Título: God Bless Ozzy Osbourne
Direção: Mike Fleiss e Mike Piscitelli
Gravadora: Eagle Vision / ST2
Cotação: * * *
Ozzy Osbourne cravou os dentes num morcego por acreditar que o bicho seria de brinquedo. Cometido pelo artista em show dos anos 80, o engano se tornou lendário e alimentou a aura de loucura em torno do cantor. Mas a fama de devorador de animais não era de todo infundada. Ozzy arrancou a dentadas a cabeça de uma pomba que levara em reunião na CBS com o objetivo inicial de selar a paz com a gravadora. É que, na época, a CBS distribuía os álbuns gravados pelo artista no pequeno selo britânico Jet - entre eles, Blizzard of Ozz (1980) e Diary of Madman (1981), pedras fundamentais de sua discografia solo - e, na visão de Ozzy e de seu staff, a companhia não vinha dando a devida atenção ao vocalista da formação clássica do Black Sabbath. Esse caso único na indústria fonográfica mundial é contado no documentário God Bless Ozzy, exibido em DVD recém-lançado no Brasil pela ST2. Embora seja contada de forma oficial, a história de Ozzy é tão boa que, mesmo com certa dose de caretice incondizente com a trajetória da personagem do filme, God Bless Ozzy resulta interessante. Com o aval do filho caçuça de Ozzy, Jack Osbourne, produtor do documentário, os diretores Mike Fleiss e Mike Piscitelli tiveram acesso ao artista e aos bastidores de uma cena outrora regada a álcool e a drogas. Roteirizado em formato convencional, God Bless Ozzy entrelaça imagens de arquivo - incluindo trechos de apresentações de Ozzy à frente do Sabbath - e entrevistas recentes concedidas aos diretores pelo artista e seus familiares. Tratada sempre sob esse prisma oficial, a trajetória singular de Ozzy - atualmente com 63 anos - é contada de forma cronológica. O filme reconstitui os principais passos musicais do garoto que decidiu ser um popstar ao ouvir She Loves You com os Beatles. O espectador fica sabendo que a posse de um P.A. garantiu a Ozzy a entrada no Black Sabbath, um dos grupos pioneiros do heavy metal, alvo no filme de elogios feitos por nomes como Paul McCartney, Robert Trujillo (baixista do Metallica) e John Frusciante (ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers). Uma vez na banda, da qual seria demitido na segunda metade dos anos 70 por conta do comportamento insuportável, Ozzy assumiu os vocais e, nos bastidores, o papel de palhaço. O filme sustenta a tese - corroborada por Ozzy em depoimento - de que a graça era mecanismo de defesa acionado para ocultar a baixa autoestima do cantor. God Bless Ozzy não diviniza o artista, sobretudo quando enfoca sua entrega ao álcool, mas tampouco aprofunda o retrato esboçado no filme. Todos os fatos essenciais da vida de Ozzy - os casamentos, o encontro harmonioso com o guitarrista Randy Rhoads (1956 - 1982) no início da carreira solo e os nascimentos dos filhos - são expostos na narrativa. Só que o tom superficial do documentário impede que God Bless Ozzy tenha (alto) teor de novidade para quem acompanha a carreira de Ozzy Osbourne.
