Título: Recanto
Artista: Gal Costa
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * * *
Disco eletrônico de tons escuros, Recanto revigora a voz de Gal Costa, ora no papel de crooner habilidosa que põe essa voz cristalina a serviço da poética e dos sons afiados de Caetano Veloso. O CD bem poderia ser assinado por Gal com Caetano. Se ela é a (atenta) cantora, ele é o idealizador de Recanto, o produtor do álbum (com Moreno Veloso) e o compositor de todas as onze músicas. Trata-se de disco radicalmente hermético, enigmático e eletrônico, urdido com programações que jamais soterram o canto de Gal. "Não, o autotune / Não basta pra fazer o canto andar / Pelos caminhos que levam à grande beleza", conclui versos da balada Autotune Autoerotico. O uso eventual de autotune - processador de áudio que altera a voz humana ao qual Caetano recorre em Miami Maculelê, deliciosa faixa com jeito de remix que conecta Gal ao batidão do funk carioca entre versos que entrelaçam citações de heróis marginais dos universos de Jorge Ben e dos Racionais MC's - se torna mero detalhe em disco que ilumina ideias com sua poética sombria. As bases eletrônicas - criadas por Kassin, Moreno Veloso e Zeca Veloso (na ácida e envolvente Neguinho, de canto quase falado) - moldam Recanto dentro de estética contemporânea que dialoga de forma radical com a discografia de Caetano pós-Cê (2006). Cabe a Gal ser a voz ímpar do pensador que propõe reflexões interessantes em Sexo e Dinheiro sobre os temas que intitulam e norteiam a música. As ideias e as bases de Recanto se impõem sobre as melodias. Contudo, o fato de algumas músicas não estarem à altura do histórico de Caetano Veloso como compositor jamais tira a força poética e musical de Recanto. Disco de tons lúgubres que exala aguda melancolia em parte do repertório, Recanto expia as dores da existência humana ao pôr dedos nas feridas. "Tudo Dói", repete Gal com a voz que trilha caminhos que levam à grande e interiorizada beleza da faixa Tudo Dói. Obra-prima que abre o CD, Recanto Escuro soa doída com sua tristeza profunda que se repete, em bissexto tom acústico, na outra obra-prima que fecha o álbum, Segunda, tema que remete ao lamento dos cantadores nordestinos. Entre uma e outra, Gal experimenta cantar Cara do Mundo entre levadas de pop indie que soam mais roqueiras e experimentais em O Menino, faixa urdida com o grupo carioca Rabotnik. Tais experiências com o universo indie dessacralizam Madre Deus, tema da trilha sonora do balé Onqotô (2005) abordado por Gal com a adesão do duo carioca Duplexx. Madre Deus é uma das duas músicas de Recanto que já foram gravadas. A outra é Mansidão, música lançada por Jane Duboc em 1982 em dueto com o próprio Caetano. Em sintonia com o título do tema, Gal apresenta na faixa um canto manso que a reconecta com a Gracinha do início da carreira, a menina tímida que começou a soltar a voz inspirada por seu ídolo João Gilberto. Daniel Jobim toca piano na faixa. É nesses momentos que fica claro que, sim, Recanto também é um disco de Gal. Nas lojas a partir desta terça-feira, 6 de dezembro de 2011, o álbum é um dos mais ousados e arejados da discografia da cantora. Seu antecessor, Hoje (2005), também exalava frescor, mas o passo dado por Gal em Recanto é mais arriscado, embora tenha sido inteiramente calculado por Caetano. Mesmo carregada rumo à modernidade que já parecia perdida, a voz luminosa de Gal brilha nos recantos escuros desse disco arrojado que já se impõe entre os melhores da cantora.
