Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Macalé volta para curtir com músicas próprias e alheias no versátil 'Jards'

Resenha de CD
Título: Jards
Artista: Jards Macalé
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Revendo amigos novos e antigos, Jards Macalé volta pra curtir com músicas próprias e alheias em Jards, álbum originado da ideia de documentar todas as fases de produção e gravação de um CD para DVD que vai ser futuramente editado pela gravadora Biscoito Fino em parceria com o Canal Brasil. Sob a direção musical de Cristóvão Bastos, cujo piano desenha a moldura camerística que envolve Dona do Castelo (Jards Macalé e Waly Salomão), Macalé apresenta um de seus discos mais versáteis. Em Jards, o inquieto artista é capaz de imitar os cantos de Louis Armstrong (1901 - 1971) e Sarah Vaughan (1924 - 1990) em Black and Blue (Andy Razaf, Fatz Walter e George Brooks) com a mesma maestria com que cai no samba em Juízo Final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares) na cadência da caixa de fósforos de Elton Medeiros, convidado da faixa. O samba também invade a praia do reggae em Negra Melodia (Jards Macalé e Waly Salomão) em arranjo tocado por músicos como Kassin (baixo), Pedro Sá (guitarra) e Domenico Lancellotti (bateria). Macalé dueta com Luiz Melodia na faixa. Mal Secreto (Jards Macalé e Waly Salomão) ganha o peso roqueiro da guitarra de Frejat - que também canta a música - em releitura que resvala por breves momentos no recorrente samba. Entre a poesia de Unicórnio (Silvio Rodriguez) e a pegada nordestina de Revendo Amigos (Jards Macalé e Waly Salomão), acentuada pela flauta de pífano de Dirceu Leite e pela zabumba e triângulo pilotados por Chacal, Jards adensa Hotel das Estrelas (Jards Macalé e Duda - com a voz de Thaís Gulin) e Só Morto / Burning Night (Jards Macalé e Duda) enquanto Movimento dos Barcos (Jards Macalé e Capinam) navega no balanço de outro mar. No fim, Mulheres -  parceria bissexta do compositor com Zé Ramalho - repõe o violão de Macalé em primeiro plano neste disco que dribla a redundância do repertório pela forma renovada com que revisita os clássicos da morbeza romântica. Jards é - mais um - bendito álbum de Macalé.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Revendo amigos novos e antigos, Jards Macalé volta pra curtir com músicas próprias e alheias em Jards, álbum originado da ideia de documentar todas as fases de produção e gravação de um CD para DVD que vai ser futuramente editado pela gravadora Biscoito Fino em parceria com o Canal Brasil. Sob a direção musical de Cristóvão Bastos, cujo piano desenha a moldura camerística que envolve Dona do Castelo (Jards Macalé e Waly Salomão), Macalé apresenta um de seus discos mais versáteis. Em Jards, o inquieto artista é capaz de imitar os cantos de Louis Armstrong (1901 - 1971) e Sarah Vaughan (1924 - 1990) em Black and Blue (Andy Razaf, Fatz Walter e George Brooks) com a mesma maestria com que cai no samba em Juízo Final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares) na cadência da caixa de fósforos de Elton Medeiros, convidado da faixa. O samba também invade a praia do reggae em Negra Melodia (Jards Macalé e Waly Salomão) em arranjo tocado por músicos como Kassin (baixo), Pedro Sá (guitarra) e Domenico Lancellotti (bateria). Macalé dueta com Luiz Melodia na faixa. Mal Secreto (Jards Macalé e Waly Salomão) ganha o peso roqueiro da guitarra de Frejat - que também canta a música - em releitura que resvala por breves momentos no recorrente samba. Entre a poesia de Unicórnio (Silvio Rodriguez) e a pegada nordestina de Revendo Amigos (Jards Macalé e Waly Salomão), acentuada pela flauta de pífano de Dirceu Leite e pela zabumba e triângulo pilotados por Chacal, Jards adensa Hotel das Estrelas (Jards Macalé e Duda - com a voz de Thaís Gulin) e Só Morto / Burning Night (Jards Macalé e Duda) enquanto Movimento dos Barcos (Jards Macalé e Capinam) navega no balanço de outro mar. No fim, Mulheres - parceria bissexta do compositor com Zé Ramalho - repõe o violão de Macalé em primeiro plano neste disco que dribla a redundância do repertório pela forma renovada com que revisita os clássicos da morbeza romântica. Jards é - mais um - bendito álbum de Macalé.

KL disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raphael Vidigal disse...

Genial Macao!!