Título: Meu Samba no Prato - Tributo a Edison Machado
Artista: Marcos Paiva MP6
Gravadora: Arte Rumo Produções Artísticas
Cotação: * * * * 1/2
João Gilberto revolucionou a música brasileira em 1958 ao sintetizar a batida do samba no seu violão. A revolução do baterista Edison Machado (1934 - 1990) foi mais silenciosa - ainda que explosiva. Machado sintetizou a batida do samba no prato de sua bateria e marcou época nos anos 60 - a década da proliferação do samba-jazz - com seu som inovador e com o toque incendiário de sua bateria. Integrante dos trios Bossa Três e Rio 65 Trio, o baterista lançou álbum antológico, Edison Machado É Samba Novo (1964), uma das referências máximas do samba-jazz produzido na época. É este disco que o contrabaixista Marcos Paiva celebra em especial no CD Meu Samba no Prato - Tributo a Edison Machado, gravado por Paiva com seu sexteto MP6. Sem jogar nota fora, mas com inventividade, o sexto reverencia o estilo de Machado ao tocar seis temas. Quatro - Edison #2, Edison #3, Edison #5 e Edison #6 - são composições de Paiva, criadas com inspiração no referencial álbum de 1964. As outras duas são inventivas abordagens de Aquarela do Brasil (Ary Barroso) - tingida com as cores da dissonância - e Acender as Velas (Zé Kétti). Com carreira solo iniciada em 2007, Paiva - músico criado em Minas Gerais e hoje radicado em São Paulo (SP) - surpreende positivamente neste CD, tanto pelo toque de seu contrabaixo acústico como pelo entendimento de que seu tributo a Machado somente resultaria satisfatório se o seu instrumento não fosse o centro do disco. Sem egotrips, Paiva permite que o MP6 toque samba-jazz à moda tradicional. É samba velho, mas cheio de frescor. Para quem gosta do gênero, o CD é prato cheio de ótima música.
2 comentários:
João Gilberto revolucionou a música brasileira em 1958 ao sintetizar a batida do samba no seu violão. A revolução do baterista Edison Machado (1934 - 1990) foi mais silenciosa - ainda que explosiva. Machado sintetizou a batida do samba no prato de sua bateria e marcou época nos anos 60 - a década da proliferação do samba-jazz - com seu som inovador e com o toque incendiário de sua bateria. Integrante dos trios Bossa Três e Rio 65 Trio, o baterista lançou álbum antológico, Edison Machado É Samba Novo (1964), uma das referências máximas do samba-jazz produzido na época. É este disco que o contrabaixista Marcos Paiva celebra em especial no CD Meu Samba no Prato - Tributo a Edison Machado, gravado por Paiva com seu sexteto MP6. Sem jogar nota fora, mas com inventividade, o sexto reverencia o estilo de Machado ao tocar seis temas. Quatro - Edison #2, Edison #3, Edison #5 e Edison #6 - são composições de Paiva, criadas com inspiração no referencial álbum de 1964. As outras duas são inventivas abordagens de Aquarela do Brasil (Ary Barroso) - tingida com as cores da dissonância - e Acender as Velas (Zé Kétti). Com carreira solo iniciada em 2007, Paiva - músico criado em Minas Gerais e hoje radicado em São Paulo (SP) - surpreende positivamente neste CD, tanto pelo toque de seu contrabaixo acústico como pelo entendimento de que seu tributo a Machado somente resultaria satisfatório se o seu instrumento não fosse o centro do disco. Sem egotrips, Paiva permite que o MP6 toque samba-jazz à moda tradicional. É samba velho, mas cheio de frescor. Para quem gosta do gênero, o CD é prato cheio de ótima música.
só o fato de homenagear o grande - e ignorado - Edison Machado já vale o álbum; o restante é bônus.
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