63 comentários:
Disco eletrônico de tons escuros, Recanto revigora a voz de Gal Costa, ora no papel de crooner habilidosa que põe essa voz cristalina a serviço da poética e dos sons afiados de Caetano Veloso. O CD bem poderia ser assinado por Gal com Caetano. Se ela é a (atenta) cantora, ele é o idealizador de Recanto, o produtor do álbum (com Moreno Veloso) e o compositor de todas as onze músicas. Trata-se de disco radicalmente hermético, enigmático e eletrônico, urdido com programações que jamais soterram o canto de Gal. "Não, o autotune / Não basta pra fazer o canto andar / Pelos caminhos que levam à grande beleza", conclui versos da balada Autotune Autoerotico. O uso eventual de autotune - processador de áudio que altera a voz humana ao qual Caetano recorre em Miami Maculelê, deliciosa faixa com jeito de remix que conecta Gal ao batidão do funk carioca entre versos que entrelaçam citações de heróis marginais do universo de Jorge Ben e dos Racionais MC's - se torna mero detalhe em disco que ilumina ideias com sua poética sombria. As bases eletrônicas - urdidas por Kassin, Moreno Veloso e Zeca Veloso (na ácida e envolvente Neguinho, de canto quase falado) - moldam Recanto dentro de estética contemporânea que dialoga de forma radical com a discografia de Caetano pós-Cê (2006). Cabe a Gal ser a voz ímpar do pensador que propõe reflexões interessantes em Sexo e Dinheiro sobre os temas que intitulam e norteiam a música. As ideias e as bases de Recanto se impõem sobre as melodias. Contudo, o fato de algumas músicas não estarem à altura do histórico de Caetano Veloso como compositor jamais tira a força poética e musical de Recanto. Disco de tons lúgubres que exala aguda melancolia em parte do repertório, Recanto expia as dores da existência humana ao pôr dedos nas feridas. "Tudo Dói", repete Gal com a voz que trilha caminhos que levam à grande e interiorizada beleza da faixa Tudo Dói. Obra-prima que abre o CD, Recanto Escuro soa doída com sua tristeza profunda que se repete, em bissexto tom acústico, na outra obra-prima que fecha o álbum, Segunda, tema que remete ao lamento dos cantadores nordestinos. Entre uma e outra, Gal experimenta cantar Cara do Mundo entre levadas de pop indie que soam mais roqueiras e experimentais em O Menino, faixa urdida com o grupo carioca Rabotnik. Tais experiências com o universo indie dessacralizam Madre Deus, tema da trilha sonora do balé Onqotô (2005) abordado por Gal com a adesão do duo carioca Duplexx. Madre Deus é uma das duas músicas de Recanto que já foram gravadas. A outra é Mansidão, música lançada por Jane Duboc em 1982 em dueto com o próprio Caetano. Em sintonia com o título do tema, Gal apresenta na faixa um canto manso que a reconecta com a Gracinha do início da carreira, a menina tímida que começou a soltar a voz inspirada por seu ídolo João Gilberto. Daniel Jobim toca piano na faixa. É nesses momentos que fica claro que, sim, Recanto também é um disco de Gal. Nas lojas a partir desta terça-feira, 6 de dezembro de 2011, o álbum é um dos mais ousados e arejados da discografia da cantora. Seu antecessor, Hoje (2005), também exalava frescor, mas o passo dado por Gal em Recanto é mais arriscado, embora tenha sido inteiramente calculado por Caetano. Mesmo carregada rumo à modernidade que já parecia perdida, a voz luminosa de Gal brilha nos recantos escuros desse disco arrojado que já se impõe entre os melhores da cantora.
Esse disco é escândalo.
Mauro foi justo e fiel.
Adorei.
Voltei a ser fã de Mauro.
kkkkkkkkkkkkkkk
Só ouvi umas 4/5 músicas desse disco e gostei bastante - Recanto Escuro é mesmo linda.
É sempre um alento ver um talento acordar e voltar a instigar.
Quem sabe um dia Marisa Monte desperte de seus sonhos com Teletubies.
PS: Se não estou doido acho que ouvi o Mano Caetano dizer que quis fazer esse disco com a Gal porque achava que ela estava meio esquecida e que as novas gerações não a reverenciavam de acorda com a sua história.
Acho que ele vai conseguir.
Vai ser o Cê dela. Embora Caetano nunca esteve esquecido e sim dormindo - musicalmente falando.
Linda critica Mauro.
Na boa, disco do ano!
Tudo é incrivelmente contemporaneo e emocionalmente intenso.
O texto do caetano no cd é arrasador.
Não se pode tb deixar de mencionar a beleza do emocionante projeto grafico de Gilda Midani & Caetano veloso que ora cita a estetica do filme "Melancholia" do Lars Von Trier (que proproe reflexões identicas ao cd) e ora propoe uma viagem contracultural de volta ao festival de rock da ilha de wright na inglaterra em 1970, onde caetano e gal são flagrados em foto terna e emocionante.
Sob todos os aspectos é um trabalho memoravel e pungente.
Linda critica Mauro.
Na boa, disco do ano!
Tudo é incrivelmente contemporaneo e emocionalmente intenso.
O texto do caetano no cd é arrasador.
Não se pode tb deixar de mencionar a beleza do emocionante projeto grafico de Gilda Midani & Caetano veloso que ora cita a estetica do filme "Melancholia" do Lars Von Trier (que proproe reflexões identicas ao cd) e ora propoe uma viagem contracultural de volta ao festival de rock da ilha de wright na inglaterra em 1970, onde caetano e gal são flagrados em foto terna e emocionante.
Sob todos os aspectos é um trabalho memoravel e pungente.
Linda critica Mauro.
Na boa, disco do ano!
Tudo é incrivelmente contemporaneo e emocionalmente intenso.
O texto do caetano no cd é arrasador.
Não se pode tb deixar de mencionar a beleza do emocionante projeto grafico de Gilda Midani & Caetano veloso que ora cita a estetica do filme "Melancholia" do Lars Von Trier (que proproe reflexões identicas ao cd) e ora propoe uma viagem contracultural de volta ao festival de rock da ilha de wright na inglaterra em 1970, onde caetano e gal são flagrados em foto terna e emocionante.
