ver o lado da indústria - ou o que resta dela - e não só nosso lado consumidor/fã.
O Zé Henrique falou em "reeditar um disco pelado". Bem, ele saiu assim em 1972 e pra mim o importante é que ele saia como saiu originalmente, já está de ótimo tamanho. O que vier a mais é lucro sim, inclusive as letras.
Disse antes e vou repetir: tivesse o ZP feito essa arte numa luva ele não teria esses problemas, só seria um produto mais caro.
Agora não vou deixar de dizer que quase caí da cadeira quando li esse comentário dele fazer "SÓ mil cópias" de cada CD. Vamos aceitar outra realidade: CD não vende mais; é um produto de luxo sim, quem compra são POUCOS. Se vender SÓ mil cópias está difícil, imagina 5 mil. Outra: CD é pela internet. Lojas físicas, as que restam, só vendem produtos populares, o que os da Joia não são mesmo. Mais: Americanas é quem compra o que quer, o ZP poderia até oferecer, mas duvido muito que comprassem.

Roberto de Brito disse...

Também acho que o mais importante é que os cds saiam como eram os discos originalmente. O que circula pela internet é digitalizado do vinil, ou seja, o som tem baixa qualidade!

Anônimo disse...

Eu que não compro um disco pelado, mesmo que seja remasterizado.
Espero cair na interner e baixo, ora.
Reedições, penso eu, têm de ser caprichadas.

Rafael disse...

Renato: não deixo de tirar a sua razão quando você diz que a Americanas está uma péssima looja para se comprar discos... Quando você vai a loja deles, só consegue encontrar CD's de cantores sertanejos ou de axé, ou seja, nem perco meu tempo em entrar em uma loja deles... Mas o mesmo não acontece na loja virtual deles, eles costumam ter um catálogo mais diferenciado, e foi isso que na realidade eu quis dizer: o Zé Pedro deveria vender discos nessas famosas lojas virtuais, e eu não me refiro somente a Americanas, e sim as demais, como Submarino, etc. A loja física da Americanas não estaria mesmo interessada nos discos que ele lança, mas penso que talvez a loja virtual se interessasse sim, pois sempre vejo por lá discos da Dalva de Olivera, e de tantos outros cantores antigos (ou não), que não são populares a venda. Acho que o quesito de não se fazerem mais do que 1.000 cópias porque acham que não vendem é relativa. Acho que o problema deva ser mesmo de má distribuição deles. Abraço.

Rafael disse...

Tiago,

Não é questão de ingenuidade, é questão mesmo de má distribuição da gravadora e dos seus comandantes. Realmente CD não vende mais mesmo tanto quanto antes, mas os fins não justificam os meios. Não é porque encontrar um CD para download na net seja fácil ultimamente, mas em nada vou deixar de comprar um CD original, e deixar de ususfruir da capa, do encarte bem produzido, etc. Um CD original vale muito mais do que um disco em mp3, ao menos para mim e para outras poucas pessoas... Desde que também esteja num limite de preço aceitável, porque também acho o fim da picada um único CD ser vendido a 30 reais... E há um público significativo anda que compra CD's originais sim, não é um grupo imenso, mas é significativo, tanto que esse grupo ultimamente compra até LP's também, tanto que os mesmo voltaram a ser fabricados, ainda que numa escala menor... E a Jóia Moderna não vende somente CD's antigos com áudio remasterizado, vendem lançamentos também, o que eu creio que venderia de forma mais fácil o seu leque de variedades de discos... Mas como bem ressaltou o reanto, acho que o grande problema deles mesmo é a má distribuição, que está péssima por sinal.

KL disse...

eu quero esse disco PELADO, só a capa e a contracapa originais, sem mexer em nada e - por favor - com o selinho da Polydor, nada de Universal e o caraglio a quatro.
Quero Wanderleia peladona, superstar, um bilhão a zero em qualquer "cantora" de nhenhenhém atual de pose blasé e nada no cérebro.

Zé Pedro, ligue-se: queremos essa mulher PE-LA-DA.

Rafael disse...
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Rafael disse...

Já que a Universal Music não autorizou a Jóia Moderna a turbinar o encarte com fotos do show da Wanderléa, e o Zé Pedro desistiu de lançar esse disco, por quê a mesma não se predispõe então a lançar o disco em CD, em áudio remasterizado? Duvido que isso um dia aconteça, infelizmente...

Cláudio disse...

Zé Pedro teve a melhor das intenções mas PISOU NA BOLA. Todo mundo tá careca de saber que as gravadoras morrem de medo de processo. Sabem que até a mudança na tonalidade das cores da capa original podem gerar processo, então...
ZP não é ingênuo e sabe disso que citei acima muito melhor que qualquer um dos que postaram aqui.

Será que não dava pra Zé voltar atrás e lançar o disco PELADÃO? Capa e contracapa do LP, selo do vinil no rótulo do CD e som remasterizado. Se desse, colocaria as letras das músicas. Ia vender as 1.000 cópias num piscar de olhos. Pensa nisso, Zé. Tá cheio de gente querendo este disco.

[ ]'s pra todos

KL disse...

Rafael,

Obrigado pelo elogio ao blog e peço desculpas, mais uma vez, a você por ainda não ter incluído as suas colaborações. Como são cds mais recentes, quero colocar tudo lá com calma e critério.
Em breve, quando estiverem postadas, irei creditar e agradecer a você em cada post, ok?

Abraço!
P.S.: e, mais uma vez, Zé Pedro, reconsidere a decisão, pois queremos Wanderleia/Maravilhosa PELADA!

Unknown disse...

Essa capa é sensacional! Eu não conhecia esse disco.

KL disse...
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