Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Florence Welch azeita sua máquina épica no grandioso CD 'Ceremonials'

Resenha de CD
Título: Ceremonials
Artista: Florence + The Machine
Gravadora: Island Records / Universal Music
Cotação: * * * * 1/2

Embora ofuscada em escala global pela força emocional do canto de Adele, consagrada em 2011 com o álbum 21, a cantora e compositora britânica Florence Welch também chega endeusada ao fim deste ano por conta de Ceremonials, o segundo (excelente) álbum da banda Florence + The Machine. Ao gravar o sucessor do aclamado Lungs (2009), a artista azeitou ainda mais sua máquina épica. O resultado é um disco grandioso, algo sombrio, mas quase sempre envolvente. Shake It Out (cuja arquitetura é exemplo perfeito da magnitude que cerca cada detalhe de Ceremonials) é simplesmente uma das melhores músicas de 2011. A produção de Paul Epworth combina com maestria toques de música clássica - perceptíveis na moldura orquestral que envolve temas como Breaking Down, Never Let me Go e No Light, No Light - com uma aura pop que facilita a conexão do som complexo de Florence com o ouvinte mais mundano. Ao versar sobre temas sombrios em faixas como What The Water Gave me, música inspirada no afogamento intencional da escritora norte-american Virginia Wolf (1882 - 1941), Florece mergulha profundamente nas trevas da mente humana sem seguir a superficial cartilha pop gótica de nomes como o grupo Evanescence. Há intensidade e emoções reais numa música como Seven Devils. Ceremonials justifica a aura hype construída em torno de Florence Welch.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Embora ofuscada em escala global pela força emocional do canto de Adele, consagrada em 2011 com o álbum 21, a cantora e compositora britânica Florence Welch também chega endeusada ao fim deste ano por conta de Ceremonials, o segundo (excelente) álbum da banda Florence + The Machine. Ao gravar o sucessor do aclamado Lungs (2009), a artista azeitou ainda mais sua máquina épica. O resultado é um disco grandioso, algo sombrio, mas quase sempre envolvente. Shake It Out (cuja arquitetura é exemplo perfeito da magnitude que cerca cada detalhe de Ceremonials) é simplesmente uma das melhores músicas de 2011. A produção de Paul Epworth combina com maestria toques de música clássica - perceptíveis na moldura orquestral que envolve temas como Breaking Down, Never Let me Go e No Light, No Light - com uma aura pop que facilita a conexão do som complexo de Florence com o ouvinte mais mundano. Ao versar sobre temas sombrios em faixas como What The Water Gave me, música inspirada no afogamento intencional da escritora norte-american Virginia Wolf (1882 - 1941), Florece mergulha profundamente nas trevas da mente humana sem seguir a superficial cartilha pop gótica de nomes como o grupo Evanescence. Há intensidade e emoções reais numa música como Seven Devils. Ceremonials justifica a aura hype construída em torno de Florence Welch.

Daniel disse...

O álbum é realmente é uma obra-prima...Músicas como Shake It Out, No Light, No Light e All This And Heaven Too conseguiram ser ainda mais épicas e pop que as já excelentes Dog Days Are Over e You've Got The Love. As canções da Florence conseguem ter impacto e fazer sucesso sem serem previsíveis, com um uma produção impecável. Acho que a diferença entre grandes obras é justamente essa...acertar as massas sem que este seja o objetivo principal, e apenas uma consequência do trabalho bem feito.

aguiar_luc disse...

Ela é F******************a!!!!

Okara disse...

A gente até flutua quando ouve esse cd...