Sob todos os aspectos é um trabalho memoravel e pungente.
Por enquanto ouvi as 5 faixas disponiveis na radio UOL, pois nas lojas ainda não chegou aqui no ABC. Gostei muito tb. A única observação é que Recanto Escuro é tão tocante, que os barulhos e ruidos na faixa, me incomodam um pouco, quando ouvi apenas com voz e violão , os dois, no programa do Jô, caramba, vi como a música ficou ainda mais bonita. Podia sair um single com a versão do CD e outra mais limpa ! rsrs
Adorei as músicas que foram disponibilizadas na net. Achei muito infeliz a crítica da Veja que detonou o disco, acho que tem algo pessoal ali
O que falar de Miami Maculele?! O CD é realmente excelente. No começo achei que Gal viraria nossa Bjork com seus discos "pop - herméticos", me enganei total!
Gal dá voz a Caetano e vice versa. Lindo disco, diz a que veio.
Até que enfim um disco que faz 2011 realmente valer a pena em termos musicais. Gal e Caetano mostram que o tempo é sim o melhor amigo da perfeição.
Gal sempre Gal. Valeu esperar. Viva "Recanto". Quando a Gal quer não sobra p/ ninguém. A maior e melhor cantora de todos os tempos. Uma das 10 vozes mais perfeitas do mundo. É nossa, é brasileira, temos que ter orgulho. Cadê o KL ? Sempre tão ácido. Agora sumiu? Ele só entra p/ falar mal. Agora engole, disse que se esse cd não vingasse seria uma adeus Gracinha. Então vamos colocar de uma forma melhor, adeus KL.
Abração Mauro e obrigado pelo espaço sempre democrático que vc nos ofecere.
Ahhh Zé Henrique:
A Marisa Monte, Vanessa da Mata, Teresa Cristina, Roberta Sá sempre reverenciaram a Gal viu ! Só p/ citar uns exemplos p/ vc.
Criticas entusiasmadas e com cotação maxima na folha de são paulo, no jornal O Globo, na Revista Bravo, no Estadão, no Correiro Brasiliense, no portal Terra, no Dia, no Mauro Ferreira...
Declarações publicas de encanto de gente como Cida Moreira, Marina Lima, Pericles Cavalcanti, Nina Becker, jorge salomão ( irmao de Waly), dj zé pedro...
Tá bom né.
Não, Recanto escuro não tem mais sum sambinha buliçoso, nem a estética suave da bossa-nova. É um antenado disco em que Caetano idealiza a voz de Gal para dar vida a temas ligados ao mal-estar da contemporaneidade em temas como capitalismo, individualismo, sexo, vida-envelhecimento, solidão, falta de perspectivas, homem-máquina. Nele, Caetano se reconecta com Londres que não vive mais o flower power, mas uma Londres cinza e soturna. Há claras influências da melancolia das musas do trip-hop que têm feito trabalhos nessa linha darkwave (Recanto escuro, Tudo dói): Beth Gibbons (Portishead), Geike Arnaert (ex-Hooverphonic), Björk e até Jane Birkin. É um disco entre o canto sempre jovem da Gal desbravadora do tropicalismo (Miami Maculelê) e a grande dama da canção que se veste de maturidade (Madre Deus), e onde o fio da meada não é a profusão de ritmos e sim o fino e orgânico canto de Gal dialogando com os sintetizadores. É um disco duro, que dificilmente esse país de axés e micaretas conseguirá digerir, contém temas crítico-reflexivos que soam desconcertantes e mostram como Gal continua arrojada e sem medo de enfrentar a novidade e se renovar em sua carreira.
Belo texto Mauro.O disco é da Gal porque tudo ali foi pensado nela e na sua voz espetacular.Milimetricamente,detalhadamente pensado nela:poesia,palavras,sonoridade...Por isso mesmo é um grande trabalho.Essa é a grande sacação.P.S.Se tem uma coisa que nunca combinou com Gal é essa atmosfera em torno de ser maior,melhor.Isso é coisa de Elis Regina.Gal é muito GRACINHA!
Gal camaleônica.
A coisa que me incomoda mesmo nas resenhas do disco é que todas parecem seguir as declarações do Caetano de que se trata de uma obra "ousada", de que os elementos eletrônicos formam uma moldura "inovadora" para o canto de Gal. Parece que o juízo de valor sobre o álbum já vem da fábrica, junto com o CD. Inovador e ousado é o disco Dummy, do Portishead, que saiu em 1994. Não consigo engolir essa história de que a voz de Gal ainda brilha, que é um cristal. Adoro loucamente tudo o que ela fez até meados dos anos 80, mas depois disso, o que não suporto mesmo é o fato da voz ter mudado. Pra mim isso é insolúvel, é algo radicalmente pessoal. Meu jeito íntimo de lidar com Gal. Infelizmente, me parecem sempre duas cantoras diferentes. Uma de agora, uma do passado. De qualquer modo, é positivo que objetivamente, com Recanto, ela saia do lugar de conforto que tem estado ultimamente. Como Ze Henrique disse, isso é muita coisa.
