Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Domínio de Adele no Grammy é justo e previsível pela concorrência fraca

Justa, a vitória consagradora de Adele na 54ª edição do Grammy Awards era tão previsível quanto as saudações a Whitney Houston (1963 - 2012). Justa porque 21 foi mesmo o álbum do ano de 2011 - e a reiteração desse fato incontestável na premiação do chamado Oscar da Música somente corrobora a força de músicas viscerais como Someone Like You e Rolling in the Deep. A música de Adele soa verdadeira e perene em tempos marcados pelo pop frívolo e artificial de cantoras como Katy Perry. E, se essa vitória esmagadora já era previsível, é por conta da fraqueza da concorrência. A disputa não foi acirrada pela anemia da produção fonográfica de 2011. Adele não tinha adversários que pudessem realmente lhe fazer frente. Bruno Mars é hábil hitmaker, mas seu álbum Doo-Wops & Hooligans (2011) não tem status suficiente para ser eleito o Álbum do Ano. Wasting Light, do Foo Fighters, tem mais peso, mas não a ponto de evitar que os prêmios do grupo de Dave Grohl ficassem confinados às categorias de rock. Por sua vez, Kanye West - o líder de indicações no 54º Grammy Awards (sete, uma a mais do que Adele) - já estava confinado desde o início aos prêmios distribuídos nas categorias dedicadas ao rap pela natureza de suas nomeações. Já Lady Gaga parece ter saído precocemente de sua fase áurea com o (relativo) fracasso do álbum Born This Way. Enfim, Adele - que provou que a cirurgia nas cordas vocais foi bem-sucedida ao cantar ao vivo Rolling in the Deep, um dos pontos altos entre os números musicais feitos na premiação - reinou e se consagrou no Grammy. Teve mérito, mas não teve reais concorrentes à sua altura.

9 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Justa, a vitória consagradora de Adele na 54ª edição do Grammy Awards era tão previsível quanto as saudações a Whitney Houston (1963 - 2012). Justa porque 21 foi mesmo o álbum do ano de 2011 - e a reiteração desse fato incontestável na premiação chamado Oscar da Música somente corrobora a força de músicas genuínas como Someone Like You e Rolling in the Deep. A música de Adele soa verdadeira e perene em tempos marcados pelo pop frívolo e artificial de cantoras como Katy Perry. E, se essa vitória esmagadora já era previsível, é por conta da fraqueza da concorrência. A disputa não foi acirrada pela anemia da produção fonográfica de 2011. Adele não tinha adversários que pudessem realmente lhe fazer frente. Bruno Mars é hábil hitmaker, mas seu álbum Doo-Wops & Hooligans (2011) não tem status suficiente para ser eleito o Álbum do Ano. Wasting Light, do Foo Fighters, tem mais peso, mas não a ponto de evitar que os prêmios do grupo de Dave Grohl ficassem confinados às categorias de rock. Por sua vez, Kanye West - o líder de indicações no 54º Grammy Awards (sete, uma a mais do que Adele) - já estava confinado desde o início aos prêmios distribuídos nas categorias dedicadas ao rap pela natureza de suas nomeações. Já Lady Gaga parece ter saído precocemente de sua fase áurea com o (relativo) fracasso do álbum Born This Way. Enfim, Adele - que provou que a cirurgia nas cordas vocais foi bem-sucedida ao cantar ao vivo Rolling in the Deep, um dos pontos altos entre os números musicais feitos na premiação - reinou e se consagrou no Grammy. Teve mérito, mas não teve reais concorrentes à sua altura.

André Luís disse...

Espero que a Lady Gaga realmente desapareça do mundo musical aos poucos (pode ser bem rápido também). Já a Adele está sendo endeusada demais... Mas realmente com uma "concorrência" dessas, tinha que ser pra ela mesmo cada prêmio recebido. O problema é que muita gente que deveria ser reconhecido, valorizado e premiado passa longe desse "Oscar da Música", não recebem qualquer indicação.

Daniel disse...

O Grammy ja farofou geral, exemplo disso é o salto descomunal de uma homenagem póstuma a Whitney Houston feita pela Jennifer Hudson para uma rave com David Guetta, Chris Brown e cia... regada a muitas batidas eletrÔnicas e playback. O prêmio é da música mas poucos cantaram realmente. Rihanna, Katy Perry, Chris Brown, Nicki Minaj todos fizeram playback pelo menos em parte das apresentações.

André disse...

Adele faz o que o principal que uma cantora deve fazer: CANTAR e muito bem.Tiro o meu chapéu pra ela, canta divinamente, linda e discreta. Veio realmente pra ficar. Mal posso esperar por seus shows em solos brasileiros.

Rafael disse...

Mais do que merecido os prêmios para ela. Vi a festa. Ela estava linda e radiante. Paul McCartney a aplaudiu de pé. Também a acho grande cantora e é uma pena saber que ela ainda não fez nenhum show aqui no Brasil.

Jorge Reis disse...

Para mim ainda não disse a que veio, as vezes me lembra Paula Fernandes...

André disse...

Não fale isso Jorge, comparar Adele com a voz de "Pato Donalds"... vai deixar a breganeja se achando...kkkkk

Eduardo Cáffaro disse...

Gostei da frase : O principal que uma cantora deve fazer : CANTAR. Hoje em dia é o que poucas fazem. Se cobrem de parafernália, 20 telões, explosões, voam sobre o público, e Dublam.
Sarah Vaughan, Ella, Dinah, Nina, etc etc .. punham seu vestidinho, uma orquestra atrás, um bom microfone... e só. ou melhor E TUDO. Pois não precisavam de mais nada.

Rafael disse...

Cantor não ter que ficar dizendo pra que veio, e sim cantar bem, cantar uma boa música, ter um bomn repertório e acima de tudo ter atitude... E Adele preenche todos esses requisitos.