Título: Avante
Artista: Siba
Gravadora: Fina Produção e Mata Norte
Cotação: * * *
Siba dá mais um passo com seu primeiro disco solo, Avante, lançado de forma independente neste mês de janeiro de 2012. Não é exatamente um passo para trás, embora no álbum - produzido por Fernando Catatau - o artista volte a tocar guitarra, instrumento que pilotava no início do grupo pernambucano Mestre Ambrósio (1992 - 2003), nos anos 90, antes de assumir a rabeca. Com Avante, Siba sai da Zona da Mata pernambucana e adentra a floresta urbana com sotaque nitidamente em pop em faixas como Preparando o Salto (Siba). Esse movimento é feito com poesia - e cabe ressaltar que não raro as letras se revelam superiores às melodias dos temas alinhados no repertório autoral - e com menor impacto. Sim, Avante jamais soa tão singular quanto os dois álbuns feitos por Siba com o grupo A Fuloresta, A Fuloresta do Samba (2003) e Toda Vez que Eu Dou um Passo o Mundo Sai do Lugar (2007), mas nem por isso deixa de ser um bom disco. Há pelo menos duas ótimas músicas, Brisa (Siba) e Ariana (Siba), entre o cancioneiro de Avante. A dose de regionalismo é bem menor, mas a origem pernambucana do artista é evocada em faixas como Cantando Ciranda na Beira do Mar (Siba), uma das três regravações inseridas entre as inéditas de Avante (as outras duas são Canoa Furada e A Bagaceira). Catatau pilota Avante e garante um som limpo e leve sem imprimir o toque personalíssimo de sua guitarra. É somente Siba quem toca a guitarra que se harmoniza no disco com a tuba de Léo Gervázio e o vibrafone de Antônio Loureiro, duas marcas da sonoridade de Avante. Com tom teatral que remete ao canto que adotava no grupo Cordel do Fogo Encantado, Lirinha recita Um Verso Preso, faixa-vinheta de disco impregnado de boa poesia e que, por isso mesmo, deveria ter reproduzidas suas letras cinematográficas no encarte com uma fonte de letra de leitura mais fácil.
5 comentários:
Siba dá mais um passo com seu terceiro disco solo, Avante, lançado de forma independente neste mês de janeiro de 2012. Não é exatamente um passo para trás, embora no álbum - produzido por Fernando Catatau - o artista volte a tocar guitarra, instrumento que pilotava no início do grupo pernambucano Mestre Ambrósio (1992 - 2003), nos anos 90, antes de assumir a rabeca. Com Avante, Siba sai da Zona da Mata pernambucana e adentra a floresta urbana com sotaque nitidamente em pop em faixas como Preparando o Salto (Siba). Esse movimento é feito com poesia - e cabe ressaltar que não raro as letras se revelam superiores às melodias dos temas alinhados no repertório autoral - e com menor impacto. Sim, Avante jamais soa tão singular quanto seus dois antecessores, A Fuloresta do Samba (2003) e Toda Vez que Eu Dou um Passo o Mundo Sai do Lugar (2007), mas nem por isso deixa de ser um bom disco. Há pelo menos duas ótimas músicas, Brisa (Siba) e Ariana (Siba), entre o cancioneiro de Avante. A dose de regionalismo é bem menor, mas a origem pernambucana do artista é evocada em faixas como Cantando Ciranda na Beira do Mar (Siba), uma das três regravações inseridas entre as inéditas de Avante (as outras duas são Canoa Furada e A Bagaceira). Catatau pilota Avante e garante um som limpo e leve sem imprimir o toque personalíssimo de sua guitarra. É somente Siba quem toca a guitarra que se harmoniza no disco com a tuba de Léo Gervázio e com o vibrafone de Antônio Loureiro, duas marcas da sonoridade de Avante. Com tom teatral que remete ao canto que adotava no grupo Cordel do Fogo Encantado, Lirinha recita Um Verso Preso, faixa-vinheta de disco impregnado de boa poesia e que, por isso mesmo, deveria ter reproduzido as letras cinematográficas no encarte com uma fonte de letra de leitura mais fácil.
É o tsumangue!
Corrammmm! Quer dizer, ouçam! :>)
Eu preferia o Siba dos tempos do Mestre Ambrósio.
Eu também preferia o Siba dos tempos do Mestre Ambrósio, mas como Mauro diz que há uma retomada pop neste "Avante", vou atrás do CD.
Também prefiro Siba tocando rabeca véia...no forró pé de calçada pela contra mão.
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