O KL foi feliz ao parafrasear o Tunai quanto ao "Recanto". Concordo com ele, tô ouvindo o cd agora e gostei do estranhamento dos arranjos. Quem espera a Gal aguda dos discos de outrora, certamente, decepcionará-se; os tons sombrios, o canto grave, a densidade das letras estão em harmonia e fazem de "Recanto" um cd bom, um alternativo na discografia da cantora! Valeu pela ousadia e aí entra a frase do Tunai sob uma constante quanto à produção eletrônica na MPB: muitos artistas brasileiros pareceram à frente de seu tempo, mas o tempo passou e esses ficaram por lá, vide Fernanda Porto, Patrícia Marx, Ed Motta. Acredito que este não venha à ser o caso de Gal, pois considero "Recanto" tão bom quanto "Pierrot do Brasil", da Marina Lima.
KL, volto a dizer, o "Adeus" acabou sendo p/ vc.
Achei o seu comentário antes do lançamento do álbum, que se esse trabalho não vingasse seria um "Adeus" Gracinha. Pense: é deselegante e desnecessário com a grande cantora que ela é.
Vou dizer novamente p/ vc: Nos anos 90 você deve ter dormido bastante né ! Vc pulou uma década quando diz que a Gal só fez coisas boas até os anos 80. Onde vc estava quando ela fez Plural, Gal 92 e o deslumbrante O Sorriso do Gato de Alice ?
Ahh, eu não estava interessado na sua crítica, eu estava interessado na crítica do Mauro (essa sempre elegante e necessária), eu só escrevi pq não gostei do Adeus Gracinha e p/ não perder a oportunidade de dizer um Adeus p/ vc meu querido.
Concordo com o Mauro : Disco arrojado que já se impõe entre os melhores da cantora, o tempo dirá.
Abração Mauro e + uma vez obrigado pelo espaço sempre democrático que vc nos ofecere.
Quando dei Gal por encerrada na minha vida em termos de renovação, ela encerra 2011 dando o recado que Marisa e Maria Rita nem ensaiaram dar. O disco do ano ! O disco do ano ! Vamos repetir incessantemente
Eu nao preciso de mais do que um segundo pra saber que esses versos ja são classicos e eternos:
" coisas sagradas permanecem
Nem o demo as pode abalar
Espirito é o que enfim resulta
De corpo, alma, feitos: cantar"
Eu nao preciso mais do que um segundo para perceber que esses versos ja sao classicos e eternos:
" coisas sagradas permanecem
Nem o demo as pode abalar
Espirito é o que enfim resulta
De corpo, alma, feitos: cantar"
Vítor, a Veja detonou o disco porque tem uma velha rixa (recíproca) com o Caetano (que já declarou que ODEIA essa revista).
Quanto ao CD... Não vejo a hora de ouvi-lo! Gal estava fazendo falta no cenário da MPB.
Gal Costa não é minha cantora preferida embora " FATAL" faça parte da lista dos " discos da minha vida". Acho graça que fãs de Gal precisem utilizar argumentos alheios para justificar que ela seja , supostamente, a melhor cantora do Brasil: Tom Jobim, Elis Regina, Rita Lee, Maria Bethânia. Bastaria que dissessem como eu digo de Simone: É A MINHA CANTORA PREFERIDA. "PUNTO E BASTA"!!
Sobre " Recanto" gostei do álbum, não gostei de Gal no Jô Soares. Penso que " ao vivo e a cores" ela está meio enferrujada.. o exercício da profissão de artista é como todas as outras profissões, necessita de treino , embora o talento exista, incontestávelmente..
Abraço, Mauro Ferreira, gostei do seu texto, primoroso
Eulalia
Já tem um video de Miami maculele no youtube com a musica inteira. Sou colecionador, músico,arranjador,e etc ... De tudo que comprei este ano, e ouvi, e posso dizer que gosto de muitas cantoras ... este CD de Gal me desconcertou, desconcentrou, desgovernou. Não tem novidade em trabalhar com sons eletrônicos como já disseram. A novidade está em Gal mergulhar em sons tão diferentes do seu universo, ai é que realmente está o BARATO TOTAL !
Sua voz mudou sim. ( sou fã desde 1978 ) Mas é natural ... A voz de uma pessoa de 20, 30 anos é diferente de uma pessoa de 60. o LE-GAL é podermos ouvi-la amadurecendo. Somos agraciados por esta passagem de tempo. E as gerações futuras terão uma diva que dure tantas decadas na industria da música ? Seu RE-canto para mim fechou o ano com chave de ouro.
Gal "ainda" dá conta do recado e dá o que falar (há décadas). Será que as incensadas cantoras de agora, que já não têm muito a dizer, terão algum recado a dar daqui a quarenta anos? "Só mesmo o tempo vai poder provar..."
