Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Entre a folia e o pop sensual, Roberta sopra ar fresco em 'Segunda Pele'

Resenha de CD
Título: Segunda Pele
Artista: Roberta Sá
Gravadora: MP,B Discos / Universal Music
Cotação: * * * * 1/2

Mesmo sem ser cantora camaleônica, Roberta Sá troca de pele em seu quinto CD. Entre a folia e o pop romântico, Segunda Pele sopra novidade na discografia da artista sem se distanciar do universo musical do segundo consagrador álbum da intérprete, Que Belo Estranho Dia Pra se Ter Alegria (2007), evocado em especial em Altos e Baixos (Lula Queiroga e Yuri Queiroga), tema que bem poderia figurar no repertório do disco de 2007. A renovação de Segunda Pele reside sobretudo nos arranjos pontuados por sopros orquestrados por Humberto Araújo, Mario Adnet e Rodrigo Campello, produtor do disco, oficialmente nas lojas a partir desta terça-feira, 24 de janeiro de 2012. Exuberantes e criativos, os arranjos imprimem no álbum uma alegria carnavalesca e tropicalista, explícita em faixas como Bem a Sós (Rubinho Jacobina), uma das músicas arranjadas pelo saxofonista Humberto Araújo com sua Orquestra Criôla. À frente da Criôla, Araújo orquestra em clima de gafieira o único (grande) samba de um disco idealizado para tirar Roberta da  pele - redutora, no caso dela - de cantora de samba.  Escrito sob ótica feminina, O Nego e Eu (João Cavalcanti) aponta para o talento emergente do cantor do grupo Casuarina como compositor. Em um outro pólo carnavalesco, o frevo Deixa Sangrar (Caetano Veloso) - efervescente sob a pegada da Orquestra Criôla - sopra reverência à gravação original feita por Gal Costa para o Carnaval de 1970. Em seu melhor trabalho como produtor e arranjador, Rodrigo Campello põe No Bolso (Pedro Luís e Roberta Sá) - outro frevo que acena para a folia nordestina, em especial a pernambucana  - na mesma sintonia carnavalesca do disco. Mas todo Carnaval tem seu fim e Segunda Pele rumina questões sentimentais em tom quase lamurioso na canção Você Não Poderia Surgir Agora (Dudu Falcão), ponto menos alto do CD. Apesar da refinada aura bossa-novista da faixa, impressa sobretudo pelo piano de Daniel Jobim, a música arrota pseudo-poesia que está aquém do padrão de qualidade do repertório habitualmente selecionado por Roberta Sá - com a ressalva de que a canção pode vir a ampliar o público da cantora pelo romantismo de tom mais popular. Contudo, poesia de verdade há nos versos de Esquirlas (Jorge Drexler), marcha também adornada com toque bossa-novista e cantada por Roberta no seu idioma original, o espanhol,  em dueto com o cantor e compositor uruguaio. Já conhecida, por ter sido disponibilizada em novembro de 2011 para download no site do projeto Natura Musical (patrocinador do disco), a canção Pavilhão de Espelhos (Lula Queiroga) ostenta a melodia mais bonita de Segunda Pele, reiterando a leveza e o frescor que caracterizam o canto cada vez mais desenvolto de Roberta. Entre a sensualidade elegante de Segunda Pele (Gustavo Ruiz e Carlos Rennó) e a jogada do jongo No Arrebol (Wilson Moreira) na praia do reggae, a cantora vivencia a felicidade exalada pela amaxixada A Brincadeira (Moreno Veloso, Quito Ribeiro e Domenico Lancellotti) e ilumina Lua (Mario Sève e Pedro Luís) com arranjo magistral que alterna climas, começando com piano de tom camerístico quebrado pela profusão de sopros que entram na faixa, encorpada logo depois com a percussão da Parede. Posta logo na abertura do CD, à venda também no iTunes em edição digital turbinada com duas faixas-bônus (um remix de Deixa Sangrar e a regravação de Mão e Luva, música de Pedro Luís, lançada por Adriana Calcanhotto em 1998), Lua exemplifica a salutar opção de Roberta Sá por se permitir trocar de pele sem nunca deixar essencialmente de ser Roberta Sá.

