Um dos dois álbuns de Guilherme Arantes que ainda permanecem inéditos em formato digital, Guilherme Arantes - produzido por Liminha sob a direção artística de Mazzola e lançado em 1979 - vai ganhar sua primeira reedição em CD em fevereiro de 2012. Relançado pela Warner Music, o disco volta ao catálogo com toda a arte gráfica original e faixa-bônus, Estatísticas, extraída de compacto editado naquele ano de 1979 com a música defendida pelo cantor e compositor em festival exibido pela TV Tupi. Inteiramente autoral, o repertório de Guilherme Arantes inclui a gravação original de Êxtase - único sucesso do álbum - e Loucos e Caretas, faixa gravada com a participação inusitada de Emilinha Borba (1922 - 2005). Com tal reedição, o único álbum de Arantes que vai continuar inédito em CD é Ronda Noturna (Som Livre, 1977).
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23 comentários:
Sou a até suspeita pra falar, sempre achei ele um chato rsrsrs.
Boa! Espero que 2012 seja um ano remasterizado! rsrs
Primeiro chute do ano. E foi gol!
Eu esperava este disco.
Que venham mais. A warner tem muita coisa pra remasterizar: Baby, Oswaldo Montenegro, Paulinho da Viola, atc, atc,
E essa foto alá Jim Morison...
Eu tambem não gosto não Mary...
ESPERO QUE ESSE LANÇAMENTO NÃO SEJA IGUAL AO DA CELIA, QUE SAIU TODO MUTILADO, FALTANDO MUSICAS, SEM CONTRACAPA, CREDITO AOS COMPOSITORES. NOTA ZERO PARA A WARNER.
Os outros cds de Guilherme não são mais encontrados no mercado. Só lançam coletâneas e mais coletâneas da obra de Arantes!! Pena..
Numa autobiografia que fez para seu site, há uma década (hoje ela não é mais vista por lá), Guilherme disse que, no tempo em que esteve na Warner, o Liminha bem que se esforçou para tirar um caldo pop do seu trabalho. Para fazê-lo retornar ao sucesso tido na primeira fase de Som Livre.
Este disco de 1979 me vem imediatamente à cabeça quando ele fala desse "caldo pop". Porque, embora o maior sucesso do disco tenha um arranjo soturno (toneladas de teclados e Moogs com um baixo sintetizado), a maioria de coisas ali é deliciosamente despretensiosa. Os "lalalás" de "Biônica" e "Só o prazer" (até que esta tocou em rádio) são pop até a medula.
E tem a banda afiada que fez o disco com Guilherme. Paulinho Braga, Jamil Joanes e Robson Jorge deram organicidade às canções.
Mas não fez sucesso popular, o que só viria no MPB-81, com "Planeta Água". Acontece.
Felipe dos Santos Souza
coragem gente
Se não me engano, este disco já foi lançado na série "2 em 1", juntamente com outro disco do Guilherme Arantes. Infelizmente encaixotei meus CDs e não posso confirmar isso, mas se for o mesmo, considero-o muito bom!!
Muito bom, é claro, pelo contexto que este disco fez em uma fase da minha vida. Diga-se de passagem, anos 90!!
Provavelmente quem ouvir esse CD hoje, irá achá-lo completamente fora de contexto e poderá até considerá-lo chato ou coisa parecida...
Guilherme Arantes foi um ótimo compositor e cantor nos anos 70, 80e nem tanto nos 90 e 2000. Pena que perdeu seu espaço por não se reinventar.
Uma pena lamentável, porque seus clássicos jamais serão esquecidos.
Corrigindo:
O CD que me referi no post anterior é da série "2 é Demais" no qual tem músicas do disco "A cara e a coragem" de 1978 e do disco "Guilherme Arantes" (1982).
Nada que o Sr. Google não consiga esclarecer!!!
Ele era até pegavél! Porém é chato que dói!
A data emblemática - 1979 - anuncia a entressafra (1980 e 1981) que desembocaria na enxurrada tecnopop de quinta categoria, cujos frutos hoje ecoam em quase todos os nichos da mpb. Guilherme Arantes não é exceção à regra, mas, sobretudo na fase 70, ele tem uma obra muito interessante e que precisa ser merecidamente redescoberta e valorizada. Suas canções são melódica e harmonicamente sedutoras, valorizadas pelas letras elaboradas com técnica e personalidade. E a portentosa ficha técnica desse álbum - como bem frisou o grande Felipe dos Santos - vale cada centavo.