Eduardo, concordo contigo. A versão voz e violão de Recanto Escuro no Jô foi de babar.
Rei, aumente sua lista de cantoras que reverenciam a Gal. :>)
PS: Gal Costa, Marisa Monte e Céu. Minha linha evolutiva de cantoras.
Pelo visto as que não lançam cd's há tempos arrebentaram no ano. Primeiro Marisa Monte, depois a Rainha Beth Carvalho e agora Gal Costa. Seria uma saída estes períodos de reclusão? De qualquer forma eu prefiro que se lançem cd's anualmente até porque repertório de qualidade é sempre bom e bem vindo e dá continuidade ao legado de cada uma. CHEGA DESSA ONDA CRETINA DE REGRAVAR! Abs
A recorrente discussão de que Gal parou no tempo já deu tudo que tinha que dá. É, da mesma forma, recorrente e denota falta de outros melhores argumentos para criticá-la. O que vejo no cenário musical é que cantoras mais recentes (Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, entre outras) já mostram sinais de fadiga artística. Não ouvi novidade no disco da Marisa, por exemplo, apesar de o título enorme do disco querer dizer alguma coisa mais rica em significados. Ficou na intenção. É mais do mesmo. O que tenho a declarar sobre Gal Costa, a musa de tantos e o alvo de tantos outros, é que ela tem história. E, desse patamar que ocupa, porque sua história se confunde com a própria história da MPB, ela, pelo menos, tenta se renovar, arrisca, dá a cara a tapa. "Recanto" me surpreendeu não pelos arranjos eletrônicos, mas por confrontar a imagem que temos da diva com os "desarranjos" elaborados eletronicamente e A VOZ. Sim, ela continua sendo A VOZ, mesmo que o tempo lance sobre ela uma "neblina", não consegue arranhar o CRISTAL. Continuo fã dessa profana. (um abraço para você Mauro).
Não consigo parar de ouvir! Apenas.
Apesar de ainda não ter ouvido o disco inteiro, acredito que Caetano, Gal e os músicos responsáveis pela sonoridade de "Recanto" nos brindam com un CD moderno, denso, belo e definitivo - na carreira de Gal Costa.
A audição da canção "Recanto Escuro", de olhos fechados, me comove, me sereniza, me encanta, me inquieta, me expande.
Eis então a verdadeira função da arte e dos grandes artistas: promover esses sentimentos, desnortear, extasiar, deslumbrar.
Gal desnorteia, extasia, encanta, deslumbra.
Excelente Gal, Maravilhosa voz - que transformou-se, ÓBVIO, ao longo do tempo. Mas não deixou de ser bela, densa, exata, límpida!
Parabéns pela resenha do disco, Mauro, muito bem construída.
KL,
Entao vc recorre ao expediente do jornalismo da Veja que o pratica contra a MPB desde a morte de Elis Regina, ou vc se esqueceu?
Se esqueceu do que essa revista fez com o cazuza?
A mesma Veja que reduziu a po os ultimos albuns de chico, caetano, e até da bethania.
Dar credito a uma critica anonima, nao assinada que saiu num blog de celebridades da Revista? A revista sequer teve a coragem de publicar essa resenha ghost write na versao impressa.
Qualquer pessoa com um minimo nivel de bagagem cultural sabe que a editoria de arte da Veja é uma piada e que se presta sempre a destruir qualquer produto cultural brasileiro, a relativizar nomes como vinicius de moraes e dar credito e espaço a turnes de grandes astros da musica pop internacional e filmes blockbusters.
Acho também interessante que vc leia o encarte do cd no qual Caetano deixa claro que uma de suas fagulhas de criação foi justo uma materia da veja bem em que a mesma afirmava que Gal nao era referencia para as cantoras modernas brasileiras. Alias exatamente como a resenha ghost-writer termina ne! Coincidencia!!!
Vou ter que repetir: fico com as criticas da folha, do estadao, do globo, da bravo(capa), do terra, do correio brasiliense, do mauro ferreira, todas criticas com cotação maxima.
Alias va no Facebook e veja o que Bia lessa acaba de postar nele. O que Romulo Froes postou tb, o que pericles cavalcanti...vou ter que repetir...jorge salomao, cida moreira, dj ze pedro, nina becker, marina lima postarammmm....
Sera que toda essa gente é macaca de auditorio? É o fim do senso critico no pais ne nao gente?
Rapaz, a ansiedade já estava insuportável, vou comprar o meu Cd amanhã ( via internet, interior é assim mesmo). Gal há tempos merecia um disco assim, corajoso e cheio de inovação e só mesmo o gênio poético-inventivo-arrojado-musical de Caetano Veloso poderia trazer isso à tona! Valeu a espera!
Marcello, artistas, salvo raríssimas e honrosas exceções, não falam mal de seus pares publicamente. Descem o pau na surdina.