44 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Mesmo sem ser cantora camaleônica, Roberta Sá troca de pele em seu quinto CD. Entre a folia e o pop romântico, Segunda Pele sopra novidade na discografia da artista sem se distanciar do universo musical do segundo consagrador álbum da intérprete, Que Belo Estranho Dia Pra se Ter Alegria (2007), evocado em especial em Altos e Baixos (Lula Queiroga e Yuri Queiroga), tema que bem poderia figurar no repertório do disco de 2007. A renovação de Segunda Pele reside sobretudo nos arranjos pontuados por sopros orquestrados por Humberto Araújo, Mario Adnet e Rodrigo Campello, produtor do disco, oficialmente nas lojas a partir desta terça-feira, 24 de janeiro de 2012. Exuberantes e criativos, os arranjos imprimem no álbum uma alegria carnavalesca e tropicalista, explícita em faixas como Bem a Sós (Rubinho Jacobina), uma das músicas arranjadas pelo saxofonista Humberto Araújo com sua Orquestra Criôla. À frente da Criôla, Araújo orquestra em clima de gafieira o único (grande) samba de um disco idealizado também para tirar Roberta da redutora pele de cantora de samba. Escrito sob ótica feminina, O Nego e Eu (João Cavalcanti) aponta para o talento emergente do cantor do grupo Casuarina como compositor. Em um outro pólo carnavalesco, o frevo Deixa Sangrar (Caetano Veloso) - efervescente sob a pegada da Orquestra Criôla - sopra reverência à gravação original feita por Gal Costa para o Carnaval de 1970. Em seu melhor trabalho como produtor e arranjador, Rodrigo Campello põe No Bolso (Pedro Luís e Roberta Sá) - outro frevo que acena para a folia nordestina, em especial a pernambucana - na mesma sintonia carnavalesca do disco. Mas todo Carnaval tem seu fim e Segunda Pele rumina questões sentimentais em tom quase lamurioso na canção Você Não Poderia Surgir Agora (Dudu Falcão), ponto menos alto do CD. Apesar da refinada aura bossa-novista da faixa, impressa sobretudo pelo piano de Daniel Jobim, a música arrota pseudo-poesia que está aquém do padrão de qualidade do repertório habitualmente selecionado por Roberta Sá - com a ressalva de que a canção pode vir a ampliar o público da cantora pelo romantismo de tom mais popular. Contudo, poesia de verdade há nos versos de Esquirlas (Jorge Drexler), marcha também adornada com toque bossa-novista e cantada por Roberta no seu idioma original, o espanhol, em dueto com o compositor uruguaio. Já conhecida, por ter sido disponibilizada em novembro de 2011 para download no site do projeto Natura Musical (patrocinador do disco), a canção Pavilhão de Espelhos (Lula Queiroga) ostenta a melodia mais bonita de Segunda Pele, reiterando a leveza e o frescor que caracterizam o canto cada vez mais desenvolto de Roberta. Entre a sensualidade elegante de Segunda Pele (Gustavo Ruiz e Carlos Rennó) e a jogada do jongo No Arrebol (Wilson Moreira) na praia do reggae, a cantora vivencia a felicidade exalada pela amaxixada A Brincadeira (Moreno Veloso, Quito Ribeiro e Domenico Lancellotti) e ilumina Lua (Mario Sève e Pedro Luís) com arranjo magistral que alterna climas, começando com piano de tom camerístico quebrado pela profusão de sopros que entram na faixa, encorpada logo depois com a percussão da Parede. Posta logo na abertura do CD, à venda também no iTunes em edição digital turbinada com duas faixas-bônus (um remix de Deixa Sangrar e a regravação de Mão e Luva, música de Pedro Luís, lançada por Adriana Calcanhotto em 1998), Lua exemplifica a salutar opção de Roberta Sá por se permitir trocar de pele sem nunca deixar essencialmente de ser Roberta Sá.

