Projeto antigo de Zeca Baleiro, a reedição em CD de Sinceramente - o terceiro e último álbum do cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 - 1994) - chega enfim ao mercado fonográfico neste mês de novembro de 2011 em tiragem de mil cópias produzida pelo selo de Baleiro, Saravá Discos. Título de cotação bastante alta na bolsa de discos, pela sua raridade, Sinceramente foi gravado e lançado por Sampaio em 1982, quando ele já amarga injusto ostracismo após ter lançado dois álbuns, Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (1973) e Tem que Acontecer (1976), dignos de figurar em qualquer antologia da MPB dos anos 70. Disco produzido pelo próprio Sérgio Sampaio, Sinceramente alinha onze temas autorais compostos solitariamente pelo artista (com exceção de Cabra Cega, parceria com Sérgio Natureza). Em Doce Melodia, o cantor recebe Luiz Melodia, único convidado do álbum. Em Homem de Trinta, música que abre o repertório de Sinceramente, Sampaio faz inventário existencial, alardeando com orgulho o fato de estar levando uma vida sã. Infelizmente, o lançamento independente de Sinceramente não tirou o artista do ostracismo. Luiz Calanca - dono do selo paulista Baratos Afins, fundamental na cena indie dos anos 80 - chegou a custear a gravação de demo de voz e violão de Sampaio, mas o cantor não conseguiria botar novamente um disco na rua. Morreu em 1994 sem conseguir lançar seu sonhado quarto álbum, Cruel, finalizado e lançado em 2006 por Baleiro para seu selo Saravá Discos, por onde, decorridos cinco anos, Sinceramente ganha enfim sua primeira e merecida reedição em CD com a capa original e encarte com as 11 letras.
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5 comentários:
Projeto antigo de Zeca Baleiro, a reedição em CD de Sinceramente - o terceiro e último álbum do cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 - 1994) - chega enfim ao mercado fonográfico neste mês de novembro de 2011 em tiragem de mil cópias produzida pelo selo de Baleiro, Saravá Discos. Título de cotação bastante alta na bolsa de discos, pela sua raridade, Sinceramente foi gravado e lançado por Sampaio em 1982, quando ele já amarga injusto ostracismo após ter lançado dois álbuns, Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (1973) e Tem que Acontecer (1976), dignos de figurar em qualquer antologia da MPB dos anos 70. Disco produzido pelo próprio Sérgio Sampaio, Sinceramente alinha onze temas autorais compostos solitariamente pelo artista (com exceção de Cabra Cega, parceria com Sérgio Natureza). Em Doce Melodia, o cantor recebe Luiz Melodia, único convidado do álbum. Em Homem de Trinta, música que abre o repertório de Sinceramente, Sampaio faz inventário existencial, alardeando com orgulho o fato de estar levando uma vida sã. Infelizmente, o lançamento independente de Sinceramente não tirou o artista do ostracismo. Luiz Calanca - dono do selo paulista Baratos Afins, fundamental na cena indie dos anos 80 - chegou a custear a gravação de demo de voz e violão de Sampaio, mas o cantor não conseguiria botar novamente um disco na rua. Morreu em 1994 sem conseguir lançar seu sonhado quarto álbum, Cruel, finalizado e lançado em 2006 por Baleiro para seu selo Saravá Discos, por onde, decorridos cinco anos, Sinceramente ganha enfim sua primeira e merecida reedição em CD com a capa original e encarte com as 11 letras.
Brilhante iniciativa,
vou querer o meu.
Já tinha na internet, de graça
enfim, ZB fez alguma coisa de bom.
Zeca Baleiro só faz coisa boa!
Seu selo, SAVARÁ é um primor com lançamentos de qualidade ,como poucos.
Já havia lançado CRUEL e obras como Ode Remota para Flauta e Oboé, onde estão musicados os poemas de Hilda Hilst. Antonio Vieira, com O Samba é Bom, Felipe Mukenga, recentemente o CD de Chico Lobo. Todos são lançamentos de valor, tratados por quem conhece e valoriza nossa boa musica e seus grandes compositores, nem sempre reconhecidos.
Izabel
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