Desses que citou só o Rômulo Fróes não teria o rabo preso de uma ou outra maneira. Os outros são amigos e chegados.
João Gilberto disse que vaia de bêbado não valia. Elogio de amigo tb não - como critério pra avalizar qualidade.
Quanto a Veja, é um antro de tudo de ruim que um sujeito mediano/medíocre - em todos os sentidos - pode ter.
PS: Ainda não ouvi o disco inteiro, mas só a disposição da Gal em fazer esse tipo de projeto é digno de aplauso.
As vezes a intenção vale/diz mais que o resultado.
Um leitor da Veja vai se horrorizar com essa frase. rsrssr
A Veja sempre foi veículo que denegriu os artistas da MPB desde a ditadura.Estávamos fazendo a melhor música do mundo e os caras a serviço do pior lixo estrangeiro que depositavam por aqui.Erra feio ao querer que Gal seja grande intérprete,coisa que ela nunca foi,apenas para sacanear,desmerecer essa grande cantora.Bethânia é grande intérprete,muito mais que cantora.Nana Caymmi é tão boa intérprete,quanto cantora.Se Gal fosse intérprete,talvez esse Recanto não se realizaria.
Todas as faixas do CD estão disponíveis na UOL Mega Store, ao preço de R$ 1,99 cada.
Cida Moreira e Nina Becker amigas chegadas de Gal? Não sao do mesmo grupo musical e provavelmente nem se conhecem.
Cida escreveu no facebook do dj Ze Pedro: " Chega de Genericas!!" "Gal tem o repertorio mais bonito de cantora da estoria da MPB "
O que levaria Jorge Salomao, irmao de Waly, escrever no mural do facebook dele embaixo de um link para as musicas do cd: "Viva Gal" "É a maior" " lindo, lindo, lindo" Waly e Gal nao estavam estremecidos?
O que levaria marina lima a elogiar publicamente o CD? vontade de pedir desculpas a Gal?
O que levaria tantos jornalistas como Nina lemos e tantos outros se manisfestarem no face sobre o disco??
a resposta é clara: não é rabo preso. é repercussao critica
Renato,
HOJE pode nao ter tido a repercussão publica que merecia mas foi criticamente muito elogiado.
"Todas as coisas e eu" vendeu 150.000 mil copias ja num tempo que disco de ouro havia baixado para 50.000. Naquele ano Todas as coisas foi o disco de mpb tradicional mais vendido deixando p tras todos os lançamentos dos artistas da geração de Gal.
Pode nao ser meu preferido, mas Gal Canta Tom teve, e tem ate hoje, toda a repercussao possivel.
È junto de aquarela do Brasil e Acustico, o disco de Gal que nao pode sair nunca de catalogo pq nunca param de vender.
Ao ouvir Recanto Escuro no Jô, não pude fazer outra coisa que não fosse chorar. Não há palavras para dizer o quanto Gal é fenomenal.
o cd está lindo. excepcional mesmo. arranjos lindos, Caetano inspirado como em seus melhores discos.
ficou emocionante e fica claro como é importante esse encontro deles.
é bom ter Gal de volta.
a voz está toda lá e é incrível como soa atemporal e moderna.
Pois é, gente, esse é o ponto. Para o bem ou para o mal, estaríamos falando de Gal. Ops! Quanto aos outros lançamentos citados, arrebentaram o quê mesmo?
Marcello, Nina Becker faz alguns poucos meses estava numa capa - Bravo - de revista abraçada a Mano Caetano. Waly Salomão era dos maiores amigos do Caetano...
Quando falei em rabo preso não foi só em relação a Gal, foi principalmente em relação ao Caetano.
Enfim, cara, furada esse lance de argumentar qualidade baseada em opinião de artista.
Aqui em Recife, por exemplo, todos da panelinha dizem publicamente que todos são ótimos. Obviamente não são.
PS: Se o KL tivesse gostado aí sim seria o ocaso da Gal. rsrsrs
Os kães ladram e as várias Gals vão continuar desfilando...
Agora me lembrei do prefeito da cidade de Baltimore nos EUA que em fins dos anos 50 mandou des-batizar e retirar de uma praça da cidade uma escultura de Billie Holiday, nascida na cidade, porque naquela altura da carreira ela era uma drogada, que so vivia presa, bebada e produzia discos de quinta categoria como o Lady in Satin. O prefeito argumentou aos que foram contra a retirada da escultura que a cantora ja tinha tido seu ocaso, perdera sua voz e tinha se transformado numa junkie, nao honrando mais o nome da cidade.
Billie veio a falacer no mesmo ano desse desfeito mas 40 anos se passaram e na decada de 90 numa tocante cerimonia finalmente a escultura que mofava num porão da prefeitura voltou ao centro da praça novamente batizada com o nome de Lady Day. Hoje Lady in Satin é considerado uma obra-prima e o mais comovente disco popular ja produzido no mundo. Billie Holiday eu nao preciso dizer quem é. Mas o prefeito quem se lembra? a unica coisa que conta a favor do prefeito é lembrar que pares em carreiras iguas podem ser pior quando sao completamente desconhecidos.