Luca disse...

Não acredito!!!. O Mauro não deu cinco estrelas para o disco de sua protegida Roberta Sá! Acho que ela nunca mais vai gravar nada do Dudu Falcão ha ha ha

Marcelo Barbosa disse...

"redutora pele de cantora de samba"

Com todo respeito, mas achei altamente dispensável este trecho, Mauro. A Roberta é apenas mais uma na seara MPBística das cantoras e talvez se fosse uma cantora somente de sambas se sobresaísse bem mais.
Abs e vou comprar até porque eu adoro os seus trabalhos, mas desde quando cantor ou cantoras de samba são menores? Eu hein, essa não!

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

Flávio Voight disse...

Olha, acho que esse merecia cinco estrelas... Fazia tempo que não me encantava com um CD desse jeito. Não achei nada de popular demais em "Você não poderia surgir agora" - é uma canção simples, direta e muito bonita, na minha opinião.

Fiquei feliz com esse CD, estava esperando mais músicas lentas depois do último disco dela...

Anônimo disse...

Roberta prossegue suas intenções musicais nesse disco que vai seduzir seus ouvintes assíduos. Eu sou um deles e tô adorando

Mauro Ferreira disse...

Marcelo, apesar de seu tom enfezado, grato por me alertar para a outra leitura que a frase poderia dar. A pele de cantora de samba é redutora no caso específico de Roberta, já que ela sempre transitou por outros ritmos. O texto já está corrigido.

Luca, o disco ao vivo da Roberta, 'Pra se Ter Alegria', não mereceu cinco estrelas.

Abs, MauroF

lurian disse...

Discordo da maioria, ouvi e achei o trabalho mais fraco da Roberta Sa. A música 'Lua' perdeu a melodiosidade dada por Carol Saboya. O disco melhora apenas do meio pro fim, quando entra nos ritmos nordestinos. No mais, ouço pulando as faixas.

Caio Faiad disse...

Gostei do trabalho! Já me vejo nos shows dançando e cantando "O Nego e Eu".

Marcelo Barbosa disse...

Não foi enfezado, Mauro. Só acho que cantor e cantora de samba não diminui ninguém, muito pelo contrário, engrandece. Abs e retificando: sobressaísse.

Marcelo disse...

Roberta é tudo de bom!!!! Voz doce aos ouvidos...

Anônimo disse...

Estou Amando...Lindo, Lindo

PS: "VOCÊ NÃO PODERIA SURGIR AGORA"
uma linda balada de amor.

Maria disse...

Não supera os dois primeiros "Braseiro" e "Que Belo Estranho Dia Pra Se Ter Alegria", mas é muito bom o disco! Roberta,além de ser ótima cantora é criteriosa com o repertório isso faz toda a diferença em seus trabalhos e com esse não seria difrente os arranjos estão mais do que caprichados minhas prediletas até agora: "Altos e Baixos", "Bem a Sós" e "Pavilhão de Espelhos" gostei bastante também da regravação de "Deixa Sangrar" em ritmo de frevo carnavalesco.

Narciso disse...

Cara, o CD é PERFEITO (pelo menos pra mim, é claro).
Ela - Roberta - se firma, mais ainda, como UMA DAS GRANDES de sua geração. Pena a Marisa (monte) não ter tido o mesmo cuidado no repertório de seu último disco :(

Pedro Progresso disse...

os arranjos realmente estão mudados, arrojados, a voz e a produção continuam impecáveis e o repertório muito bem escolhido.
bem que Maria Rita poderia aprender com Roberta e nos brindar com um quinto disco decente.

Fábio Passadisco disse...

Que bom que Roberta gravou frevo... logo dois.

O ritmo mais contagiante do Brasil.

Rhenan Soares disse...

