Título: Caubeatles
Artista: Cauby Peixoto
Gravadora: Lua Music
Cotação: * *
Segundo título da caixa O Mito - 60 Anos de Música, que embala três álbuns inéditos de Cauby Peixoto, Caubeatles é o mais inusitado CD da trilogia. O cantor sempre incursionou por repertório estrangeiro, mas nunca havia se aventurado especialmente pelo repertório dos Beatles a ponto de dedicar um disco aos sucessos do grupo inglês - como faz agora, aos 80 anos, neste trabalho produzido por Thiago Marques Luiz para a Lua Music. A (acertada) opção foi pelo cancioneiro mais romântico dos Fab Faour. Tivesse sido gravado até há 20 anos, Caubeatles possivelmente resultaria antológico. Mas o fato que o álbum ora lançado está aquém da discografia da Cauby, inclusive da mais recente. Reverentes às orquestrações emblemáticas dos registros originais, os arranjos de Caubeatles evidenciam os limites estéticos da produção. Sem brilho, a parte instrumental contribui para esmaecer a incursão do cantor por músicas como And I Love Her (John Lennon e Paul McCartney) e All My Loving (John Lennon e Paul McCartney). Orquestradas pelo pianista Daniel Bondaczuk, as cordas que adornam The Long and Winding Road (John Lennon e Paul McCartney), My Love (Paul McCartney) e Imagine (John Lennon) pulsam fracas nas faixas. Michelle (John Lennon e Paul McCartney) resulta ligeiramente mais sedutora pelo fato de o toque do acordeom de Guilherme Ribeiro remeter ao universo da canção francesa em sintonia com os versos da melodiosa balada. Sem oferecer sequer uma interpretação à altura de seu histórico como cantor, Cauby tenta esboçar alguma dramaticidade em Help (John Lennon e Paul McCartney) e canta Till There Was You (M. Wilson) no original em inglês e na versão em português de Ronaldo Bastos, popularizada no Brasil na voz de Beto Guedes. Enfim, Caubeatles soa meramente curioso por apresentar baladas como Here, There and Everywhere (John Lennon e Paul McCartney) e Yesterday (John Lennon e Paul McCartney) na voz de um intérprete que foi referência de canto masculino na música brasileira. Fica a sensação de que o disco já foi feito tarde demais.
4 comentários:
Segundo título da caixa O Mito - 60 Anos de Música, que embala três álbuns inéditos de Cauby Peixoto, Caubeatles é o mais inusitado CD da trilogia. O cantor sempre incursionou por repertório estrangeiro, mas nunca havia se aventurado especialmente pelo repertório dos Beatles a ponto de dedicar um disco aos sucessos do grupo inglês - como faz agora, aos 80 anos, neste trabalho produzido por Thiago Marques Luiz para a Lua Music. A (acertada) opção foi pelo cancioneiro mais romântico dos Fab Faour. Tivesse sido gravado até há 20 anos, Caubeatles possivelmente resultaria antológico. Mas o fato que o álbum ora lançado está aquém da discografia da Cauby, inclusive da mais recente. Reverentes às orquestrações emblemáticas dos registros originais, os arranjos de Caubeatles evidenciam os limites estéticos da produção. Sem brilho, a parte instrumental contribui para esmaecer a incursão do cantor por músicas como And I Love Her (John Lennon e Paul McCartney) e All My Loving (John Lennon e Paul McCartney). Orquestradas pelo pianista Daniel Bondaczuk, as cordas que adornam The Long and Winding Road (John Lennon e Paul McCartney), My Love (Paul McCartney) e Imagine (John Lennon) pulsam fracas nas faixas. Michelle (John Lennon e Paul McCartney) resulta ligeiramente mais sedutora pelo fato de o toque do acordeom de Guilherme Ribeiro remeter ao universo da canção francesa em sintonia com os versos da melodiosa balada. Sem oferecer sequer uma interpretação à altura de seu histórico como cantor, Cauby tenta esboçar alguma dramaticidade em Help (John Lennon e Paul McCartney) e canta Till There Was You (M. Wilson) no original em inglês e na versão em português de Ronaldo Bastos, popularizada no Brasil na voz de Beto Guedes. Enfim, Caubeatles soa meramente curioso por apresentar baladas como Here, There and Everywhere (John Lennon e Paul McCartney) e Yesterday (John Lennon e Paul McCartney) na voz de um intérprete que foi referência de canto masculino na música brasileira. Fica a sensação de que o disco já foi feito tarde demais.
Cauby já tá acima do bem e do mal. Pode gravar o que quiser, como quiser, que a gente aplaude
QUE CAUBY ESTÁ ACIMA DO BEM E DO MAL, NINGUEM DISCUTE. MAS ESSE CD NÃO ACRESCENTA NADA EM SUA DISCOGRAFIA.É A MINHA OPINIÃO.
Como o povo é tendencioso mesmo... Puros maria-vai-com-as-outras! O crítico não gosta do disco e vem uma corriola falando mal porque o crítico falou negativamente também. Não concordo com a afirmação do sr. Mauro Ferreira de que se o disco fossse feito há 20 anos, teria sido antológico. Isso é papo de crítico brasileiro. Um disco para ser bom não precisa ser antigo, isso pouco importa... O que importa é a qualidade do mesmo. "Caubeatles" não é o disco mais memorável de Cauby justamente pela parte instrumental, mas também não é um mau disco. É bom, mas não excelente. Porém isso não é culpa do cantor, e sim do produtor e dos músicos contratados. Que contratassem músicos à altura e quilate do cantor. Daí vem o Mauro dizer que a culpa é do cantor... Oras, façam-me o favor!
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