Mauro Ferreira no G1

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sábado, 14 de janeiro de 2012

CD 'Guitar Man' situa Benson entre o jazz e a trilha de consultório médico

Resenha de CD
Título: Guitar Man
Artista: George Benson
Gravadora: Concord Jazz / Universal Music
Cotação: * * *

Guitar Man não é um álbum inteiramente instrumental. Temas como My Cherie Amour (Stevie Wonder) e My One and Only Love (Guy Wood e Robert Mellin) são cantados por George Benson. Contudo, como já entrega o título do CD produzido por John Burk e recém-lançado no Brasil pela Universal Music, Guitar Man é disco em que Benson se exercita sobretudo no toque de sua guitarra. A maioria das 12 músicas foi gravada sem vocais. É disco que fala a língua do jazz em faixas como Naíma (John Coltrane), às vezes com certo toque de latinidade (no caso da abordagem de Tequíla, tema de Daniel Flores). Só que tem momentos - Tenderly (Jack Lawrence e Walter Gross), The Lady in my Life (Rod Temperton) e I Want to Hold Your Hand (John Lennon e Paul McCartney), em especial - em que Guitar Man parece conter a trilha perfeita para um elevador ou consultório médico. E olha que o rock da fase inicial dos Beatles resulta transfigurado no toque mais romântico e calmo de Benson, com arranjo orquestral regido pelo carioca Oscar Castro-Neves! É que Benson transita por soul, jazz e pop com aura de leveza que evoca eventualmente até uma certa bossa brasileira em Don't Know Why (Jesse Harris). Tudo soa muito refinado - até por conta do time de músicos que inclui o baixista Ben Williams, o tecladista David Garfield e o baterista Harvey Manson - mas, ao mesmo tempo, muito padronizado. Sobra virtuosismo e sofisticação no toque do Guitar Man, mas falta alma.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Guitar Man não é um álbum inteiramente instrumental. Temas como My Cherie Amour (Stevie Wonder) e My One and Only Love (Guy Wood e Robert Mellin) são cantados por George Benson. Contudo, como já entrega o título do CD produzido por John Burk e recém-lançado no Brasil pela Universal Music, Guitar Man é disco em que Benson se exercita sobretudo no toque de sua guitarra. A maioria das 12 músicas foi gravada sem vocais. É disco que fala a língua do jazz em faixas como Naíma (John Coltrane), às vezes com certo toque de latinidade (no caso da abordagem de Tequíla, tema de Daniel Flores). Só que tem momentos - Tenderly (Jack Lawrence e Walter Gross), The Lady in my Life (Rod Temperton) e I Want to Hold Your Hand (John Lennon e Paul McCartney), em especial - em que Guitar Man parece conter a trilha perfeita para um elevador ou consultório médico. E olha que o rock da fase inicial dos Beatles resulta transfigurado no toque mais romântico e calmo de Benson, com arranjo orquestral regido pelo carioca Oscar Castro-Neves! É que Benson transita por soul, jazz e pop com aura de leveza que evoca eventualmente até uma certa bossa brasileira em Don't Know Why (Jesse Harris). Tudo soa muito refinado - até por conta do time de músicos que inclui o baixista Ben Williams, o tecladista David Garfield e o baterista Harvey Manson - mas, ao mesmo tempo, muito padronizado. Sobra virtuosismo e sofisticação no toque do Guitar Man, mas falta alma.

Marcelo disse...

É um disco muito bom. A loja BEST BUY está vendendo uma tiragem limitada e especial com 2 faixas bônus!!! Eu adorei!!