Disco perfeito! Fez eu conseguir "me livrar" do "Recanto" da Gal e já é o novo vício.
Adorei os frevos, em especial.
.
"Você Não Poderia Surgir Agora" é linda e o Dudu Falcão um dos compositores que mais admiro. Que venham outras canções dele no repertório da Roberta!

Maria disse...

Achei a música que ela gravou com Drexler,o único ponto baixo do disco.

Guilherme disse...

O único defeito deste novo trabalho é essa capa horrorosa que não comunica nada do conteúdo musical do disco.

maroca disse...

Ela arrasou com Deixa sangrar, ficou bem a cara de Olina/Recife, adorei.

Vladimir disse...

Fiquei curioso em ouvir este CD da Roberta Sá, mesmo já estando curioso antes mesmo de ler os comentários.

Agora, quanto à capa, é horrível mesmo!! Ela tá parecendo um Exu!!

Abraços

Unknown disse...

O único ponto fraco é a faixa com o Drexler. Essa faixa sim seria dispensável.
Mauro sempre faz textos 4 Estrelas e meia. Sempre põe algo sem lógica em meio a tanta coisa bacana!

João Victor Torres disse...
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aguiar_luc disse...

O CD tá perfeito, se tem músicas + populares é porque tem que ser assim, pra quê tanta música cabeça no mundo; já basta o ((((Fez eu conseguir "me livrar" do "Recanto" da Gal e já é o novo vício.))) Cd do ano! Meu Deus onde esse povo tá com os ouvidos. Amém e Salve Exu na capa né. Exu, Xangô e todos os outros salve!!

André disse...

O cd está ótimo, a começar pela capa...de muito bom gosto.Parabéns Roberta Sá por este delicioso trabalho.

Tudo foi feito ... disse...

Eu também viciei no Recanto da Gal, agora vou ouvir o lindo disco da Roberta. Esse cd da Gal Costa é viciante mesmo, cada audição ele vai ficando melhor e melhor. Agora vou ouvir o da Roberta que está muito bom, delicado, voz bonita. Vou alternando entre Gal e Roberta. Últimamente as melhores coisas que tenho ouvido.

Fernando Moraes disse...
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Fernando Moraes disse...
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Fernando Moraes disse...
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Conrado Mendes disse...

"Segunda pele", o título do CD inspira sensualidade. A cara da cantora, na capa, justo o contrário. Desculpa, um oxímoro verbovisual dessa natureza é digno de nota!

João Victor Torres disse...

Mauro, muito bom. Justo e correto ,desta vez.

Renato Magalhães Costa disse...

A Roberta provou mais uma vez seu talento. Um disco cheio de personalidade, segurança e criatividade. Pop, sem medo. Brasileiro, sem dúvida.

E cada um tem o direito de ter uma opinião. Inclusive o Mauro, não? Se não concordar, tudo bem. Venho aqui porque respeito e admiro o trabalho do Mauro, mas se penso diferente, não vejo problema. Porque deveria ser? E a Roberta merece todas as estrelas porque a estrela dela sempre está brilhando.

Vinny disse...

Um fantástico CD de uma cantora fantástica! Não esperava menos dela! Sempre se superando e trazendo o melhor da nova MPB. Vida longa a essa incrível cantora!

Fernando Moraes disse...

Diferente dos demais, bastante influência afro... Tem outros climas, "sabores" variados.
Mas ainda gosto mais dos primeiros discos da Sá.

Laura disse...

Nossa... me decepcionei com este CD. Simplesmente adoro a Roberta Sá, mas tá difícil de engolir as canções de Segunda Pele. A maior qualidade que considerava de Roberta era a escolha do repertório e o desse é ruim. Infelizmente. E, pra finalizar, a capa, encarte, fotos... um mau gosto total. Vcs não imaginam como é difícil comentar isso. :(

KL disse...

