Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mouse conduz Black Keys por rota garageira no excelente CD 'El Camino'

Resenha de CD
Título: El Camino
Artista: The Black Keys
Gravadora: Nonesuch
Cotação: * * * * *

Sétimo álbum da dupla norte-americana The Black Keys, El Camino oferece 38 minutos e 25 segundos de diversão, distribuída entre onze faixas. Coube a Danger Mouse - produtor do disco, em função dividida com os integrantes do Black Keys, Dan Auerbach (voz e guitarra) e Patrick Carney (bateria) - conduzir o duo por rota retrô que direciona o ouvinte para um tempo em que o rock não se levava tão a sério, embora fosse feito com seriedade e espontaneidade juvenis. Lonely BoyDead and Gone já abrem El Camino  mostrando que o som do Black Keys reanima o espírito do bom e velho rock'n'roll. Aliás, Lonely Boy - o maior destaque do repertório autoral - pode bem ser a trilha sonora da vida de qualquer adolescente solitário decidido a não ser mais um na multidão. Se Little Black Submarines é folk que ganha peso roqueiro à medida que avança, em pegada clonada do som do Led Zeppelin, Gold on the Ceiling combina elementos de blues (na guitarra) e gospel (nos vocais grandiloquentes). A propósito, Money Maker reitera a dose farta de blues em que está embebido o rock do Black Keys. Com seu espírito de rock de garagem, El Camino reverencia o som dos anos 70, mas com uma clareza e um brilho que o torna o melhor álbum da dupla. E um dos melhores discos de 2011 - proeza que deve ser creditada tanto ao talento de Auerbach e Carney quanto à produção certeira de Danger Mouse, hábil ao fazer o duo crescer e aparecer no universo pop.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Sétimo álbum da dupla norte-americano The Black Keys, El Camino oferece 38 minutos e 25 segundos de diversão, distribuída entre onze faixas. Coube a Danger Mouse - produtor do disco, em função dividida com os integrantes do Black Keys, Dan Auerbach (voz e guitarra) e Patrick Carney (bateria) - conduzir o duo por rota retrô que direciona o ouvinte para um tempo em que o rock não se levava tão a sério, embora fosse feito com seriedade e espontaneidade juvenis. Lonely Boy e Dead and Gone já abrem El Camino mostrando que o som do Black Keys reanima o espírito do bom e velho rock'n'roll. Aliás, Lonely Boy - o maior destaque do repertório autoral - pode bem ser a trilha sonora da vida de qualquer adolescente solitário decidido a não ser mais um na multidão. Se Little Black Submarines é folk que ganha peso roqueiro à medida que avança, em pegada clonada do som do Led Zeppelin, Gold on the Ceiling combina elementos de blues (na guitarra) e gospel (nos vocais grandiloquentes). A propósito, Money Maker reitera a dose farta de blues em que está embebido o rock do Black Keys. Com seu espírito de rock de garagem, El Camino reverencia o som dos anos 70, mas com uma clareza e um brilho que o torna o melhor álbum da dupla. E um dos melhores discos de 2011 - proeza que deve ser creditada tanto ao talento de Auerbach e Carney quanto à produção certeira de Danger Mouse, hábil ao fazer o duo crescer e aparecer no universo pop.

Gabriel Silveira disse...

Ótima notícia. E olha que os trabalhos anteriores deles já eram muito bons. The Black Keys é hoje minha banda estrangeira de rock preferida.

Lola disse...

Os The Black Keys são a melhor coisa que surgiu no Rock mundial de 2000 pra cá. Ponto.