Na boa KL,a Veja geralmente ignora a MPB.O espaço que lhe reserva ou reservou sempre foi mínimo.Se falou de Gal Tropical é porque fez muito sucesso e vendeu.Aí eles dão importância.Nessa resenha de "Recanto" o cara diz que música eletrônica é "brincadeira",além de ser preconceituoso e ignorante,até parece que a revista dá algum valor a boa musica acústica que os mestres da MPB executam ou executaram.SÃO IGNORADOS.E querer um Gal "intérprete",faça-me o favor é sinal que não conhece de nada mesmo,nem de história nem de música.So quer mesmo falar mal ou talvez foi mandado a isso.Argumentos pífios!
Ouvi e reouvi Recanto e fiquei com a mesma impressão que tive ao ouvir (trecho de) Neguinho pela primeira vez: é muito Caetano e pouco Gal Costa. O Mauro até dá essa dica na sua resenha (indiretamente, acho) ao apontar que o disco deveria ser assinado pelos dois. Eu me arrisco a dizer que poderia ser assinado só pelo Caetano. Li dia desses (na Folha, penso)uma afirmação da própria Gal Costa dizendo que não fez nada no disco, que tudo foi feito pelo Caetano. Um post anterior aqui falou que esse é o Cê de Gal (ou seria o Gê). Em todo caso, afora a estranheza do som e a coragem da cantora em fazer algo diferente, não consegui vislumbrar ali nenhuma obra-prima como o Mauro diz que há - e concordo com a Veja que falou que tem mesmo é muito música chata. Sem o barulhinho (bom?) inventado por Moreno e por Kassin, seriam canções medianas e até abaixo disso (a versão voz e violão no Jô mostra isso). O disco é mesmo um estranho no ninho na obra de Gal Costa que nem dá pra dizer se está entre os melhores ou piores de sua discografia... Pra entrar na questão do KL, penso que Gal Costa saiu pela tangente. Pra ficar na analogia feita também num post aqui: aos 45 minutos do segundo tempo ela, na verdade, mudou as regras do jogo (pode isso, Arnaldo?)... Acho que ela poderia fazer um disco arejado e ousado sem precisar se submeter aos conceitos de música que o Caetano Veloso adotou para si. Então, pra mim, o sucessor de Hoje ainda não saiu. Vou colocar Recando junto com os outros discos "do" Caetano Veloso na minha prateleira... e ficar esperando pacientemente por alguma coisa realmente nova de Gal Costa.
Lauro,
Apenas uma pergunta.
Quem cantou no disco?
Gal nunca foi produtora, arranjadora, instrumentista ou compositora.
Cantora que eu saiba tem que cantar. Esse 'e o seu oficio, arte e profissão.
O seu argumento é esteticamente nulo e ja foi utiluzado
anteriormente pela tropa conservadora que acusou Gal de estar submetida às ideias de Gerald Thomas no espetacular O Sorriso do Gato de Alice.
Assim a armada , quando nao sobra outros argumentos diante do valor cultural inestimavel da obra tenta relativizar e desqualificar o trabalho artistico de Gal.
Como se pudessemos afimar que Fernanda Montenegro não produz sua obra de atriz nem assina seu trabalho ao se submeter ora às ideias de walter salles em Central do Brasil ora às de Jabor em Tudo Bem. Como escreveu brilhantemente um conhecido, Fernanda imaginou central do brasil? Escreveu seu papel? Escolheu cenografo, solicitou determinada fotografia, confeccionou seu figurino? Nao. E nao deixou de ser a artista que 'e ou a ter seu oficio relativisado.
Alguem aqui sabe como foi gravado Amoroso do Joao Gilberto? Ele nunca sequer conheceu ou encontrou em estudio o arranjador Claus Orgeman que fez aqueles arranjos de cordas historicos. Joao foi la gravou voz e violao e sumiu. O produtor Tommy le Puma comandou todo o resto. Joao so escutou o resultado pronto e é sabido que implica ate hoje com os magnificos arranjos do maestro alemao. Deixou de ser a obra prima que 'e? Joao teve seu merito artistico questionado?
Por que vocês tiram de Gal Costa o direito de aderir incondicionalmente à proposta do Caetano? Ora, isso revela uma faceta da personalidade dela, não importa se boa ou ruim. Com essa conversa de colocar o Caetano acima da Gal, alguns de vocês estão caindo no mesmo reducionismo que se comete contra o ator cuja atuação é atribuída ao "genial diretor" que o conduziu. Lembrem-se que, segundo a própria Gal, Caetano soube muito bem retratar suas aflições. Sobre o álbum: acho-o uma obra de peso, com momentos de "rara beleza", mas também concordo com a Veja quando ela diz que a Gal que emerge em meio ao gelo e à dureza do disco é, em certas músicas, uma Gal diminuída às dimensões de sua voz.