eu prometi a mim mesmo que não entraria mais nesse blog a não ser para elogiar, porém abro uma exceção para falar sobre esse lançamento, porque alguns indivíduos que eu considero bastante lúcidos acham que essa cantoira é a maior etc. Para mim, além de ela não transmitir um pingo de emoção ao vocalizar, sempre entoa nas mesmas regiões, e tudo o que grava vira uma coisa só. Tentei ouvir as faixas, mas não aguentei os primeiros 15 seg. de cada uma, todas chatas. A voz e a forma de cantar praticamente decalcam Marisa Monte, a regravação de "Deixa Sangrar" põe Gal Costa mais ainda no Olimpo. Enfim, posso ser chamado de louco e coisa e tal, mas esse tipo de arte é o retrato fiel da contemporaneidade: lembra aquela cena do saco plástico, vagando ao vento, no filme "Beleza Americana", e um dos personagens acha que aquilo é a maior obra de arte. Nem mesmo o talentoso Mario Adnet consegue resgatar essa 'Segunda Pele' do mais absoluto vazio criativo, refletido nessa sessão de fotos, que lembra um catálogo da Riachuelo.

falsobrilhante disse...

KL, não se abstenha, continue expondo suas impressões, opiniões. Gosto da Roberta, acho que ela poderia ir a outras esferas, mas, infelizmente, está, como tantas outras, presas à matriz Marisa Monte, que, de tanta promessa que foi, acabou por se tornar uma espécie de maldição na música brasileira.

KL disse...

Falsobrlhante,

Muito obrigado pelo apoio à causa, o que você disse agora completou o que escrevi.

Grande abraço!

Márcio Matos disse...

Pobre Nara Leão, reduzida à falta de emoção e à cacofonia marisamonteana mesmo sem jamais ter visto a cantora cantar. Gostem vocês ou não, o timbre da Marisa é canônico, como há décadas atrás o era o das cantoras do rádio. E não há demérito nisso (pelo contrário). Aos que gostam de afetação e de cantoras que recitam Fernando Pessoa recomendo uma overdose de Ana Carolina.
Ah, o disco da Roberta está solar.

KL disse...

"Pobre Nara Leão..."<Nara Leão, a cantora mais influente e mais abrangente da segunda metade do século 20, "reduzida à cacofonia marisamonteana"< hahhahahahahhahahahahhahahahhahazhahhzhhha.
Só rindo mesmo para replicar esse comentário, e ainda meteram Bethânia na jogada. Pelo amor de Capiba, essa mulher aí que chamam de cantora saiu do Fama, ou seja, é brincadeira essa comparação, né?

Márcio Matos disse...

Não faz o menor sentido esculhambar Marisa e exaltar Nara (e eu fiz uma ironia pra dizer que muito antes de MM já existiam cantoras que cantavam como ela). A implicância aqui, está óbvio, é só contra quem é popular ou mais próxima do mainstream.

Qual o problema da Roberta ser egressa do Fama? Ela está onde está justamente porque soube moer a "herança" do programa. Não custa lembrar que muitas das cantoras consagradas de hoje surgiram em festivais televisivos.

Os alternativos e puristas, que gostam de sentar no gargarejo pra chamar Bethânia de diva e ouví-la dar esporro nos músicos, são arrebatados demais pra apreciar a delicadeza da Roberta. Pior pra eles.

Agora, não tentem me patrulhar, porque disputa de torcida de cantoras é coisa muito babaca e demodê.

Anônimo disse...

Não gosto da Roberta Sá. Acho ela travada demais, parece uma professora de canto muito chata. Mas adorei o CD, gostei da citação a Gal Costa, sempre é bom lembrar o que Gal fez de bom e de várias outras músicas, dos arranjos da produção, acho que só poderia ter sido gravado mesmo por outra cantora, com mais personalidade. Até Daniela Mercury faria bonito.

Maria disse...

Daniela Mercury? só rindo! primeiro que Roberta não é cantora de axé graças a deus!

Daniel Lima disse...

Por conta de Mauro Ferreira, acabo de descobri que sou um cafona metido a pseudo-intelectual.

"Você não poderia surgir agora" é uma das minhas preferidas do disco.