Título: Galanga, Chico Rei!
Texto e música: Paulo César Pinheiro
Direção: João das Neves
Direção musical: Titane
Elenco: Maurício Tizumba, Alyssom Salvador, Bia Nogueira, Denilson Tourinho, Evandro Passos, Everton Coroné, Felipe Gomes, Kátia Aracelle, Lucas Costa, Maíra Baldaia,
Rodrigo Jerônimo e Wellison Pimenta
Cotação: * * 1/2
Espetáculo em cartaz no Teatro do Jockey, no Rio de Janeiro (RJ), até 18 de dezembro de 2011, de sexta-feira a domingo, com sessões às 16h (sábado e domingo) e às 21h
Festejado em 2006 por sua incursão teatral como autor do texto e da música de Besouro Cordão de Ouro, espetáculo sobre lendário capoeirista baiano, o compositor Paulo César Pinheiro está de volta à cena carioca como dramaturgo. É de Pinheiro o texto de Galanga, Chico Rei! - musical em cartaz no Teatro do Jockey, no Rio de Janeiro (RJ), até 18 de dezembro de 2011. Acontece que o texto - narrado pelo protagonista Maurício Tizumba em tom às vezes jocoso demais - é justamente o ponto fraco do espetáculo dirigido por João das Neves. Ao optar por narrar a saga do nobre africano exportado como escravo para o Brasil no século 18, Pinheiro diluiu a dramaturgia do musical. É sempre em tom narrativo que o público fica sabendo das peripécias de Chico Rei, que se vale de sua inteligência e sagacidade para comprar a liberdade em terras brasileiras e criar seu próprio reinado em Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais. Enfraquecido pela opção pela narrativa, o musical ganha força somente pelas onze músicas de Pinheiro que compõe o roteiro. Três - Congadeiro, Falange e Galanga, Chico Rei - foram feitas em parceria com o compositor mineiro Sergio Santos, já tendo sido registradas em disco. As demais são inéditas e debutam no espetáculo. São músicas de tom afro-brasileiro que transitam pelo universo rítmico do congado mineiro. Embaixada do Congo - o envolvente número de abertura - e Na Ginga de Congo se destacam na safra de inéditas, apresentadas sob apropriada direção musical de Titane. Mas é fato também que o elenco do musical não tem vozes à altura da obra criada por Pinheiro para o espetáculo.Tanto que os números cantados e coreografados coletivamente são os melhores de Galanga, Chico Rei! - musical que não justifica a expectativa gerada pelo êxito de Besouro Cordão de Ouro.
Um comentário:
Festejado em 2006 por sua incursão teatral como autor do texto e da música de Besouro Cordão de Ouro, espetáculo sobre lendário capoeirista baiano, o compositor Paulo César Pinheiro está de volta à cena carioca como dramaturgo. É de Pinheiro o texto de Galanga, Chico Rei! - musical em cartaz no Teatro do Jockey, no Rio de Janeiro (RJ), até 18 de dezembro de 2011. Acontece que o texto - narrado pelo protagonista Maurício Tizumba em tom às vezes jocoso demais - é justamente o ponto fraco do espetáculo dirigido por João das Neves. Ao optar por narrar a saga do nobre africano exportado como escravo para o Brasil no século 18, Pinheiro diluiu a dramaturgia do musical. É sempre em tom narrativo que o público fica sabendo das peripécias de Chico Rei, que se vale de sua inteligência e sagacidade para comprar a liberdade em terras brasileiras e criar seu próprio reinado em Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais. Enfraquecido pela opção pela narrativa, o musical ganha força somente pelas onze músicas de Pinheiro que compõe o roteiro. Três - Congadeiro, Falange e Galanga, Chico Rei - foram feitas em parceria com o compositor mineiro Sergio Santos, já tendo sido registradas em disco. As demais são inéditas e debutam no espetáculo. São músicas de tom afro-brasileiro que transitam pelo universo rítmico do congado mineiro. Embaixada do Congo - o envolvente número de abertura - e Na Ginga de Congo se destacam na safra de inéditas, apresentadas sob apropriada direção musical de Titane. Mas é fato também que o elenco do musical não tem vozes à altura da obra criada por Pinheiro para o espetáculo.Tanto que os números cantados e coreografados coletivamente são os melhores de Galanga, Chico Rei! - musical que não justifica a expectativa gerada pelo êxito de Besouro Cordão de Ouro.
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