Ah, KL, não é você quem vai determinar o retumbante ocaso de Gal Costa. Pelo simples barulho que "Recanto" está fazendo, já dá pra dizer que a baiana ainda tem muito mais relevância na música brasileira do que suas genéricas.
Marcio Matos,a forma que Gal canta em Recanto remete a Gal dos anos 70.Esse canto mais cool é o que o Caetano sugeriu a ela.Ela cansou de falar sobre isso.Poxa,era dessa Gal mais introspectiva que muitos estavam saudosos.O cara da Veja queria que Gal fizesse firulas com sua voz.Não é essa a idéia para a concepção desse trabalho.E no mais,a própria cantora sabe que não interpreta.Se quizer saber o que é interpretar procure no you-tube:Flor da Noite,Nana Caymmi(Liebe Paradiso),tem barulhinhos modernos,efeitos sinistros,tem Kassins,mas ali tem uma intéprete também.
Impressionante. Agora, para se criticar um disco, que na prática é basicamente fazer juizo de valor, é necessário um dossiê, uma tese de doutorado que justifique sua opinião. Lendo os comentários acima, chega a ser hilário ver que os embates intelectuais estão, no fim das contas, muito mais na superfície das discussões do que o disco em si.
Chegamos ao ponto em que não gostar da interpretação das (fracas) canções do (fraco) disco significa ter um "argumento estéticamente nulo"!!! Aliás essa construção é um desastre filosófico...
Quando tudo fica muito cerebral, quando são necessários complexos relatórios para justificar uma obra de arte, fica claro que a obra não fala por si. Para um disco bom ser compreendido basta que se aperte "play"...e depois disso ninguém precisa dissertar vastos boletins de ocorrência para justificar sua qualidade.
RECANTO é ruim porque as canções estão abaixo da média de Caetano e porque as interpretações estão abaixo da média de Gal. Simples assim.
O problema desse disco é que os críticos tão se sentindo na obrigação de elogiar como se falar mal do CD fosse um atestado de que eles são antiquados, não acredito que esses elogios sejam sinceros.
O que anda doendo em muita gente aqui é o cotovelo. Gal arrebentou e fica neguinho entrando p/ falar mal. Gostam de outras cantoras e como nem todas sao um décimo de uma Gal Costa, eles entram aqui p/ falar mal, colocar p/ baixo a grande cantora. Que feio, agora nao criticam só a Gal, as críticas vao para os "Críticos" também, gostaram do trabalho mas realizam críticas falsas. Tem dó gente. Dá um tempo. Fora os que ficaram parados no tempo, na década de 70 para ser mais preciso. Todo mundo é burro somente eles sao os inteligentes, antenados.
Resumindo: Eh pouca cadeira p/ muita Cláudia chata e obsoleta.
Mauro um abraço p/ vc, confio na sua crítica, sei que é verdadeira.
O cotovelo desse povo tá doendo muito, vamos relevar.
As canções de Recanto não são "fracas". Acho que adjetivos peremptórios valem para pizzas. Música, cinema e literatura exigem pontos de vistas menos cartesianos.
Pelo menos 5 músicas - Miami maculelê, Neguinho, O menino, Autotune autoerótico e Mansidão - estão noutra esfera de fruição. Belas? Inquietantes? Ousadas? Difícil classificar. O disco só cresce na minha percepção.
A Folha.Com acaba de eleger Recanto como o disco do ano.
Leiam a coluna de Tony Goes:
http://f5.folha.uol.com.br/colunistas/tonygoes/1019956-o-estranho-recanto-de-gal-costa.shtml
O Compositor Romulo Fróes hoje na primeira pagina do 2 caderno do Jornal O Globo:
"Recanto é lindo"
hoje fico por aqui, as materias já dizem tudo.
"...adjetivos peremptórios valem para pizzas. Música, cinema e literatura exigem pontos de vistas menos cartesianos." (2)
Quanta bobagem!!!
Meu pai, quanta asneira. Gente, quanta polêmica por causa de mais um disco da Dona Maria da Graça.! Chatooooooooooo!
Nem eu, nem ninguém podera jamais decidir que musica, cantora, CD vou gostar ou não. Quem sempre decidira sera minha emoção subjugada pela propria musica, sem explicações logicas, filosoficas, estéticas ou seja la o que for. Gal, Bethânia, Simone, Marina, Nana e tantas outras mencionadas aqui, são cantoras ou interpretes, ou ambos, que estão desenvolvendo trajetorias proprias na MPB com qualidade ao que se propôem. Se para se gostar ou não de qualquer manifestação artistica, precisa-se de embasamento técnico prévio, a arte deixara de ser arte. Senhores, o pior CD da pior cantora (se isto fosse possivel)sera sempre mais relevante e definitivo que qualquer comentario, perjurio, critica ou debate aqui dissecados. Obrigado
TENDEL
Postar um comentário