A respeito do disco em questão, Guilherme Arantes publicou no site do Fã Clube Lance Legal um comentário longo a respeito da produção do disco. Soa como um desabafo de um trabalho que ele próprio avalia como ruim. Vale a pena conferir, é um texto forte e sem "papas-na -língua". Link: http://www.lancelegal.net/ga79relancamento.htm
Há músicas muito boas nesse disco de 1979. Guilherme Arantes, ainda tão jovem, realizava projetos experimentais. O encontro de gerações como com a Emilinha Borba foi uma grande sacada.
Edson dos Santos Júnior
GA Registro - Guilherme Arantes Fã-Clube / Fanzine Lace Legal
www.lancelegal.net
www.guilhermearantes.net
Você tem razão, Edson. Já alterei o texto. Abs, MauroF
Mauro, por gentileza, reavalie seus critérios sobre comentários ofensivos que você vai recusar no seu blog ... na minha opinião, ironia não vale, não é expressividade democrática (e muitas vezes corajosa) da própria opinião, é falta de respeito mesmo mas que está sendo aceita como se fosse nada (banalizada)... (sobre "Coragem gente"). Grata.
Tem uma passagem na carreira do Guilherme Arantes que me chamou a atenção, na época. E eu teria curiosidade de saber o que ele pensa hoje, se errou, se não errou se se decepcionou, enfim. Foi quando ele saiu da Som Livre para ir para a Warner, em 1978. Ele já tinha deixado um disco pronto na Som Livre, que é justamente o "Ronda Noturna", que foi citado, mas fez questão de dizer nas entrevistas que não apoiava o disco, que bom mesmo era o que iria sair pela Warner, porque agora sim ele teria liberdade para fazer um trabalho mais ousado como sempre quis, blá blá blá... E assim saiu "A Cara e a Coragem", quase ao mesmo tempo em que a Som Livre soltou o "Ronda Noturna". Só que a Som Livre tinha as novelas na mão e incluiu "Amanhã" na trilha de "Dancing Days". E assim uma música do disco que ele estava renegando virou sucesso. Ele chegou mesmo a gravar um clipe para o Fantástico.
"A Cara e a Coragem" é realmente um disco legal e especial na discografia de Guilherme. Tem várias músicas ótimas e uma que me chama a atenção é "Show de Rock", que me parece ser uma visão bem humorada dos tempos em que ele era integrante do Moto Perpétuo, uma banda de rock progressivo ("nosso temas instrumentais estão abomináveis / nossos solos de moog e guitarra são intermináveis (...)/ nossas letras são uma papagaiada, só servem de adorno / o som não acrescenta mais nada, os shows de rock dão sono"). Mas só ele pode confirmar isso. Depois saiu "Coração Paulista", outro disco "ousado" como o anterior. Mas acho que os dois foram mais sucesso de crítica do que de público. E foi nessa época, se não me engano, que ele começou a rever a opinião que teve antes, quando saiu da Som Livre cheio de entusiasmo para ter mais "liberdade criativa" na Warner. Lembro de ele dizendo que a Som Livre "respeitava mais o artista". Como se sabe, ele acabou voltando a fazer um som bem pop e comercial, em especial na época do "Lance Legal".
Desse CD que está sendo relançado, adoro "Êxtase". Letra simples e direta e um arranjo simplesmente mágico. Que me desculpe o Guilherme, mas a melhor fase dele pra mim é anos 70 e 80, mesmo.
GENTE O NEGÓCIO É O SEGUINTE...GUILHERME ARANTES É ASSIM: UNS AMAM...UNS ODEIAM...
PRA QUEM AMA ASSIM COMO EU E MILHARES DE FÃS QUE SEGUEM A CARREIRA DELE DESDE O INÍCIO NÃO TEM DISCO RUIM...TUDO TEM A ESSÊNCIA DELE E É ASSIM QUE É BOM...COM A "CARA E A CORAGEM" DE GUILHERME ARANTES!!!!!!!!!!!!E SABEM PORQUE ELE É CHAMADO DE CHATO POR ALGUNS?? PORQUE ELE NUNCA TEVE PAPAS NA LÍNGUA, SEMPRE DISSE O QUE QUERIA PARA QUALQUER UM E EM QUALQUER MÍDIA...NÃO CONFUNDAM CHATICE COM SINCERIDADE!!!!
Concordo com a Dani Resende, é isso mesmo!
Quando a Som Livre vai ter a sensibilidade e a sensatez de relançar "Ronda Noturna" remasterizado? Esse disco é simplesmente antológico! Não pode faltar. Meu LP infelizmente se perdeu num desses contratempos da vida. Projeto para 2015. Som Livre, solta essa!!!
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