7 comentários:
Ozzy Osbourne cravou os dentes num morcego por acreditar que o bicho seria de brinquedo. Cometido pelo artista em show dos anos 80, o engano se tornou lendário e alimentou a aura de loucura em torno do cantor. Mas a fama de devorador de animais não era de todo infundada. Ozzy arrancou a dentadas a cabeça de uma pomba que levara em reunião na CBS com o objetivo inicial de selar a paz com a gravadora. É que, na época, a CBS distribuía os álbuns gravados pelo artista no pequeno selo britânico Jet - entre eles, Blizzard of Ozz (1980) e Diary of Madman (1981), pedras fundamentais de sua discografia solo - e, na visão de Ozzy e de seu staff, a companhia não vinha dando a devida atenção ao vocalista da formação clássica do Black Sabbath. Esse caso único na indústria fonográfica mundial é contado no documentário God Bless Ozzy, exibido em DVD recém-lançado no Brasil pela ST2. Embora seja contada de forma oficial, a história de Ozzy é tão boa que, mesmo com certa dose de caretice incondizente com a trajetória da personagem do filme, God Bless Ozzy resulta interessante. Com o aval do filho caçuça de Ozzy, Jack Osbourne, produtor do documentário, os diretores Mike Fleiss e Mike Piscitelli tiveram acesso ao artista e aos bastidores de uma cena outrora regada a álcool e a drogas. Roteirizado em formato convencional, God Bless Ozzy entrelaça imagens de arquivo - incluindo trechos de apresentações de Ozzy à frente do Sabbath - e entrevistas recentes concedidas aos diretores pelo artista e seus familiares. Tratada sempre sob esse prisma oficial, a trajetória singular de Ozzy - atualmente com 63 anos - é contada de forma cronológica. O filme reconstitui os principais passos musicais do garoto que decidiu ser um popstar ao ouvir She Loves You com os Beatles. O espectador fica sabendo que a posse de um P.A. garantiu a Ozzy a entrada no Black Sabbath, um dos grupos pioneiros do heavy metal, alvo no filme de elogios feitos por nomes como Paul McCartney, Robert Trujillo (baixista do Metallica) e John Frusciante (ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers). Uma vez na banda, da qual seria demitido na segunda metade dos anos 70 por conta do comportamento insuportável, Ozzy assumiu os vocais e, nos bastidores, o papel de palhaço. O filme sustenta a tese - corroborada por Ozzy em depoimento - de que a graça era mecanismo de defesa acionado para ocultar a baixa autoestima do cantor. God Bless Ozzy não diviniza o artista, sobretudo quando enfoca sua entrega ao álcool, mas tampouco aprofunda o retrato esboçado no filme. Todos os fatos essenciais da vida de Ozzy - os casamentos, o encontro harmonioso com o guitarrista Randy Rhoads (1956 - 1982) no início da carreira solo e os nascimentos dos filhos - são expostos na narrativa. Só que o tom superficial do documentário impede que God Bless Ozzy tenha (alto) teor de novidade para quem acompanha a carreira de Ozzy Osbourne.
Sou fã de Ozzy tanto ele no Black Sabbath quanto na carreira solo preciso ver esse documentário.
O Ozzy encarna o que de mais babaca existe no rock'n'roll. Assim como o Kiss, o Ramones, o AC/DC...
São o extremo oposto de gente como John Lennon, Bob Dylan, Lou Reed...
Por outro lado, esses adoráveis retardados são em grande parte responsáveis pela energia única que o ritmo possui.
Coisas da vida.
PS: Ozzy pra mim só no sensacional Sabbath!
Zé Henrique, babaca em que sentido? além do Ozzy, sou fã do AC/DC gosto do Kiss e de algumas coisas do Ramones.
Tem um amigo meu que diz: "Ahh, pô, isso é rock burro. Gosto não."
Ou seja, sem idéias, sem ideais e com atitude fajuta.
Babaca nesse sentido, Mary.
- Eu vou tirar o Ramones dessa e deixar o Kiss como melhor exemplo disso -
Para algumas pessoas, muito em função dos "Kisses da vida", a expressão rock burro é uma redundância.
Olha no que o Ozzy se transformou! Aliás, sempre foi. Apenas pontencializou. Pô, uma caricatura de um idiota.
Gosto de rock, e gente, com conteúdo.
Mas, como disse acima. Esses caras têm seu valor. Embora eu não dê muito.
Um Kiss pra vc.
Assino em baixo de tudo o que o Zé Henrique disse. Rock n' roll tem que ter um layout elegante, senão fica bobo demais. Já dizia Zeca Baleiro...
No caso de Ozzy, a babaquice é tão grande que se sobressae à música que, em sí, não é ruim; claro que tirando essa coisa de adoração ao diabo, que é pra lá de cafona.
Zé Henrique, pra mim esses retardados que você chamou tem total valor não acho que façam rock sem conteúdo tudo depende do ponto de vista de cada um.
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